domingo, maio 06, 2018

"Para ganhar as ruas é necessário o terror"


Da mesma forma como os recentes atentados em Paris, Berlim, Londres etc., o incêndio seguido de desmoronamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, no Centro de São Paulo e ocupado por movimento de luta à moradia, está cercado de sincronismos, “coincidências significativas”, recorrências, anomalias e evidente oportunismo pelo lucro político e comercial da tragédia – grande mídia, interesses privados por trás das chamadas “Operações Urbanas” e a construção de um novo inimigo interno com o pós-Lula e o enfraquecimento do discurso do combate à corrupção: a identificação do crime organizado (PCC) com os movimentos sociais. Seria tudo um “não-acontecimento”, da mesma magnitude e propósito do incêndio do Reichstag de 1933 que conduziu os nazistas ao poder?

"Para ganhar as ruas é necessário o terror" 
(Joseph Goebbels)

Esse humilde blogueiro não acredita em coincidências. Principalmente em eventos que assumem forte simbolismo político. Nesses casos temos sincronismos, ou “coincidências significativas”.

Desde o incêndio do Reichstag em 1933 na Alemanha, quatro semanas depois de Hitler ser empossado chanceler, eventos trágicos cercados com coincidentes lucros políticos (para os nazis o incêndio caiu como uma luva para incitar o presidente Hindenburg a prender os suspeitos comunistas de sempre) passaram a ser vistos com desconfiança.

Eventos como o ataque japonês à base americana de Pearl Harbor em 1941 (abriu a possibilidade para Roosevelt pegar a sua fatia na torta da guerra) ou o ataque ao arranha-céu WTC em 2001 (deu a plena oportunidade para Bush rearticular toda a política externa dos EUA no século XXI com a “guerra antiterror”), foram a posteriori chamados de false flags, inside jobs ou “não-acontecimentos”...