terça-feira, maio 29, 2007







Não adianta mais ligar para o Doutor Roberto.




http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/434501-435000/434687/434687_1.html

VÍDEO: ESTUDANTES SE COMUNICAM NA WEB

Os estudantes da USP, que ocupam a reitoria da universidade há mais de vinte dias, usam a internet como principal veículo de comunicação (clique aqui para ver o vídeo).
Um blog atualiza as informações e conta tudo o que acontece dentro da reitoria. Os estudantes também montaram uma TV e uma rádio na internet, além de divulgar vídeos no YouTube.
O estudante João Paulo Sebastião, que trabalha na comissão de comunicação da ocupação, disse que essa foi a única maneira que o grupo encontrou para veicular as informações e notícias do protesto.


A TV on line dos estudantes deve entrar no ar nesta segunda-feira. O endereço deve ser http://stream.paraguas.org:8000/tvlivre.ogg.


O endereço do blog é o http://ocupacaousp.noblogs.org/.


E o endereço da rádio na internet é o http://stream.paraguas.org:8000/radio.ogg.
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OCUPAÇÃO É 1º. ATO POLÍTICO MOVIDO A WEB
Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 424



. A ocupação da USP pelos estudantes só se mantém por 25 dias e só se espalhou por sete outros campi universitários do Estado por causa da web.
. Os estudantes, como os jovens do mundo inteiro, se apropriaram da tecnologia da comunicação na web e fizeram com que ela trabalhasse para eles.
. Isso é o que há de revolucionária na web: ela É sua !
. Ninguém diz o que você tem que pensar, ninguém pensa por você.
. Ou como se diz aqui no iG, “o mundo é de quem faz”.
. O presidente eleito José Serra só não tem uma imprensa mais amigável do que o Farol de Alexandria: os carros brasileiros são movidos a álcool e a gasolina. FHC é movido a mídia.
. Nos bons tempos do “pensamento único”, quando o Farol de Alexandria aplicava a “teologia da privatização” para fazer o Brasil “avançar”, e Serra apresentava-se como o “mais preparado” para sucede-lo, era muito fácil administrar a mídia.
. Serra e FHC eram mestres nessa arte “minimalista” de controle da mídia conservadora e golpista.
. Bastava ligar para o Doutor Roberto, para o “Seu” Frias (da Folha) e para o Ruy Mesquita (do Estadão).
. Como são pessoas muito generosas, o presidente eleito e o Farol de Alexandria davam tratamento VIP a uma dúzia de “colunistas” notáveis, que os chamam pelo primeiro nome, e que detêm as “informações” desinteressadas e exclusivas que os dois semeiam pela imprensa, de forma anônima, de preferência.
. Era assim que funcionavam a mídia conservadora (e golpista) e seus dois heróis, FHC e Serra.
. Até que veio a web.
. E a ocupação da USP.
. A ocupação da USP é o primeiro movimento político brasileiro movido a web.
. Nos Estados Unidos, o controle do Senado passou dos republicanos para os democratas, porque um senador republicano, George Allan, candidato à reeleição, chamou de “macaca” uma pessoa que estava na platéia de um comício.
. Tratava-se de um americano, filho de indianos, que filmava os comícios de Allan para o adversário.
. O adversário colocou o vídeo em seu site, daí foi para o YouTube, Allan perdeu a eleição e o Senado, por um voto, passou para os democratas.
(Clique aqui para ver Allan pronunciar essa palavra que entrou para a historia dos Estados Unidos: “macaca”. Esse vídeo, por algum tempo, foi o mais acessado no YouTube)
. Não adianta mais ligar para o Doutor Roberto.


Leia também:


segunda-feira, maio 28, 2007




From: André Lux


Mainardi e Editora Abril perdem mais uma na Justiça


O cineasta Jorge Furtado, autor de filmes como "O Homem que Copiava" e "Meu Tio Matou um Cara", informa, em nota à imprensa, que venceu na Justiça o processo movido contra a Editora Abril e Diogo Mainardi, colunista de Veja.
Furtado não dá detalhes sobre qual a indenização Mainardi e a Abril serão obrigados a pagar. A decisão, segundo o cineasta, se deu em última instância. O colunista e a editora já haviam perdido na Justiça, no mês passado, o processo movido pelo jornalista Franklin Martins, que, assim como Furtado, foi alvo de calúnias de Mainardi.
Confira abaixo a nota distribuída por Furtado:
“Informo aos amigos que ganhei, em última instância, o processo que movi na justiça contra a Editora Abril (revista Veja) e seu colunista Diogo Mainardi. O Superior Tribunal de Justiça confirmou a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, condenando os réus a pagar, além das despesas do processo, indenização por danos morais. A todos que manifestaram sua solidariedade neste lamentável episódio, muito obrigado.”

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=18701
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E também do ótimo Ilha das Flores que pode ser visto aqui:
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sexta-feira, maio 25, 2007

Abusos da mídia


Abusos de quem?


É curiosa a reação dos jornais contra os abusos da “Operação Navalha”. Acho que há abusos, sim, e tenho manifestado aqui minha opinião, como me insurgi no ano passado contra os abusos da cobertura jornalística; como venho me insurgindo, aliás, há 15 anos.


Mas e os jornalões? Após as loucuras do ano passado, em que se atirou primeiro, se perguntou depois, em que toda a mídia embarcou em uma catarse louca e irresponsável, que matou o jornalismo, o contraditório, quem pode falar em abusos? Quando alertei para o “suicídio da mídia”, me referia especificamente a isso, ao fato da mídia ter liquidado com sua legitimidade para a mediação.


Não se comemore essa desmoralização. Foi uma perda para o país, de um poder que poderia ter sido, e se matou. Continua influente, mas se tornou ilegítimo.


Segundo ponto: os abusos atuais só existem porque são publicados pela mídia. Ou não? Sem as matérias, os “vazamentos” sobre gravatas não teriam nenhuma importância. Ficaram relevantes porque a mídia conferiu tratamento escandaloso a eles. Assim como conferiu tratamento escandaloso a nomes que foram meramente citados em conversas.


O fato de se deixar para segundo plano informações relevantes – como o diálogo em que o deputado Paulo Magalhães é apontado como dono da construtora – não é outro abuso? Os mesmos jornais que fuzilam pessoas que receberam gravatas de presente não têm coragem de investigar indícios relevantes envolvendo pessoas influentes.


Há um abuso que independe da mídia: a prisão preventiva de um eventual inocente. Mas todos os demais abusos que os jornais condenam unanimemente, hoje, são abusos da mídia.


por Luis Nassif


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OPERAÇÃO SALADA


Operação "Navalha"
Depois das primeiras bombas da Operação Navalha, os jornalões passaram a dar uma ênfase curiosa às gravatas dadas de presente a parlamentares e autoridades. Notas com destaque sobre as gravatas, no fundo, serviam apenas para desviar o foco de pistas muito mais relevantes: como a suspeita de que a empreiteira pertence a um sobrinho de Antonio Carlos Magalhães. É o velho estratagema de fazer uma salada, para tirar uma pizza.


http://luisnassif.blig.ig.com.br/



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quinta-feira, maio 24, 2007




PF GRAVA O SUBMUNDO DA MÍDIA


"Discrição não era o forte do empreiteiro Zuleido Veras, lobista e pagador de propina de sua empresa. Ele mantinha contato direto com políticos, visitava ministérios, participava de almoços e solenidades de assinatura de convênios com prefeituras.


O empresário comandava as negociatas e, apesar de demonstrar certo receio de ser grampeado, não media as palavras em telefonemas. A interceptação telefônica da PF mostra que Zuleido tinha desenvoltura até para ‘plantar’ notícias contra seus desafetos.


Foi o que fez contra seu ex-sócio Latif Abud, com quem brigou. A disputa pelo contrato de uma obra em Brasília foi parar no Tribunal de Contas da União. O jornalista e porta-voz do governo Fernando Collor, Cláudio Humberto, que hoje é colunista e tem um site informativo, publicou nota contrária a Latif e favorável a Zuleido.


A nota, de 7 de julho de 2006, dizia que a movimentação de Latif estava incomodando e que o tribunal até pensava em vetar sua entrada no prédio. Zuleido ligou no mesmo dia para o jornalista e agradeceu. Em seguida, ligou para Maria de Fátima Palmeira, diretora da Gautama, e afirmou: — A nota tá dentro daquilo que a gente acertou."


"Zuleido Veras liga para o jornalista Cláudio Humberto em 7 de julho de 2006 para agradecer a publicação de uma nota em sua coluna que o favorece.


Zuleido: Cláudio?


Humberto: É.


Zuleido: Parabéns, tá?


Humberto: Ficou bom?


Zuleido: Muito bom.


Humberto: Você não imagina a choradeira, viu?


Zuleido: Foi (risos).


Humberto: Rapaz, mas foi pela madrugada.


Zuleido: A hora que bateu na internet, foi?


Humberto: Foi. Rapaz, a coisa é mais grave. O cara tá lá comprando ministros, foi expulso de uma sala. Eu dei a coisa mais amena possível.


Zuleido: Aquela frase final foi terrível.


Humberto: É bom porque constrange, né?


Zuleido: Tá bom, meu amigo. Parabéns, obrigado.


Humberto: Às suas ordens, viu?"


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RECUPERANDO...

IMAGINE COMO SERIA A GRAVAÇÃO DO ACERTO DESSE SERVIÇO???

CartaCapital revela o ''submundo'' da mídia hegemônica

O experiente jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, com a colaboração de dois outros repórteres – Antonio Carlos Queiroz e Walter Rodrigues – escreveu a reportagem de capa da última edição da revista CartaCapital : ''A trama que levou ao segundo turno''. Trata-se de uma investigação jornalística de grande relevância em tempos de hegemonia acachapante do que se convencionou chamar de ''grande imprensa''. O texto revela o flagrante das engrenagens desta mídia pró-pensamento único que dá sustentação política ao campo neoliberal e que, na atualidade, faz propaganda do candidato à presidente da República pelo PSDB/PFL, Geraldo Alckmin.

Na última sexta-feira à noite, este Vermelho já reproduziu praticamente na íntegra o texto com a reportagem da revista, que procura levantar passo-a-passo os caminhos tortuosos pelos quais o esquema de comunicação da candidatura tucana monitorou a divulgação e ao mesmo tempo a ocultação de informações cruciais envolvendo o dossiê que petistas teriam tentado comprar para incriminar candidatos do PSDB, José Serra e Alckmin.

Exatamente há um mês, no dia 15 de setembro, teve início a operação, com a prisão de Valdebran Padilha e Gedimar Passos no Hotel Íbis Congonhas, em São Paulo. As equipes do candidato Serra e Alckmin ficaram sabendo do episódio em primeira mão e foram os primeiros a chegar na sede da Polícia Federal na zona oeste da capital paulista.


No dia 29/9 a segunda etapa da operação foi comandada pelo delegado Edmílson Pereira Bruno, que ao convidar quatro jornalistas da Folha de S.Paulo, d’O Estado de S.Paulo, de O Globo e da rádio Jovem Pan, revelou as fotos do dinheiro apreendido naquela ocasião, pedindo explicitamente que o material fosse divulgado impreterivelmente na noite daquele mesmo dia no Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão. Fitas gravadas com a conversa do delegado com os jornalistas estão de posse da TV Globo e da Folha, e foi ocultada tanto pela TV quanto pelos jornais impressos. (Trechos dessa fita estão disponíveis no site do jornalista Luiz Carlos Azenha, http://viomundo.globo.com/)

O interesse extraordinário da TV Globo em dar espaço ao caso do dossiê fica mais evidente quando se constata que a rede preferiu ignorar um fato inescapável do ponto de vista jornalístico – o maior desastre aéreo da história da aviação brasileira – o choque entre um avião Boing 737-800 da Gol e o jato Legacy, no sul do Pará. A edição das capas dos jornais paulistas Folha e Estadão forçando a relação entre as fotos do dinheiro e a pessoa do presidente Lula ficam mais do que ressaltados os interesses políticos partidários de prejudicar a candidatura Lula.

A reportagem, por fim, questiona por que apenas um lado da história foi explorado pela grande mídia, enquanto que as articulações de Abel Pereira, empresário de Piracicaba envolvido com interesses no Ministério da Saúde na época dos governos tucanos era totalmente omitida. Além disso, pouco se investigou sobre o papel do Procurador da República Mário Lúcio de Avelar, que comandou a operação que levou à denúncia da compra do dossiê e que foi o mesmo que trabalhou no caso da divulgação do dinheiro apreendido na firma Linus. Fato que liquidou a candidatura de Roseana Sarney à presidência da República em 2002. Como se sabe esse episódio foi uma ''benção dos céus'' aos interesses dos tucanos.


Até agora, as empresas jornalísticas flagradas na trama estão fazendo de conta que nada se passou, que nada foi denunciado. ''Nuas'' em praça pública mantém a pose de quem veste a ''imparcialidade'' que nunca praticaram. Felizmente, alguns nomes conceituados do jornalismo brasileiro estão tornando público seus protestos por essa manipulação desnudada por CartaCapital.


Essas revelações do modus operandi da imprensa hegemônica brasileira, publicadas pela CartaCapital, chamam a atenção de todos os que se preocupam com a necessidade imperiosa da luta pela democratização dos meios de comunicação em nosso país. É a questão democrática que está em jogo. O aprofundamento da democracia exige medidas que garantam a pluralidade do pensamento e a diversidade informativa.



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... ouviu uma conversa do enviado especial com algum de seus superiores, na qual ele relatava as dificuldades encontradas para ridicularizar a viagem de Lula mas dizia que mais adiante ainda conseguiria fazê-lo, conforme determinava a pauta... na página 190 em: Do golpe ao planalto, Ricardo Kotscho...


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terça-feira, maio 22, 2007


Veja o que diz o outro lado...


São Paulo, 21 de maio de 2007 Os estudantes da USP que ocupam a reitoria desde o dia 03/05, reunidos em plenária, decidiram vir a público prestar esclarecimentos com relação às informações veiculadas na imprensa sobre o movimento, assim como nossas resoluções sobre as reuniões propostas pela reitoria e a Polícia Militar.


Nosso movimento defende a educação pública contra os ataques do governador José Serra e a conivência das reitorias das Universidades Estaduais paulistas.

É por isso que somos contra os decretos assinados pelo governador no início deste ano, que ferem não somente a autonomia de gestão financeira, mas principalmente comprometem o caráter reflexivo e crítico que deve caracterizar ensino, pesquisa e extensão, na medida em que privilegiam as “pesquisas operacionais” - aquelas que favorecem o lucro privado em detrimento dos interesses da maioria da população.

Exemplo claro disto é a alocação da FAPESP na Secretaria de Desenvolvimento, separada das Universidades. Reiteramos que estes decretos vieram agravar o processo de sucateamento da educação pública, já manifestado nos vetos ao aumento de verbas para as Universidades. Ocupamos a reitoria em protesto contra seu silêncio e omissão, para sermos escutados e abrirmos o debate com a sociedade.


Fomos acusados de “vândalos” e “violentos” por termos danificado uma porta. Violentos não seriam os governos que impedem a maioria da população de ter acesso à Universidade Pública, que é elitista e racista por responsabilidade dos mesmos que hoje nos criminalizam? Violentos não seriam os que têm punido juridicamente manifestações políticas, como esta ocupação? Violentos não seriam os que destroem a educação pública e reprimem os que querem defendê-la? Violenta não seria a polícia que reprime, dia a dia, a população pobre, negra, os trabalhadores e os movimentos sociais? Frente a toda essa violência, uma porta não é nada.


José Serra nos chamou de “mentirosos e desinformados” e declarou que a autonomia não foi ferida. É um ataque lamentável, como os que ele mesmo desfere contra o ensino público e que devem ser repudiados pela população. A respeito da gestão das verbas da Universidade, Pinotti em entrevista à Folha de S. Paulo declarou: “Suponha que haja um remanejamento maluco. Cabe ao governador dizer não.” Isso fere claramente a autonomia, pois deixa a critério do governo o que é “maluco”. E sabemos que “maluco” para eles é investir na Universidade Pública, gratuita e de qualidade.


É falsa a afirmação de que somos contra a transparência das contas da Universidade. Defendemos a publicização de toda a movimentação financeira interna da Universidade, o que também deve incluir as contas das fundações de direito privado, que usurpam o dinheiro e a estrutura da Universidade Pública para beneficiar um punhado de grandes empresas privadas e a burocracia acadêmica.

Porém, a mera prestação de contas é insuficiente. A USP já disponibiliza os dados de seus gastos para a toda a população na internet. O Siafem (Sistema Estadual de Controle e Registro de Gastos), ao contrário, não é aberto ao público (é necessária uma senha para acessá-lo, disponível apenas para o Judiciário e o Legislativo).

O argumento da transparência é falso, trata-se de uma centralização das decisões e informações.
O mesmo governo que se declara a favor da transparência não publicou a previsão e a arrecadação do ICMS dos meses de março e abril, argumento dado para a não definição do reajuste salarial dos servidores. E mais, queremos que o destino das verbas seja definido não somente por uma minoria de professores, como é hoje, mas democraticamente, pela comunidade universitária em diálogo com a população, para que não esteja de acordo somente com os interesses de uma minoria.


Combatemos a concepção que trata como “privilégios” direitos sociais inalienáveis, como educação, saúde e previdência. O resultado deste processo é que direitos sociais que deveriam ser garantidos para todos são transformados em mercadoria que só alguns podem adquirir.

É por isso que dizemos à população que o discurso do governo “contra o elitismo da Universidade” é oportunista. Não somos nem “privilegiados” nem “corporativistas”.

Defendemos a universidade dos ataques que vem sofrendo e lutamos para transformá-la, para que seja de fato pública, tanto em seu acesso e permanência à população que mais necessita, quanto no caráter do conhecimento nela produzido. É por isso que chamamos a sociedade para lutarmos juntos pela real democratização das Universidades Públicas. Frente a isso, declaramos que:


1 – Apoiados por professores, pela Assembléia de estudantes e de funcionários da USP, dentre outros segmentos da sociedade civil, diversas Universidades e movimentos sociais reiteramos nosso repúdio a qualquer punição, seja ela de caráter administrativo ou judicial, contra qualquer integrante do movimento de ocupação da reitoria da USP, sobre o qual recaia qualquer implicação processual em razão deste movimento político.


2 – Com relação à reunião com a PM: o que está sendo proposto não se trata de uma negociação. A única negociação possível é com a reitoria. Defendemos a autonomia da Universidade e negociar com a PM seria um ataque a esta autonomia que estamos defendendo. Por isso, não participaremos da reunião e mandaremos apenas representantes jurídicos para entregar oficialmente este comunicado e defender nosso movimento e nossas reivindicações. É importante lembrar que reintegrações de posse com uso de força policial não ocorrem na USP desde os obscuros anos da ditadura militar, quando centenas de pessoas foram presas e torturadas por lutar pela democracia na Universidade e no país. Não vamos compactuar com uma intervenção que reinstitui práticas ditatoriais e, se houver uso da força policial, resistiremos.


3 – Com relação à negociação com a reitoria e nossa pauta: sempre estivemos abertos à negociação, por isso aceitamos a reunião proposta para hoje, às 8h30. Esperamos que a reitoria avance no atendimento às nossas reivindicações, que não são somente moradia e autonomia como a imprensa tem veiculado. Temos uma pauta com 17 pontos, que segue em anexo. Esperamos que a reitoria avance com relação à proposta do dia 08/05, já rejeitada em Assembléia Geral do Estudantes da USP, que contou com mais de 2000 estudantes. Como nossas decisões são feitas democraticamente em fóruns de participação direta, a avaliação do resultado desta reunião será feita na próxima Assembléia Geral dos Estudantes da USP, a se realizar no dia 22 de maio, às 18h, em frente à reitoria.


4 – Chamamos toda a população a participar das nossas atividades, pois nossa luta é em defesa da educação pública. Haverá um ato público no dia de hoje, às 14h, em frente à reitoria, contra a repressão policial e em defesa da educação pública, para o qual chamamos todos os trabalhadores, estudantes, intelectuais, parlamentares, sindicatos, organizações políticas e movimentos sociais, para defendermos a legitimidade da nossa luta.


Será realizada no dia 22/05 a Assembléia Geral dos Estudantes da USP. E no dia 23/05, quando nossa greve se fortalecerá com a entrada de outros setores das universidades, nos somaremos ao Dia Nacional de Lutas em defesa dos direitos sociais, com um ato no MASP (Av. Paulista), às 14h. Contamos com o apoio dos que se o opõem à repressão e defendem uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.


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sábado, maio 19, 2007

FOLHA/UOL ADMITE FALHA DE COMUNICAÇÃO...




Erramos: "Coronel admite falhas de comunicação em radares de controle aéreo"
da Redação


Diferentemente do que dava a entender chamada na home do UOL no começo da tarde de hoje ("Coronel admite falhas de comunicação em radares no caso da Gol"), o coronel Rufino Ferreira disse que existem "falhas de comunicação" nos radares de controle de tráfego aéreo do país, mas não se referiu especificamente ao caso do acidente do Boeing da Gol.

Blue Bus

UOL corrige titulo q mobilizou leitor do Blue Bus ontem e manda email 09:04 O editor da home do UOL, Haroldo Sereza, escreve para o Blue Bus - "Na tarde de hoje (ontem) o leitor Marcelo Amorim notou um título errado na 1a página do UOL e mandou seu comentário para o Blue Bus aqui. A notícia, claro, chegou até nós". 18/05 Haroldo Sereza

Segue o seu texto - "O que foi muito bom. O comentário dele permitiu que nós corrigíssemos o erro, causado por uma má interpretaçao da redaçao do UOL para a notícia da Folha Online. Publicamos um 'erramos' aqui, que chamamos também na home page - a correçao ficou registrada no arquivo de nossa home page aqui". 18/05 Haroldo Sereza

E concluindo - "Escrevo, portanto, para agradecer ao Blue Bus e ao leitor, que permitiram que mais rapidamente a incorreçao fosse percebida e retificada, de acordo com a política editorial do UOL". 18/05 Haroldo Sereza

Blue Bus agradece a resposta.

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fonte: http://www.bluebus.com.br/

Noticiario © Blue Bus


'UOL publica chamada que pode ser considerada, no minimo, leviana'

14:44 Leitor - "O UOL está com uma chamada que pode ser considerada, no mínimo, leviana - 'Coronel admite falha de comunicaçao em radares no caso Gol'. Quem ficar só nessa leitura, terá direito a uma única interpretaçao, que nao é a correta. Basta clicar na chamada e ler o texto". 17/05 Marcelo Amorim

"O link leva a uma matéria da Folha Online, cujo título é 'Coronel admite falhas de comunicaçao em radares de controle aéreo'. O texto confirma que nao houve, por parte da mencionada autoridade, nenhuma mençao específica ao chamado 'caso Gol', o que vale dizer que a declaraçao foi genérica". 17/05 Marcelo Amorim

"Francamente, parece-me que houve má-fé, ou, no mínimo, o uso de um artifício sensacionalista para atrair a atençao do leitor, o que é igualmente lamentável. Sou assinante do UOL e nao acho que mereço ser enganado". 17/05 Marcelo Amorim

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sexta-feira, maio 18, 2007




Michael Moore denuncia desastre da saúde e é perseguido por Bush



Novo filme é sobre os “45 milhões de americanos sem sistema de saúde no país mais rico do mundo”. Michael levou para tratamento em Cuba 10 bombeiros heróis do Marco-Zero que estavam há 5 anos aguardando cuidados médicos nos EUA
No dia 19, no 60º Festival de Cannes, o maior festival de cinema do mundo, Michael Moore está lançando seu novo filme, “Sicko” (“Doente”), sobre o fracasso do sistema de saúde essencialmente privado dos EUA, suas corporações farmacêuticas e a rede de trapaças e propinas. Na foto de divulgação do filme, o estilo provocador e irônico de Moore: “A espera está quase no fim”, em que é visto em um precário consultório médico, ao lado de dois esqueletos. Para Moore, “é uma comédia sobre os quase 45 milhões de pessoas sem sistema de saúde no país mais rico do mundo” – como afirmou em 2006 -, acrescentando que seu trabalho se baseava nos depoimentos de 19 mil pessoas. Mas W. Bush não achou a menor graça – ainda mais quando o cineasta levou a Cuba, onde a assistência médica é universal, para todos, e gratuita, dez bombeiros de Nova Iorque, que ficaram doentes na operação de resgate nos destroços tóxicos das torres gêmeas do World Trade Center, e há cinco anos e meio penavam por atendimento.
É o jeito de Moore levar à discussão um dos maiores problemas que afeta o povo norte-americano. A desvairada privatização do sistema de saúde, o achaque dos monopólios dos remédios, que causam um custo per capita de saúde nos EUA, e um percentual do PIB, muito maior inclusive aos dos demais países imperialistas, onde vingou a implantação de um sistema mais coletivo, como no vizinho Canadá, na Inglaterra, na França, na Alemanha, para não comparar com a assistência médica que vigorou durante décadas nos países socialistas europeus. Situação que piora sempre que o desemprego se agrava nos EUA e mais milhões de pessoas, e suas famílias, perdem os convênios médicos. E o pouco que existe de sistema público é sistematicamente sangrado em favor dos monopólios privados e da máquina de guerra.



“SEM INSULTO”



Sobre o filme, Moore relatou que, no primeiro dia das filmagens, ele se reuniu com sua equipe e alertou: “não vamos insultar a audiência lhe dizendo que o sistema de assistência médica está quebrado. Vamos partir da assunção de que as pessoas sabem isso. Que tipo de filme nós podemos então fazer?”. E eis “Sicko”. Através do secretário do Tesouro, aliás uma indicação da corretora de títulos Goldman Sachs, W.Bush resolveu ameaçar Moore, invocando a “lei” do bloqueio, numa carta que deu o prazo de “vinte dias” para que o cineasta dedure quem foi com ele e outras sandices ao estilo macar-tista. Esse tipo de coisa já tinha sido um fracasso quando Bush tentou chantagear o filme de Moore “Fahrenheit 9/11”, sobre o ataque ao World Trade Center e outros alvos, e sobre as conexões da família Bush. Serviu para criar uma divulgação fantástica, que de outro modo possivelmente teria sido abafada em muito pela mídia. Inclusive o produtor do “Fahrenheit” agradeceu bastante a Bush pelo reforço. E mais - o filme foi o vencedor da Palma de Ouro de Cannes em 2004. Em 2002, ele recebeu um Oscar pelo filme “Tiros em Columbine”, sobre as tragédias dos tiroteios em escolas dos EUA.
Em uma entrevista esta semana, Moore disse que “pela sabedoria convencional, a coisa mais inteligente a ser feita pelo governo Bush seria não dizer nada, ignorar “Sicko” e deixar passar”. Mas, acrescentou, “eles não conseguem ajudar a si mesmos, eu acho”. “Então alguém deve ter dito na semana passada, ‘hei, vai ser a pré-estréia em Cannes. Nós realmente temos de fazer alguma coisa. Então vamos nos jogar contra ele de verdade e ninguém vai ver o filme’”.



BLOQUEIO



A “lei” do bloqueio é uma excrescência, um atestado da falta de democracia nos EUA e da incapacidade do império de conviver com a soberania alheia, mas um monte de norte-americanos já foi a Cuba e a vida continuou, como o diretor de cinema Oliver Stone. Até o McNamara. Então, a carta do Departamento do Tesouro ao também cineasta Moore não é, senão, gritaria. Moore tomou a precaução de enviar previamente uma carta, em outubro de 2006, que não foi respondida porque não quiseram. Então Moore, sua equipe e seus convidados foram à Ilha e foram muito bem recebidos.
Quanto à ameaça de Bush, uma resposta direta e contundente. “Durante cinco anos e meio, o governo Bush ignorou e negligenciou os heróis de 11 de setembro”, afirmou Moore. “Estes primeiros heróis que trabalharam no resgate foram abandonados à própria sorte, sem cobertura de saúde e nenhum cuidado médico. Eu entendo o porquê do governo Bush investir contra mim - eu tentei ajudar as muitas pessoas que eles se recusaram a ajudar, mas até que George W. Bush passe uma lei determinando que é ilegal ajudar seus conterrâneos, eu não estou infringindo a lei e nada tenho a esconder”, reiterou.
Mas não é apenas a medicina barata, ampla e eficiente de Cuba que Bush e sua máfia temem. Daquele modo engraçado de Moore, também vêm à tona as generosas doações do cartel farmacêutico e do cartel hospitalar para as campanhas de Bush e dos republicanos. Também as drogas que a FDA aprova, baseando-se nos “estudos” dos próprios laboratórios fabricantes, e que depois matam gente e têm de ser proibidas. Os preços na estratosfera dos novos remédios criados. Já em 2004 surgiam as notícias de que as corporações farmacêuticas norte-americanas estavam em pânico, com os rumores de que “vinha aí” um filme do Michael Moore sobre a assistência à saúde nos EUA. Funcionários receberam instruções para evitar dizer qualquer coisa ao cineasta. Pois é. O filme chegou.



ANTONIO PIMENTA



http://www.horadopovo.com.br/

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quarta-feira, maio 16, 2007



da série "gestos imperdíveis"...



No JN, notapé e apenas a imagem do delegado na CPI.
O JN não colocou no ar a fala do delegado da PF.



A CULPA É DOS PILOTOS DO LEGACY
Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 388



. Para a Polícia (Republicana) Federal a culpa é dos pilotos do Legacy.



. Quem ler os portais na internet, depois do depoimento do delegado Renato Sayão, da Polícia (Republicana) Federal, na CPI do Apagão, na Câmara, fica com a impressão de que a investigação encontrou dois culpados: os pilotos do Legacy e os controladores de vôo.




. Papo furado.


. A Polícia Federal vai pedir o indiciamento dos pilotos do Legacy.



. O resto é malabarismo da mídia conservadora (e golpista), que jogou e joga na ficha de acusar os controladores, para desestabilizar o Governo Lula e livrar a empresa dona do Legacy , a americana Excel, da responsabilidade de pagar indenização às famílias de 154 brasileiros mortos no desastre da Gol.




. A certa altura do depoimento, o deputado Marco Maia (PT-RS), relator da CPI, perguntou: em caso de dúvida entre os pilotos do Legacy e os controladores de vôo – sobre plano de vôo, via que o Legacy deveria seguir, que equipamentos a bordo deveriam estar ligados –, diante de dúvidas desse tipo, perguntou o deputado Maia ao delegado Sayão: de quem é a responsabilidade – dos pilotos do Legacy ou dos controladores ?



. Resposta do delegado Sayão: a responsabilidade é dos pilotos do Legacy.



. O delegado deixou solarmente claro: a responsabilidade pela condução do vôo é dos pilotos do Legacy.
. Se não tivesse contato com a torre, se não soubesse que trajetória seguir, qualquer que fosse a incerteza, A RESPONSABILIDADE PELA CONDUÇÃO DO AVIÃO É DOS PILOTOS – testemunhou o delegado.
. O delegado não sabe se os controladores têm culpa. Para ficar claro: NÃO SABE SE OS CONTROLADORES TÊM CULPA.
. Não sabe, porque, como são militares, a investigação terá de ser feita pela Aeronáutica.
. Portanto, se a mídia conservadora (e golpista) quiser atribuir ao delegado Sayão qualquer responsabilidade aos controladores, será incorreto.
. O que o delegado falou foi: há indícios (indícios não são provas, como se sabe) de que os controladores, quando o Legacy sumiu do radar, poderiam tomar providencias que não tomaram. Por exemplo, considerar o Legacy desaparecido e acionar mecanismos de emergência.
. Isso tudo, disse e repetiu o delegado Sayão, será investigado pela Aeronáutica.
. Em resumo: se o transponder (ou TCAS) do Legacy estivesse ligado 154 brasileiros não teriam morrido.

Leia também:
CPI do Apagão = CPI do Seguro
"Desapagão aéreo": preço da passagem cai e brasileiro viaja mais
CPI vai convocar pilotos do Legacy



http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/432001-432500/432392/432392_1.html

From: André Lux


Pilotos do Legacy se borraram antes e depois do acidente - por Luiz Carlos Azenha


(http://viomundo.globo.com/)

Desde o acidente envolvendo um jato Legacy da empresa norte-americana ExcelAire e um Boeing da Gol a mídia golpista decidiu que a culpa era de qualquer um, desde que remotamente relacionado ao governo Lula.


É tática comum de advogados de defesa: confundir o caso com múltiplas possibilidades para tentar transformar os culpados em vítimas.


A transcrição da conversa entre os pilotos do jatinho e um executivo que viajava a bordo é peça essencial do inquérito.


Demonstra que a Polícia Federal agiu corretamente ao indiciar, como principais responsáveis, os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino.


A mídia brasileira gastou muito papel, tinta e tempo à procura de buracos negros no céu da Amazônia, na tentativa de fazer coro com o jornalista Joe Sharkey, do New York Times, que viajava de carona no jatinho e se tornou porta-voz da defesa dos pilotos americanos.


A gravação mostra que os pilotos estavam confusos em relação ao equipamento que utilizavam.


E a gente há de convir que não se pode atribuir a quem estava em terra a responsabilidade por isso.


Você pode argumentar: mas a Embraer, fabricante do jato, poderia tê-los treinado melhor.E eu diria: a Embraer não estava voando o jato.


Os responsáveis eram Joe Lepore e Jan Paladino.


O Legacy, como estamos cansados de saber, voava fora da altitude prevista, ficou 35 minutos sem tentar contato com a torre de Brasília e estava com o transponder desligado.


Os problemas no Legacy, no entanto, parecem ter começado bem antes do acidente.


De acordo com a transcrição, um dos passageiros - presumivelmente executivo da Embraer - combina com os pilotos para ocultar algo do jornalista Joe Sharkey. Diz o passageiro:


"Precisávamos que isso ficasse quieto para que o Joe não escutasse nada a respeito. A última coisa que nós queríamos fazer é introduzir qualquer tipo de preocupação na cabeça dele".


O comandante Joe Lepore responde: "É".


Não fica claro que tipo de problema era.


Mas não pode ser algo simples, caso contrário não seria necessário esconder do jornalista.


Nem a Embraer nem a ExcelAire tinham interesse em estragar futuros negócios, certo?


Depois da batida, também fica claro que os pilotos sabiam que o sistema anticolisão estava desligado e, com isso, o avião não aparecia nos radares - nem do tráfego aéreo, nem do Boeing da Gol:


19:58 (horário de Washington)


Paladino - Cara, você está com o TCAS ligado?


Lepore - Sim, o TCAS está desligado.


Paladino - Tudo bem, só fique de olho no tráfego. Eu farei isso, eu farei isso, eu farei isso. Eu peguei.


Lepore - Por quê, você quer que eu pilote?


Paladino - Não, eu posso pilotar. Vou manter o olho no tráfego. Estamos descendo. Eu quero descer.


20:28


Paladino - E se a gente bateu em alguma coisa? Quero dizer, estávamos na altitude certa.


Paladino - Bem, eles estavam tentando nos dar uma freqüência e eu estava tentando responder. Só peguei três números. Não peguei os últimos dois, então, estava chamando todas as freqüências.


Paladino - Eles provavelmente estavam tentando fazer com que a gente descesse. Mas, provavelmente, a gente não estava no radar. Ou eles fizeram merda ou simplesmente não...


Voz não identificada - Não tivemos liberação para sair da altitude. Então deixei na altitude.


Paladino - Os caras esqueceram da gente. A freqüência anterior esqueceu completamente da gente. Eu tentei pegá-los. Isso não está certo. Eu não falei com ninguém por um longo tempo.


Paladino - Estamos vivos.


Lepore - Mas estou preocupado com o outro avião. Se nós batemos em outro avião? O que mais pode ter sido?


Paladino - A 37 mil pés. Foi uma batida forte no que quer que seja.


20:31


Paladino - Me desculpa mesmo.


Lepore - Nada do que se desculpar, cara.


Paladino - Eu não tive a intenção...


Lepore - Não se preocupe com nada.


Paladino - Eu só queria que você entendesse, você é o capitão.


A CPI da Crise Aérea, que a mídia golpista chama de CPI do Apagão, na qual ela depositou todas as esperanças de desmoralizar o segundo mandato do governo Lula, fez bem de começar a investigação pelo acidente.


Há muito o que esclarecer a partir da conversa gravada dos pilotos e passageiros do Legacy.


Qual foi o problema que o Legacy teve e que foi escondido do jornalista Joe Sharkey?


O que manteve os pilotos distraídos por 35 minutos, sem se preocupar com o tráfego aéreo?


Eles estavam mesmo preparados para fazer o vôo?


Cento e cinqüenta e quatro pessoas morreram no acidente.


É impossível compensar a perda dos familiares.


O mínimo que a CPI pode fazer é jogar luz nas circunstâncias do acidente.


E evitar que a mídia brasileira, em conluio com advogados espertos, empurre a conta das indenizações para o erário público, se ficar comprovado que a responsabilidade do acidente foi dos pilotos da ExcelAire.


Tudo o que a empresa quer, depois de livrar os pilotos da cadeia, é se livrar da conta.


Publicado em 13 de maio de 2007


Aqui um site em que a ExcelAire detona os controladores de vôo brasileiros:http://pilotnewsblog.blogspot.com/2007/04/excelaire-blames-atc-for-mid-air.html


Publicado em 14 de maio de 2007

GOVERNO FEDERAL COMBATE A VIOLÊNCIA

Editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
nº 513 - Brasília, 14 de maio de 2007.

País ganhará mais 150 escolas federais profissionalizantes

No prazo de quatro anos, o governo federal vai implantar, em cada um dos 150 municípios selecionados - batizados de cidades-pólo - uma escola de Educação Profissional e Tecnológica (EPT), abrindo mais 200 mil vagas. As cidades-pólo estarão distribuídas entre os 26 estados e no Distrito Federal. A expansão integra um dos principais pontos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado no final de abril pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

A meta é chegar a 350 escolas até 2010, totalizando 270 mil vagas. É a maior expansão feita no Brasil até hoje, garante Eliezer Pacheco, secretário de Educação Profissional Tecnológica do Ministério da Educação (MEC).

O MEC pretende ainda estabelecer uma rede nacional de formação de professores nas instituições federais, estaduais e municipais, com equipes técnicas de orientação escolar voltada para a educação profissional de nível médio. A intenção é utilizar os recursos e metodologias da educação a distância.

O objetivo é que em cada um dos cinco mil municípios brasileiros exista pelo menos uma escola ofertando a educação profissional a distância. Atualmente, existe um total de 700 mil matriculados no ensino profissionalizante. A meta é que esse número chegue a 2 milhões nos próximos quatro anos.

Plano de expansão

Para implementar a ação, que faz parte da segunda fase do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, serão investidos R$ 500 milhões por ano para a manutenção e implantação do quadro de pessoal das escolas.

Além disso, aproximadamente R$ 750 milhões serão destinados para a construção de novas unidades. Somando todas as fases, a rede federal da EPT, que em 2005 tinha 144 instituições, chegará ao final de 2007 com 203, terminando 2010 com 350 escolas.

Em sua primeira etapa de expansão da rede, o Plano viabilizou a instalação de 60 novas instituições de ensino, criando 70 mil vagas. Nas duas fases, um dos critérios foi atender prioritariamente as localidades no interior do País e periferias dos grandes centros urbanos.

Cidades-pólo

O conceito de cidade-pólo aperfeiçoou a distribuição dessas unidades, aproveitando potenciais de desenvolvimento e a proximidade com os Arranjos Produtivos Locais (APL). A medida pretende reduzir a saída dos alunos em direção às grandes cidades e aproveitar parcerias e infra-estrutura existentes. Cada cidade-pólo selecionada abrange, em média, um raio de 50 quilômetros. O potencial de crescimento é avaliado regionalmente, sendo a cidade-pólo a referência de um conjunto de municípios  ou seja, mesorregiões.

Acesse as edições anteriores em:

www.brasil.gov.br/emquestao

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sábado, maio 12, 2007



Quem teme tanto as sexualidades humanas, deveria contar com a confiança dos jovens???

O que fantasiaram os pregadores morais sobre a "miséria" interior dos homens maus! O que mentiram diante de nós sobre a infelicidade dos homens apaixonados! - sim, mentir é aqui a palavra certa - conheceram muito bem a riquíssima felicidade dessa espécie de homens, mas o silenciaram, porque era uma refutação de sua teoria, segundo a qual toda felicidade só nasce com o aniquilamento da paixão e o calar da vontade! E, por fim, no tocante à receita de todos esses médicos de almas e sua recomendação de uma cura dura, radical, é permitido perguntar: é esta nossa vida efetivamente dolorosa e pesada o bastante, para trocá-la com vantagem por um modo de viver e uma petrificação estóicos? Não estamos passando mal o bastante para termos de passar mal à maneira estóica.

Nietzsche

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Comentário sobre o papa

por Urariano Mota

Nassif, ontem o Papa, em encontro com mais de 40 mil jovens católicos no estádio do Pacaembu, em São Paulo, pediu aos jovens que mantenham a castidade \"dentro e fora do matrimônio\".
Ou alguém traduziu errado, ou o que o Papa diz não se traduz. Como ser casto dentro do matrimônio? Seria a abstinência de sexo dos esposos? Ou seria a conjunção carnal sem gozo? O Papa acaba de criar mais um mistério insondável, para não dizer impenetrável....
Um teólogo hoje, na Folha de São Paulo, afirma que o sentido de casto, na frase do Papa, é o de ser fiel, ou seja, não pular a cerca. E mais, que \"o casal pode ter relações normalmente, desde que sem contraceptivos\".
Aos dicionários.
No Aurélio:
Castidade – 1. Qualidade de casto. 2. Abstinência total dos prazeres sensuais. (Voto de castidade) .
Casto – 1. Que se abstém de quaisquer relações sexuais. 2. Que se abstém de relações sexuais ilegítimas ou imorais. 3. Puro, inocente, imaculado. 4. Sem mescla; puro.
No Houaiss:
Castidade – 1 REL Abstinência completa dos prazeres do amor. 2 p. ext. Abstenção de prazeres carnais e de tudo que a eles se refere...
Casto – 1 Que guarda castidade; que se abstém de prazeres sexuais. 1.1 Que se abstém de vida sexual ilegítima ou promíscua...
Ou seja, somente num sentido incomum em nossos dias, casto é o abstinente de sexo \"ilegítimo\". Mas ainda ficaria uma dúvida: ainda que sem pular a cerca, o homem ou a mulher, dentro do casamento, podem manter sexo além do papai-com-mamãe? No sentido mais casto, castiço, puro e medieval, não, porque sabemos que o sexo deve servir somente à procriação, segundo a Santa Madre Igreja.
Em resumo, para a Igreja sexo não deve ter prazer. O que é um novo e impossível mistério. Mesmo dentro, do casamento.




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sexta-feira, maio 11, 2007



Lula rejeita acordo com papa e diz que manterá Estado laico
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, em encontro com o papa Bento XVI, que o Brasil vai "preservar e consolidar o Estado laico".
Em conversa com sua assessoria depois da reunião com o Papa no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, Lula disse que explicou ao Papa que o Brasil mantém a posição de "ter a religião como instrumento para tratar do espírito e temas sociais".


Lula também disse, segundo sua assessoria, que o Papa não tocou no tema aborto e preservativos durante o encontro. A oposição da Igreja Católica ao aborto foi citada pelo papa em suas duas falas na quarta-feira, em seu primeiro dia de visita ao país.

A reunião de Lula e Bento XVI terminou em impasse no que diz respeito a fechar um acordo sobre direitos e privilégios da Igreja Católica no país.

O papa, porém, expressou a expectativa de firmar o acordo "em seu papado e no mandato de Lula", ou seja, a perspectiva do Vaticano é assinar até 2010. "Eles (o Vaticano) sentem falta desse status de um acordo internacional que tem com outros países", afirmou Vera Machado, embaixadora brasileira junto ao Vaticano.

Há poucas informações sobre os exatos termos do acordo, mas, segundo a BBC Brasil, a Igreja Católica quer formalizar em um documento legal próprio direitos e privilégios.

Entre os temas estariam a liberdade de culto, a preservação de igrejas, isenções fiscais, concessão de vistos para missionários e o ensino de religião nas escolas.

Segundo a assessoria de Lula, o papa disse que, apesar do impasse, tem a expectativa de que o acordo seja fechado ainda em seu pontificado e no mandato do presidente Lula.

Lula chegou ao Palácio dos Bandeirantes acompanhado da primeira-dama, Marisa Letícia, que ofereceu como presente um retrato pintado do papa. O presidente entregou três livros sobre a obra do pintor modernista Candido Portinari (1903-1962) e o governador, uma bíblia de 15 quilos. Antes da conversa com Lula, o pontífice visitou uma exposição de arte sacra no Salão dos Pratos do Palácio.

Resistência

O Itamaraty vem resistindo aos pedidos da Igreja e prefere remeter os temas para a legislação brasileira já em vigor.

"A assinatura, segundo o desejo do Vaticano, deveria acontecer durante a viagem do papa ao Brasil, mas ela acabou sendo adiada para o final do ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá ir em visita oficial", informou a funcionária da Embaixada do Brasil junto à Santa Sé.

Uma proposta de acordo foi enviada pela Santa Sé ao Itamaraty em dezembro do ano passado.

Público

Cerca de 50 pessoas esperavam o papa do lado de fora do palácio. Entre elas, Zélia Matta, com três filhos em uniformes escolares, segurava um buquê de flores que queria entregar a Bento XVI. "Como católica, espero que o papa defenda o direito à vida", afirmou.

Outra católica, Lucila Beting, também defendeu a postura da Igreja. "A Igreja tem posições que são difíceis de seguir no mundo moderno, mas temos que defender esses princípios", disse.

"É muito difícil ser uma mãe católica hoje em dia e ensinar que não se deve usar camisinhas porque não se deve fazer sexo. Sexo é um presente de Deus. O que nós somos contra é a promiscuidade", afirmou.

Com BBC e Reuters
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quinta-feira, maio 03, 2007



DVD UAKTI - Uakti



A miscigenação sonora entre a música instrumental erudita e popular, o experimentalismo na arte de construção de instrumentos e a densidade cultural e histórica das composições do Uakti estão neste DVD gravado ao vivo em Belo Horizonte. A força expressada pela musicalidade do Uakti é presença certa nos espetáculos do grupo, em especial neste show.

http://www.sonhosesons.com.br/catalogo/ind_dvds.htm

Grupo Uakti lança primeiro DVD


Consagrado mundialmente pela construção e adaptação de seus próprios instrumentos e pela qualidade inquestionável de sua música, o Grupo Uakti lança seu primeiro DVD ao vivo a partir de apresentação feita em setembro de 2006, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. O grupo mineiro formado por Artur Andrés Ribeiro, Paulo Sérgio dos Santos e Décio de Souza Ramos mostra no lançamento o encontro entre o erudito e o popular, característica de sua obra, o making off da produção, além de entrevista com o compositor Marco Antônio Guimarães, fundador e diretor artístico do Uakti.Para o DVD, o cenário foi pensado de acordo com a estética dos instrumentos construídos pelo grupo. Não foram usadas marimba de vidro ou aqualung como em outros shows, mas cinco rodas de bicicleta suspensas que emitem sons particulares e formam uma espécie de instalação sonora. A partir delas, saem os sons e iluminações que compõem o espetáculo. Para completar o ambiente, o Uakti usa aerofones, idiofones, cordofones, membranofones e electromecânicos. O repertório do DVD inclui obras de Villa-Lobos, Bach, Mozart e Elomar Figueira, mas não deixa de lado as composições do próprio Uakti como "Ballet 21", "Música para um antigo templo grego" e "Turning Point." Para Paulo Sérgio, a escolha foi acertada já que permitiu a realização de um desafio: “Escolhemos um repertório de músicas que tocamos há muito tempo e que dava condições para a gente encarar esse desafio," conta o músico.


















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PROJETO B
Em seu segundo CD, o Projeto B continua desenvolvendo seu estilo único, fundindo de forma inusitada influências clássicas contemporâneas, como Stravinsky e Messiaen, com elementos selecionados de jazz e rock de vanguarda, desde Miles e Zappa até Bill Frisell e John Zorn, resultando em um álbum instigante, com composições inteligentes, grandes variações climáticas, muita improvisação e virtuosismo instrumental.

http://www.projetob.net/disco2.html

http://www.editioprinceps.com/

enviado por CB
cbpoema@uol.com.br
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O que o país precisa saber sobre a crise aérea?


Analisando informações, de jan/2005 até mar/07, sobre pousos e decolagens, quantidades de passageiros, carga e mala postal, e sobre os índices de regularidade e de pontualidade das empresas aéreas, especialmente da Gol e da Tam, de jan/06 a fev/07, o secretário de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, José Augusto Valente, sugere algumas perguntas que devem ser respondidas pela chamada CPI do Apagão Aéreo.São perguntas que nossa mídia deveria ter feito durante a crise dos controladores aéreos. Investigação que nossa mídia deveria ter feito. Mas..., o objetivo era outro. Desgastar o governo Lula, criar o clima de apagão e alavancar a CPI. De preferência escondendo, o que não foi possível, que era na verdade uma CPI para investigar a Infraero, não o chamado apagão. Que só existiu por causa da operação padrão e da paralisação dos controladores. O resto cabe à CPI desvendar, inclusive a hipótese de sabotagem e uso político-partidário da crise.


Leia o artigo de Valente na seção Convidados.

enviada por Zé Dirceu

O que o país precisa saber sobre a crise aérea?
José Augusto Valente*

Apuramos informações sobre a aviação comercial brasileira, destacando aeronaves em operação (pousos e decolagens) e passageiros transportados (embarques e desembarques - doméstico e internacional), no período janeiro/2005 a fevereiro/2007, nos aeroportos da Infraero, para ter elementos fundamentados sobre os momentos recentes de crise, que a mídia insiste em chamar de “apagão ou caos aéreo”, caracterizado por dois indicadores básicos: atrasos nos vôos e cancelamentos. Consultamos as informações disponíveis no site da Infraero e da Anac.


a) Fluxo de aeronaves e passageiros no período acima mencionado: Em 2005, tivemos as médias mensais de 153 mil aeronaves e de 8 milhões de passageiros transportados. Em 2006, cresceu 4,2% a média mensal de aeronaves/mês e 6,4% a de passageiros transportados. Nos três primeiros meses de 2007, a média de aeronaves foi para 164 mil, ou seja, um crescimento de 2,6% em relação à de 2006.

b) Os Índices de regularidade e de pontualidade, no período janeiro/2006 a fevereiro/2007: O índice de regularidade informa a relação entre vôos realizados e programados. Independe da pontualidade. No ano de 2006, a Gol apresentou um índice médio de 93%. Nesse mesmo ano, a TAM apresentou o mesmo índice médio. Esses índices, mesmo nos primeiros meses de 2007, se mantiveram acima de 90%. O índice de pontualidade é o percentual do número de etapas de vôo realizadas, pontualmente, em relação às etapas de vôo efetivamente realizadas, no período de um mês. E o que é esse pontualmente? Nos vôos domésticos (de passageiros, carga e Rede Postal Noturna), com base nos horários previstos, será considerado como pontual o vôo que:


a)Na escala inicial, a partida dos motores ocorrer até dez minutos antes ou até quinze minutos após a hora prevista;


b) Na(s) escala(s) intermediária(s), a parada dos motores ocorrer até quinze minutos após a hora prevista, e a partida dos mesmos ocorrer até dez minutos antes ou até quinze minutos após a hora prevista;


c) Na escala final, a parada dos motores ocorrer até quinze minutos após a hora prevista. Análise dos índices de pontualidade: De janeiro a outubro de 2006 o índice da Gol foi de 98% e o da TAM 96%. A partir de novembro percebe-se uma redução significativa nesses índices. Por causa disso, a média de 2006, considerando os meses de novembro e dezembro, caiu para 90% e 88%, respectivamente. Índices de pontualidade da Gol nos dois últimos meses de 2006 e nos dois primeiros de 2007: 60%, 47%, 49% e 50%. Índices da TAM nesses mesmos meses: 54%, 43%, 60% e 69%.


Como se observa, os índices despencaram a partir de novembro/2006. O acidente com o avião da Gol foi em 29 de setembro de 2006. A partir de meados de outubro de 2006 começou-se a aventar a hipótese de responsabilidade dos controladores de vôo de Brasília pelo acidente. Considerando-se as informações acima, a CPI precisa gerar respostas às seguintes perguntas:


1. Quantas panes nos sistemas de controle de vôo ocorreram entre janeiro de 2005 e outubro de 2006? Porque as panes ocorridas nos sistemas de controle de vôos não afetaram os índices de pontualidade, nesse período?

2. A infra-estrutura disponível nos aeroportos da Infraero contribuiu para que os índices de regularidade e pontualidade fossem tão elevados, até outubro de 2006? Ou eles se mantiveram elevados, apesar das deficiências de infra-estrutura? Se for isso, qual a fundamentação para essa aparente contradição? 3. Qual a relação existente entre o acidente da Gol, em 29 de setembro de 2006, e a queda dos índices de pontualidade, entre novembro/2006 e fevereiro de 2007? Como se explica a coincidência das quedas dos índices de pontualidade um mês após o referido acidente e a atribuição de responsabilidade aos controladores de vôo de Brasília e Manaus? 3.1. Em que medida essa responsabilização contribuiu para que os controladores de vôo resolvessem apresentar ao país problemas como sistemas e equipamentos obsoletos, salários inadequados, militarização do controle de vôo, condições estressantes de trabalho, número insuficiente de controladores?

4. A militarização do controle de vôo interferiu, negativamente, nos índices de regularidade e de pontualidade, entre janeiro de 2005 e outubro de 2006?

5. Foi divulgado pela mídia que ocorreram vários “quase-acidentes” nos últimos cinco anos. Regra geral, de quem foi a responsabilidade por eles: os controladores, os sistemas de controle, os comandantes das aeronaves, a Infraero?

6. Essas taxas de crescimento da movimentação média de aeronaves (4,2%) e passageiros (6%) são suficientes para justificar a queda dos índices de pontualidade a partir de novembro/2006?

7. Qual a influência das decisões das empresas – em especial Gol e TAM – sobre rotas e horários, bem como pousos e decolagens obrigatórios em Brasília e São Paulo, na queda dos índices de pontualidade, a partir de novembro/2006?

8. As principais empresas aéreas aproveitaram o suposto “apagão aéreo” para otimizar seus vôos e aumentar sua rentabilidade, provocando atrasos e cancelamentos, a partir de novembro de 2006? O que dizem os registros da ANAC?

9. As principais empresas aéreas realizaram um atendimento adequado aos passageiros com mal-estar, irritação, indignação, entre outros, nos dias em que houve crise e baixa pontualidade?
10. Qual a relação objetiva entre militarização, salários dos controladores de vôo, atrasos e eventuais irregularidades nas obras da Infraero e a queda dos índices de pontualidade, a partir de novembro/2006?

11. Um dos argumentos para o suposto “apagão aéreo” é o da situação de stress diário por que passam os controladores, devido ao excesso de aviões que cada um tem que controlar, simultaneamente. O reduzido percentual de crescimento do movimento de aeronaves (pouso e decolagens), 2006 em relação a 2005, pode ter criado mais dificuldades para a operação dos controladores existentes?

12. A decisão quanto à quantidade de aviões a controlar, simultaneamente, por cada controlador é decisão deles ou superior? Caso seja deles, justificar porque controlam mais aeronaves do que o recomendável para evitar stress?

13. A ação dos controladores de vôo (operação padrão e paralisação) pode ter contribuído - muito, mais ou menos ou pouco - para a queda dos índices de pontualidade, a partir de novembro/2006?

* José Augusto Valente é secretário de Política Nacional de Transportes/MT




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