Marcelo Auler
“Um triste enredo é que se vai narrar na presente petição. Chega a impressionar a versão da polícia civil nos presentes autos. De denunciante, Padre Amaro passa e ser criminoso. Os trabalhadores rurais e suas associações passam de vítimas a organizações criminosas. E os fazendeiros e Grileiros passam a ocupar o papel de vítimas indefesas“. (Do pedido de HC impetrado no TJ-PA)
Há um mês o padre José Amaro Lopes de
Souza tornou-se, nas acusações de seus apoiadores e defensores, outra
vítima da justiça seletiva. Encontra-se recolhido à penitenciária de
Altamira, no noroeste do estado do Pará, com base em acusações que soam
estranhas como a associação criminosa. Estranha porque na denúncia
apresentada o padre é o único acusado, o que fez sua defesa alertar no
pedido de Habeas Corpus (HC) impetrado junto ao tribunal de Justiça do
Pará:
“Não existe associação de uma única pessoa. Ou seja, Padre Amaro não pode se associar consigo mesmo e assim responder por tal crime. É o óbvio Excelências. Como a defesa nada tem a esconder juntou ao presente HC a denúncia, o pedido de prisão, o parecer do MP, enfim tudo. E o que observa é que Padre Amaro é o único indiciado e denunciado, daí porque ser absurda tal acusação”.Com a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o caso do Padre Amaro foi relegado ao esquecimento. Completou na sexta-feira (27/04) um mês sem maiores repercussões, inclusive nos Blogs e redes sociais. Nem mesmo o fato de a desembargadora Vânia Silveira ter negado a liminar pedida para libertá-lo mereceu destaque além do noticiário regional.
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Na madrugada de hoje (28), o acampamento Marisa Letícia, localizado na rua Padre João Wislinski, 260, no bairro Santa Cândida, onde dormem integrantes da vigília Lula Livre, foi atacado a tiros por volta das quatro horas da madrugada.
Duas pessoas foram feridas, uma delas está hospitalizada. Jeferson Lima de Menezes, de São Paulo, foi prontamente encaminhado ao hospital com um tiro no pescoço.