sábado, setembro 23, 2006

EQUIPE DO SERRA CHEGA ANTES DA IMPRENSA TUCANA


Delegado fala em informação privilegiada

Em entrevista na tarde desta sexta-feira, o delegado Edmilson Pereira Bruno, da PF, insinuou a possibilidade de armação dos tucanos, visto que uma equipe da campanha de José Serra, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, estaria aguardando na sede da PF, antes mesmo de qualquer órgão de imprensa, a prisão de Valdebran Padilha e Gedimar Passos.

Momentos depois da prisão e antes mesmo da chegada da imprensa, já havia dois carros da produtora dos programas de TV do PSDB, atingido pela divulgação do dossiê. Na coletiva desta sexta, a equipe de filmagem também estava presente. O delegado Bruno, que conduziu as investigações e as prisões, disse não saber por que a equipe tucana já estava na sede da PF em São Paulo antes da chegada da imprensa.

O delegado disse que, como não está mais no caso, não vai apurar se houve algum tipo de informação privilegiada. Em Brasília circula a hipótese de que o dossiê tenha sido um aarmação para atrair os petistas."

Esta notícia saiu no Globo Online. Leiam também a IstoÉ, que traz Abel Pereira na capa.enviada

Barjas Negri é homem de confiança de Serra

A hipocrisia da oposição e de parte da mídia não tem mesmo limites. Quando se trata de acusar o PT e o governo, vale tudo, e qualquer suposto envolvido vira imediatamente “braço-direito” do seu superior. Já quando se trata de PSDB e PFL...A Folha, onde José Serra foi editorialista (ou seja, colocava no papel a voz do dono), já havia feito isso na sua manchete de ontem, ao afirmar que “Vedoin isenta Serra do caso sanguessuga”.

Mais à noite, foi a vez do Jornal Nacional afirmar que “Vedoin disse que não há ligação” entre a máfia dos sanguessugas e Serra.

Por acaso Serra não foi ministro da Saúde? Por acaso não é a assinatura de Serra e o seu CPF que estão nos extratos de convênios que foram feitos com prefeituras entre 1999 e o começo de 2002, quando, segundo Vedoin, era “mais fácil” o esquema das sanguessugas? Quer dizer, então, que Serra não era o responsável?

Vale lembrar que a mesma matéria do JN diz o seguinte: “Entre os telefonemas recebidos por Luiz Vedoin está também o de uma pessoa que passa um recado (‘Abel está querendo falar com Vedoin’) e deixou um número de celular. Ligamos para o número, que pertence a Abel Pereira, braço-direito de Barjas Negri, ex-ministro da Saúde, que substituiu José Serra em 2002”.

Notem bem: Abel Pereira é amigo de 30 anos de Barjas Negri e era tido como o “operador” do esquema, mas não era funcionário do governo; já Barjas Negri tinha sido secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão de Serra e ficou no cargo quando o tucano resolveu disputar – e perder – a eleição presidencial de 2002. O JN não diz, assim como a Folha não o fez, que Barjas Negri foi o braço-direito de Serra no Ministério da Saúde.

Em 21 de fevereiro de 2002, quando Serra deixava o ministério para ser candidato, a Folha (para assinantes) descreveu Barjas Negri, que assumia a pasta, desta maneira:"Um dos fundadores do PSDB de São Paulo, Negri é homem de confiança de Serra. Considerado bom administrador de Orçamento, Negri conheceu Serra quando ambos militavam no antigo MDB, nos anos 70. Na mesma época, Negri conheceu o presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem mantém bom relacionamento".

Não adianta, agora, querer tapar o céu com a peneira.

No blog do Zé Dirceu
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