quarta-feira, junho 20, 2007



Folha editorializa matéria para fazer oposição


Materinha editorializada da Folha de hoje - "Governo cria mais 626 cargos" (só para assinantes), segundo o jornal para distribuir entre aliados e aumentar a arrecadação do PT. Que cobra de todos, insisto, de todos, em qualquer emprego, a taxa de filiação. O que é mais do que normal cobrar, também, de quem é profissional, comerciário, metalúrgico, dentista, ou servidor público. Mas, para a Folha, estamos criando esses cargos só para distribuir para a base aliada e aumentar a arrecadação do PT. Pode? Não é sério. A Folha perdeu o senso do ridículo? O mais grave é que depois esse mesmo jornal protesta e denuncia que a administração pública não funciona, não tem gestão e eficiência. Pudera, com os salários e a falta de recursos humanos que temos. Ou seja, querem mesmo é fazer oposição. Isso é que é jornalismo. O resto é conversa fiada. Não a excelente Conversa Afiada do Paulo Henrique Amorim.

TCE diz que contrato da gestão Alckmin é irregular


A notícia saiu quase escondida na Folha de hoje (só para assinantes): o Tribunal de Contas do Estado julgou ontem irregular um contrato para obras de ampliação da calha do rio Tietê, um dos principais projetos da gestão do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). O contrato de 2003 corresponde à fase 2, executada em Pirapora do Bom Jesus, Cabreúva e Itu. O tribunal diz que o valor (R$ 14,154 milhões) excedeu o orçado (R$ 12,013 milhões). Para o TCE, o Departamento de Águas e Energia Elétrica poderia ter feito nova licitação para obter valor menor. O Estadão (só para assinantes) vai um pouco mais além e também com muita discrição informa que, na verdade, o Tribunal de Contas do Estado julgou irregulares dois contratos do governo Geraldo Alckmin (PSDB) que somam R$ 45,6 milhões. Auditores identificaram 'falhas graves, como exigências restritivas que prejudicaram a competitividade' nos processos de contratação de empreiteiras para obras de limpeza e rebaixamento da calha do Rio Tietê e de recuperação da pista e regularização de acostamentos da Rodovia Mogi-Bertioga. E, é claro, destaca que a decisão não é definitiva. O governo ainda pode recorrer ao Pleno do TCE.Imaginem se essa notícia fosse referente a alguma obra do governo federal ou de algum governo estadual ou prefeitura do PT. Certamente ganharia destaque na primeira página dos jornais com um título muito mais incisivo, tipo “TCU condena governo Lula” ou “TCE condena governo do PT”.São os dois pesos e duas medidas da nossa mídia.