quarta-feira, julho 24, 2019

Esse conceito de lumpen-burguesia é um conceito fundamental para entender o Brasil pós golpe 2016. Aquela sessão da câmara de 17 de abril de 2016, comandada por Eduardo Cunha e pela Globo, é a evidência máxima do conceito de lumpen-burguesia.


Xadrez da natureza do governo Bolsonaro, por Luis Nassif


Peça 1 – elite, povo e lumpem

Uma das peças centrais do governo Bolsonaro é o desmonte de qualquer forma de proteção social e de regulação capitalista da economia. Embrulha tudo isso na embalagem do empreendedorismo e da liberdade de atuação das empresas.
Mas não se trata nem de um representante da elite, nem do proletariado, nem do empreendedorismo. A divisão é outra: é entre a economia formal e a economia da zona cinza, ou irregular ou criminosa.

LEIA TUDO AQUI: https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-da-natureza-do-governo-bolsonaro-por-luis-nassif/

MAIS...

O retorno da fome e a lumpen-burguesia nacional




O Brasil do golpe do pato amarelo e de Temer vai retornando ao mapa mundial da fome.
Um vexame internacional. O próprio golpe, executado em nome do combate às “pedaladas fiscais”, logo a seguir “destipificadas” pelos algozes de Dilma, foi um vexame!
Mas não se enganem. A nossa burguesia – ou pelo menos grande parte dela – é indiferente a isso. Nesse momento está comemorando a deflação e a diminuição de assalariados em aeroportos. E pressionando o Congresso Nacional para fazer as reformas trabalhista e previdenciária.
Mas nada é tão ruim que não possa piorar, nossa burguesia é entreguista. E lá se vai o pré-sal, um sinal ao Império para que os ianques saibam: os súditos fiéis retomaram o galinheiro tupiniquim!

LEIA TUDO AQUI: https://jornalggn.com.br/noticia/o-retorno-da-fome-e-a-lumpen-burguesia-nacional/. 

MAIS... 

Origem e apogeu das lumpen-burguesias latino-americanas


13 de Maio de 2016, por Jorge Beinstein


Elites econômicas e decadência sistêmica [1]

O salvamento do México. Após a chegada de Maurício Macri à presidência em alguns círculos acadêmicos argentinos desencadeou-se a reflexão acerca do "modelo económico que a direita estava a tentar impor. Tratou-se não só de bisbilhotar os curricula vitae de ministros, secretários de Estado e outros altos funcionários como também, sobretudo, da avalanche de decretos que desde o primeiro dia de governo foi precipitada sobre o país. Procurar uma coerência estratégica nesse conjunto era uma tarefa árdua que a cada passo se chocava com contradições que obrigavam a abandonar hipóteses sem que se pudesse chegar a um esquema minimamente rigoroso. A maior delas foi provavelmente a flagrante contradição entre medidas que destroem o mercado interno para favorecer uma suposta onda exportadora, evidentemente inviável diante do recuo da economia global. A outra foi a subida das taxas de juro que comprimem o consumo e os investimentos à espera de uma ilusória chegada de fundos provenientes de um sistema financeiro internacional em crise – que a única coisa que pode oferecer é a montagem de bicicletas especulativas . 


Alguns optaram por resolver a questão adoptando definições abstractas tão gerais quanto pouco operacionais ("modelo favorável ao grande capital", "restauração neoliberal", etc), outros decidiram continuar o estudo mas cada vez que chegavam a uma conclusão satisfatória surgia um novo fato que deitava-lhes abaixo o edifício intelectual construído e, finalmente, uns poucos, dentre os quais me encontro, chegaram à conclusão de que procurar uma coerência estratégia geral nessas decisões não era uma tarefa fácil nem tão pouco difícil e sim simplesmente impossível. A chegada da direita ao governo não significa a substituição do modelo anterior (desenvolvimentista, neokeynesiano, ou como se queira qualificar) por um novo modelo (elitista) de desenvolvimento e sim, simplesmente, o início de um gigantesco saqueio onde cada bando de salteadores obtém o botim que consegue no menor tempo possível e logo depois de conseguido luta por mais à custa das vítimas mas também, se necessário, dos seus competidores. A anunciada liberdade do mercado não significou a instalação de uma nova ordem e sim a implantação de forças entrópicas. O país burguês não realizou uma reconversão elitista-exportadora, na verdade submergiu-se num gigantesco processo destrutivo. 

LEIA TUDO AQUI: http://www.iela.ufsc.br/noticia/origem-e-apogeu-das-lumpen-burguesias-latino-americanas