sábado, maio 12, 2018

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Ícones têm a propriedade de serem facilmente massificados, ao contrário dos símbolos. Símbolos são sectários e exclusivos – dependem do domínio de um código para ser decifrado pelo iniciado.

Enquanto os ícones não exigem códigos e são compreendidos em si mesmos:  “uma imagem vale mais do que mil palavras”, diz a máxima confuciana. Não importa em qual cultura ou religião encontremos uma suástica. Sempre faremos a associação sinistra com o nazismo, deixando de lado o símbolo: afinal, só compreendido para iniciados a uma religião ou cultura.

Na cultura pop temos a clássica iconificação do mito simbólico de Che Guevara: de símbolo exclusivo da esquerda, foi iconificado a partir da fotografia clássica de Alberto Korda. Transformado em ícone pop, abandonou o simbolismo ideológico guerrilheiro para se converter numa imagem motivacional de alguém que lutou pelos próprios ideais – estampada desde capas de estepes em caras SUVs importadas chegando a ser encontrada em adesivos nos baús de motoqueiros – sobre a “semiótica de Che Guevara” clique aqui.

A tática de guerra semiótica da direita não poderia deixar de lado essa perfeita bomba semiótica da iconificação. Se apropriaram de dois símbolos: a bandeira nacional (o verde simbolizando nossas matas, o amarelos as riquezas etc.) e a camiseta da seleção brasileira (o simbolismo da “pátria de chuteiras”) para se transformarem em ícones perfeitos: adereços em manifestações para exposição repetitiva nas ruas e TV. Até se transformarem em ícones perfeitos: os símbolos foram esquecidos (o nacionalismo) para se converterem em ícones de “paneleiros” e “coxinhas”.