quinta-feira, fevereiro 25, 2010

A MAIOR PADARIA TUCANA DO BRASIL





A Folha deveria explicar para os seus pobres leitores o motivo desse engajamento fermentado com os tucanos.
Só pode ser um negócio muito vantajoso, será que a Folha entrou no ramo da panificação?
A Globo também vai pelo mesmo caminho, quando não produz os seus próprios panetones, trata de distribuir os dos outros...




Contra fatos não há argumentos - José Dirceu




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fibras ópticas
Totalmente furada a teoria exposta em reportagem da Folha de S.Paulo de hoje, sobre os ganhos que o empresário Nelson dos Santos, acionista da Eletronet, teria de qualquer jeito - segundo o jornal - com a implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

Se a caução depositada por força de determinação judicial for resgatada será em benefício dos credores Lucent-Alcatel e Furukawa (que investiram na empresa e agora cobram) e não do empresário. E se alguma empresa comprar os créditos, o governo não tem nada a ver com isso. Até porque foi a gestão tucana do ex-presidente FHC que criou a Eletronet dando de mão beijada 51% das ações para a AES e deixando os outros 49% para a União, via Ligthpar (hoje Eletropar).

O governo não tem nada a ver com a venda dos 51% da AES para o empresário Nelson dos Santos. A Eletropar não fez a opção porque o governo não reconhece a “propriedade” da Eletronet sobre a rede de 16 mil km de fibras ópticas. Para simplificar a questão: a Eletronet tem apenas uma espécie de concessão sobre essa rede. E até agora a justiça deu ganho de causa para essa tese do governo.

O que interessa à Folha

Mas, a Folha parece interessada em duas coisas: provar que o empresário Nelson dos Santos será beneficiado; e inviabilizar o PNBL, caso a Eletronet se viabilize e a justiça lhe dê a posse da rede de fibras ópticas -  o que até agora parece bem improvável.

Tirando as acusações infundadas e sem base nos fatos e na realidade publicadas nos jornais, o que temos de fato é uma empresa - a Eletronet - sem ativos, sem valor, sem as fibras ópticas apagadas (ainda sem uso) e com dívidas de R$ 600 milhões, podendo chegar, inclusive a R$ 800 milhões. Como é possível, então, que o empresário Nelson dos Santos possa vender sua parte por R$ 200 milhões? Ou que obtenha tal lucro no caso de venda da empresa ou de uma decisão judicial final favorável ao governo?

No Estadão de hoje, também, outra informação completamente equivocada. Segundo o jornal, o advogado Márcio André Mendes da Costa, contratado pelas centrais elétricas no processo de falência da Eletronet, afirma que o governo quase favoreceu "o ex-cliente de Dirceu", o empresário Nelson dos Santos. De acordo com esse advogado, em 2006 havia uma orientação para que o governo usasse uma estatal para assumir o pagamento dos fornecedores da Eletronet e suspender a falência. Alertado pela AGU, em 2007, o governo mudou de estratégia e enterrou as possibilidades de ganho para os sócios da empresa falida.

Nessa data - 2006 - eu sequer conhecia o empresário Nelson dos Santos. 

... http://www.zedirceu.com.br/

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Arruda deu panetones para a Veja?





A capa da
 Veja da semana passada é uma prova grotesca da manipulação do jornalismo nativo. Decretada a prisão do único governador demo do país, a publicação da famíglia Civita preferiu dar capa para um assunto candente – “efeito sanfona”. Não dá nem para alegar que o estouro do escândalo de corrupção em Brasília, batizado de “panetonegate”, pegou a revista de surpresa. Ele veio a público no final de 2009. Mesmo a prisão, ocorrida na véspera do fechamento da edição, poderia ter sido o destaque da edição. Tanto que a revista deu uma chamadinha no alto da capa.

A opção editorial deste panfleto da direita pode ter vários motivos. O primeiro é que seria difícil explicar aos seus leitores porque a
 Veja bajulava tanto o governador do DF. Na edição 2121 de julho passado – não faz tanto tempo –, a revista abriu as suas “páginas amarelas” para uma longa entrevista com a nova “estrela” dos demos. O título: “Ele deu a volta por cima”. A chamada: “Depois de amargar uma imensa rejeição provocada por medidas de austeridade, o governador do Distrito Federal diz que é possível ser popular sem ceder às tentações do populismo”.


R$ 442 mil dos cofres públicos

O ex-líder no Senado de FHC, que renunciou ao mandato para não ser cassado no escândalo da violação do painel eletrônico, é apresentado como um “gestor moderno”, que “demitiu funcionários, pôs as contas em ordem, tirou camelôs das ruas, enfrentou grevistas e freou o processo histórico de invasão de terras públicas”. Tudo o que os leitores da publicação, na sua maioria da “classe mérdia”, adoram. Como seria, agora, explicar que o tal “gestor moderno” montou um poderoso esquema de corrupção e fisiologismo. É compreensível que a
 Veja não dê capa para Arruda!

Outra hipótese sobre o silêncio é ainda mais grave. Será que a
 Vejatambém foi presenteada com os famosos “panetones” de Arruda? Em junho passado, pouco antes da entrevista bajuladora, o governo do Distrito Federal garfou dos cofres públicos R$ 442 mil para a compra de exemplares da revista, sem qualquer licitação. Com o estouro do escândalo do “panetonegate’, a Veja não teve mais como se fingir de morta e até produziu algumas matérias críticas, sempre na linha da “ética na política”. Mas ela evita atacar o “gestor moderno” ou fazer qualquer autocrítica.

Postado por Miro às 13:56 http://www.blogger.com/img/icon18_email.gif
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