Dilma à oposição: Gabinete de crise é política de quem levou país ao apagão |
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) criticou nesta quarta-feira (11) a cobrança da oposição para que o governo federal instale um gabinete de crise destinado à condução das ações relativas ao assunto. Segundo Dilma, esse modo de pensar é resultado de quem “não segurou a barra e teve apagão” - numa referência à gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, comandado pelos opositores de hoje: PSDB e DEM, antigo PFL. “Essa é a visão do apagão. Havia uma crise de energia elétrica no Brasil e fizeram um gabinete de crise. Agora, querem reproduzir isso sempre, mas hoje o Brasil inteiro tem que se voltar para o combate à crise" disse a ministra, depois de reunião na sede da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em Brasília. Dilma disse que o combate aos impactos da crise financeira internacional é um esforço coletivo do governo federal e não apenas de setores específicos, daí a exclusão da possibilidade de criar um gabinete. A ministra evitou associar a discussão ao debate político eleitoral e disse que o que existe é uma diferença de concepção. “Hoje o Brasil inteiro tem de se voltar no combate à crise. Não é possível que fique se vendo debate eleitoral em tudo. Nós hoje temos uma preocupação central que é combater a crise. O governo do presidente Lula inteiro está comprometido. Essa política de gabinete de crise é a política de quem não segurou a barra e teve apagão", disse ela. Nas duas reuniões que participou hoje, em Brasília, com a bancada parlamentar do Nordeste e os religiosos da CNBB, Dilma reiterou que o Brasil está sustentado em "fundamentos fortes" e que as circunstâncias estimulam oportunidades para o país, como o fato de exportar petróleo, quando no passado importava o produto.
|