Marinha do Brasil realiza resgaste, salvando 220
migrantes no Mar Mediterrâneo
Publicado em 04/09/2015
Neste momento em que tantos líderes europeus envergonham
seus países, a Marinha brasileira nos dá razões para nos orgulharmos.
Nesta sexta-feira, cerca de 13h30 (18h30 na Itália), a
corveta “Barroso”, da Marinha do Brasil, navegava no Mar Mediterrâneo, a 170
milhas da Sicília, Itália, com destino a Beirute, no Líbano, quando recebeu um
comunicado do Centro de Busca e Salvamento Marítimo italiano, sobre a
existência de um barco com risco de afundar com cerca de 400 migrantes,
rumo à Europa.
O Centro de Busca italiano solicitou ao navio brasileiro que
se aproximasse da embarcação, a cerca de 150 milhas de Peloponeso, na Grécia.
Ele chegou ao local após uma hora de navegação.
Dois navios-patrulha italianos de pequeno porte se juntaram
a eles e, impossibilitados de receberem os migrantes a bordo, a Guarda
Costeira italiana solicitou o apoio da Marinha do Brasil para efetuar o resgate
e seu transporte para o porto italiano de Catânia.
O comandante da Marinha do Brasil prontamente autorizou a
prestação desse apoio, a fim de salvaguardar a vida daquelas pessoas e
a transferência dos migrantes para a corveta brasileira acaba de ser
completada, tendo sido recebidas 220 pessoas: 94 mulheres, 37 crianças e 4
bebês de colo, muitos deles extremamente debilitados. Já é noite no local,
porém o mar está calmo, facilitando a operação em curso.
Com uma tripulação de 191 militares a bordo, a corveta
“Barroso” saiu do Rio de Janeiro em 8 de agosto para substituir a Fragata
“União” na Força-Tarefa Marítima da ONU no Líbano, a fim de atuar como Navio
Capitânia do comandante da Força-Tarefa, cargo exercido por um almirante
brasileiro desde 2011, e realizar tarefas de interdição marítima e capacitação
da Marinha libanesa.
O navio permanece no Líbano até fevereiro de
2016.