segunda-feira, outubro 22, 2018

COMO UM COVARDE ENGANA TANTA GENTE? No atual processo eleitoral, há um enigma que pode ser formulado da seguinte maneira: como um militar reformado aos 32 anos, parlamentar apagado e insignificante por 30 anos, reconhecidamente truculento e tosco, moral e intelectualmente, e com sérias dificuldades cognitivas, teve 46% dos votos no primeiro turno das eleições para Presidente da República? E, mais intrigante ainda, como pessoas supostamente mais esclarecidas, com diplomas de curso superior, até mesmo alguns professores universitários, deram o seu voto a esse personagem minúsculo e grosseiro, até há pouco tempo ridicularizado, tido como “folclórico” e motivo de risos?

Boitempo
20 h
"Mussolini e Hitler, histriônicos como Bolsonaro, no início também eram considerados irrelevantes, 'folclóricos' e engraçados, quase que palhaços (com o perdão destes). Depois, os que não eram nazistas e fascistas passaram também a achar que eles eram a redenção da nação e que, no limite, poderiam ser controlados e moderados em seus radicalismos. Na sequência, a história se mostrou trágica."
Luiz Filgueiras, autor de "História do plano real", no Blog da Boitempo.
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Por Luiz Filgueiras / “Mussolini e Hitler, histriônicos como Bolsonaro, no início também eram considerados irrelevantes, “folclóricos” e engraçados, quase que palhaços (com o perdão destes). …