Unificar o PT, priorizar o PAC e fortalecer o governo Lula
Estamos numa época de vacas magras. Poucas notícias. Há um compasso de espera. Mas, a iniciativa da ação política está com o governo: o PAC; a maioria na Câmara e no Senado; o PT vai se unificando, buscando consensos; a eleição de Arlindo Chinaglia para a Presidência da Câmara, escolhido por unanimidade na bancada e pela comissão política do Partido; a escolha por aclamação do líder da bancada petista, Luiz Sérgio, do Rio de Janeiro, neste ano, e Maurício Rands, de Pernambuco, para o ano que vem. Uma excelente solução.
O Congresso do PT caminha para ser um momento especial do partido, para sua reforma e renovação, iniciada com o processo de eleições diretas, no ano passado, elegendo Ricardo Berzoini.
Daí a ofensiva midiática, como diria um petista de renome, contra o PT e o Governo.
Essa ofensiva começou com a tese do terceiro mandato para o presidente Lula, e agora continua com a história dos plebiscitos, a la Chávez, segundo uma certa mídia.
Mas tudo isso são apenas balões de ensaio para poluir o ambiente político do país e continuar atacando o PT. Não existe terceiro mandato, nem a realização de plebiscitos, no mundo e no Brasil, têm alguma coisa a ver com autoritarismo ou ditadura.
No nosso caso, aliás, a convocação e realização de plebiscitos está estabelecida na Constituição. E já fizemos vários. Todos vencidos pelo povo, contra as elites, inclusive uma parcela da mídia.
Até eu, cassado, inelegível por oito anos, sem provas, ainda que permaneça com meus direitos políticos, sou vítima dessa manobra diversionista, que procura me imobilizar e determinar meus caminhos.
Já disse mais de uma vez e repito: não vou disputar cargos ou participar de correntes no terceiro congresso do PT. Mas não abro mão de, como militante e filiado ao partido, participar do debate político.
Minha prioridade é provar minha inocência no Supremo Tribunal Federal. E recuperar meus direitos políticos, retirados pela Câmara, ao cassar meu mandato.
Já expressei várias vezes aqui no blog, antes de começar essa ofensiva, que minha anistia não é uma iniciativa minha, do PT, e muito menos do governo. E deixei claro, mais de uma vez, que nossa prioridade é o PAC e a consolidação do segundo governo do presidente Lula.
A publicação de um documento, legítimo e necessário, para debate no terceiro congresso do PT, mudou a agenda e a pauta da imprensa, e tentou arrastar o governo e o PT para o internismo. Esse é um debate que só interessa aos adversários e à oposição.
Eu apenas me defendi das acusações caluniosas e expus minhas idéias e propostas, quando convidado para um debate de petistas que se organizam para o Congresso.
Não é verdade que pedi ao presidente Lula qualquer iniciativa para conter esse debate no partido. Apenas expus, pelo blog, minha posição e a repeti para todos com quem falei e discuti, recebendo apoio de todos.
Também é caluniosa a informação que ameacei com a divulgação de fatos de campanhas passadas. Quem me conhece sabe que esse tipo de comportamento não faz parte de minha militância de quarenta anos na esquerda.
Acredito isso é mais uma tentativa de me atingir, depois que o primeiro movimento fracassou, já que não contou com o apoio nem dos que apoiavam a idéia de um documento e da renovação e reforma do PT. Agora, acredito que podemos ir a Salvador comemorar os 27 anos do PT, a reeleição de Lula, o PAC, unificando o PT em torno dessas bandeiras.