domingo, novembro 12, 2006

Apesar de você...

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O "DESJORNALISMO" DA GLOBO

“Notável, notabilíssima, a desfaçatez dos "grandes" (grandes? eu os enxergo mínimos) da mídia nativa, e dos seus costumeiros defensores, eminentes representantes da corporação. Todos se credenciaram contra a "intimidação" que teriam sofrido três repórteres da Veja por parte de um delegado da PF de São Paulo, a quem prestavam depoimento. Mas não percebo qualquer reação por parte dos mesmos "grandes" (mínimos) diante da inaudita condenação do professor Emir Sader por um juiz de primeira instância de São Paulo, por ter definido o senador Bornhausen como "racista" depois deste ter chamado o PT de "esta raça". Sader foi condenado a um ano de detenção em regime aberto e à perda de sua cátedra. Do arco-da-velha. Mas quem protesta? Só mesmo na internet. Nada nas páginas dos jornais, nada no vídeo, silêncio parlamentar. Está claro que nada esperava da Associação Nacional dos Jornais, ou da Sociedade Interamericana de Imprensa, notórias entidades patrimoniais.” (Mino Carta)

O “desjornalismo” da Globo
Segue abaixo um vídeo do governador do Paraná relatando como que a Globo tem desinformado o País.


Clique aqui: http://www.aenoticias.pr.gov.br/visualizar2.php?video=243


Roberto Requião mete o pau na mídia marrom!

Ouçam! O governador reeleito pelo Estado do Paraná, Roberto Requião, em sua primeira entrevista coletiva após a vitória... Sobrou para a Folha de São Paulo, CBN, Mirian Leitão até Pedro Bial, entre outros. Requião não perdoou ninguém!! No Paraná, ele diz que "Sempre lutou contra os privateiros do Estado em defesa dos interesses da população mais carente, sempre teve um índice de aprovação de pouco mais de 75% no Estado, porém graças às calúnias e mentiras pregadas pelo jornal de imprensa marrom Gazeta do Povo (que é o jornal da RPC Rede Globo) quase viu a sua reeleição ultrapassada pela elite mentirosa, felizmente ele conseguiu vencer no segundo turno por pouco, pois a oposição que estava agindo de maneira cabulosa para comprar a vitória, acabou não conseguindo o que pretendia". O mais interessante veio ao final da entrevista de Requião.

Após essa coletiva, dezenas de carros da campanha com som, mais 3 caminhões de som, fora as dezenas de carros de simpatizantes, contornaram o quarteirão onde está instalada a RPC (Rede Globo) e TV Gazeta do Povo. Todos tocavam a mesma música; Apesar de você do Chico Buarque, durante uma hora. Ao fundo dava para ouvir uma grande queima de fogos que durou cerca de 20 minutos.
Para encerrar o protesto, foi feito um ato de lavagem da calçada, em a frente a porta de entrada do Jornal O Globo... Vale a pena baixar o áudio para ouvir a entrevista coletiva.

Clique aqui: http://www.cbncuritiba.com.br/arquivo/download/Requiao%203.wma?PHPSESSID=5acd7aed57771a43aafb026a03aa76c3


Secretário de Requião aponta erros na cobertura da Globo

Em carta enviada a jornalistas da maior rede de televisão do país, Benedito Pires Trindade, secretário de Imprensa, lista uma série de erros factuais cometidos na cobertura da Globo sobre o funcionamento do Porto de Paranaguá. Segundo ele, posição contrária ao caráter público do porto não pode justificar distorção de números e fatos.

Marco Aurélio Weissheimer - Carta Maior

O secretário de Imprensa do Governo do Paraná, Benedito Pires Trindade, enviou quarta-feira (8) uma carta aos jornalistas Ali Kamel, Carlos Eduardo Schroder, Willian Bonner, Elaine Camilo, Roberto Machado, Wilson Serra e Caio Barsotti, todos da Rede Globo, apontando uma série de erros na cobertura da emissora sobre o funcionamento do porto público de Paranaguá. “Pela segunda vez, em menos de três meses, a Rede Globo erra sobre o Porto de Paranaguá. No dia 5 de agosto a tal caravana de Pedro Bial esteve no Porto e viu uma fila diante do terminal da Cargill, privado, e atribuiu-a à ineficiência do porto público. Chegou a afirmar que nos terminais arrendados à iniciativa privada a coisa ainda anda. Pior ainda, sem nenhuma sustentação em fatos, apenas no ouviu dizer, disse que os caminhões podem amargar até 24 horas na fila”, escreve o secretário, que relaciona outros episódios da cobertura da Globo que seria marcada pela desinformação.

“No dia 7 de novembro, de novo no Jornal Nacional”, acrescenta, “mais um amontoado de desinformações”. “Usando imagens de arquivo, a Globo volta a ver filas no Porto de Paranaguá. Chega a afirmar que as tais filas estendem-se por 90 quilômetros, atingindo Curitiba”. A Secretaria de Imprensa do governo do PR entrou em contato com a afiliada da Globo no Estado e foi informada que a matéria não havia sido produzida no Paraná e que o jornalismo local da emissora não tinha participado da produção da mesma. “Donde se deduz que tudo foi feito com imagens de arquivo e dados também há tanto tempo arquivados, em desuso, superados pelos fatos”, assinala Benedito Pires. Na carta, ele observa que, após um processo de reorganização feito pelo governo do Estado, o Porto de Paranaguá não tem mais filas. “A nova logística exige que os caminhões que cheguem ao Porto estejam com as suas cargas negociadas e prontas para serem descarregadas nos terminais e embarcadas nos navios”, explica aos jornalistas.

Filas públicas ou privadas?
“Ao contrário de antigamente”, prossegue a carta, “quando havia aquelas filas das imagens de arquivo da Globo, tempo em que os exportadores, de forma abusada, transformavam os caminhões em silos sobre rodas, enquanto negociavam a venda do grão e aguardavam a chegada do navio. Hoje, reafirme-se, só desce a Paranaguá o caminhão com carga já vendida e o embarque programado”. O secretário Benedito Pires destaca o erro cometido na matéria de Pedro Bial: “Se alguns terminais privados (caso os senhores não saibam há terminais privados no Porto) não adotam a mesma logística e às vezes se enroscam em filas, a ineficiência acaba sendo atribuída ao terminal público, como fez Pedro Bial)”. E aponta um outro erro, que seria o maior de todos e que teria sido cometido por Miriam Leitão e Renato Machado: “No Bom Dia Brasil, do dia 27 de abril de 2004, eles fizeram duras críticas ao governador Roberto Requião, por causa, mais uma vez do Porto de Paranaguá”.

“Miriam Leitão chegou a afirmar que regras inventadas pelo governador Roberto Requião, como a de verificar toda soja embarcada para separar a transgênica, estavam contribuindo para a formação de filas no Porto de Paranaguá. De novo, as benditas filas. Ao comentário da jornalista, adicionou sabiamente Renato Machado: A separação da soja certamente deve demorar muito tempo”. O secretário de Imprensa rebate essas afirmações, assinalando que “para verificar se a soja é transgênica ou não, não se demora mais do que dois minutos, como qualquer pessoa bem informada sobre esse procedimento sabe”. E protesta: “Mas os jornalistas não se limitaram a isso, foram além. Criticando a tal da ineficiência e as filas recorrentes, informaram que de janeiro a março de 2004, por causa de tantos gargalos, o Porto de Paranaguá havia exportado apenas 293 milhões de toneladas de soja, contra 669 milhões de toneladas exportadas no mesmo período do ano anterior”.

Uma safra de outro mundo
Aqui, o erro foi ainda mais grosseiro, aponta o secretário. “Senhores, o mundo não produz 293 milhões de toneladas de soja, muito menos 669 milhões. A atual safra mundial, segundo números otimistas, deve chegar a 224 milhões de toneladas. Mais ainda, Miriam Leitão afirmava que, naquele dia, 50 navios estavam aguardando embarque nos cais de Paranaguá. Impossível, somados os berços públicos e privados, 23 navios podem atracar de uma só vez”. “Como é possível”,pergunta Benedito Pires, “conviver com e aceitar tanta desinformação, tanta superficialidade e irresponsabilidade? A ligeireza com que assuntos tão sérios são tratados prejudica imensamente o Paraná e o seu Porto. Todo bem que a Globo tenha, editorialmente, uma posição pró-privatização dos Portos. O que não se admite é que essa posição contamine a informação”.

Na correspondência encaminhada aos jornalistas da Globo, o secretário lembra que Paranaguá é hoje o maior porto graneleiro do mundo e que deve fechar o ano com uma receita cambial superior a 10 bilhões de dólares, “mais de duas vezes a receita cambial do primeiro ano do governo de Requião”. “A comparação com Santos”, acrescenta, “seria adequada se a Globo informasse que as exportações de carros que a Grimaldi fazia pelo terminal paulista foram transferidas ao Paraná, por causa das vantagens aqui oferecidas, como preço, rapidez, segurança e confiabilidade”. Além de ser o maior exportador de grãos do país (60% dos grãos exportados do país saem de Paranaguá), sustenta ainda Benedito Pires, o porto paranaense transforma-se em um terminal multicargas, ganhando a competição com outros para exportação de madeira e congelados, por exemplo.

A separação da soja transgênica
Ele destaca ainda a avaliação do professor Surinam Nogueira de Souza Jr., da Fundação Getúlio Vargas, para quem a modernização do Porto de Paranaguá, realizada durante o governo Requião, transformou-o em um “exemplo de que a administração pública pode ser mais eficiente do que a administração privada”. Segundo ele, a nova logística de operação adotada pelo Porto o faz um dos mais eficientes do país. Outra avaliação positiva citada pelo secretário é a do Cônsul Geral dos Estados Unidos no Brasil, Christopher McMullen, que, em nome do Serviço Comercial de seu país, firmou um convênio com os portos de Paranaguá e Antonina, escolhendo-os para ser a principal porta de entrada de produtos, serviços e tecnologia americanos. Segundo o cônsul, “a escolha dos portos paranaenses ´resultado do bom desempenho obtido pelos terminais nos últimos três anos”.

Por fim, aponta o que seria mais um erro de informação, desta vez relativo à separação entre a soja transgênica e a não-transgênica. “A segregação da soja transgênica da não transgênica não é uma birra, ou como disse Miriam Leitão, uma regra inventada pelo governador Requião. É da Lei. E o Paraná obedece à lei sobre o assunto. Hoje, o Porto de Paranaguá não rejeita a exportação de grãos transgênicos. Foi designado um terminal especialmente para isso. O que o Paraná não faz é misturar a soja transgênica com a convencional. Mesmo porque a produção de soja transgênica em nosso Estado é insignificante”. E acrescenta: “Hoje, o Porto de Paranaguá é conhecido no mundo todo como um porto que a faz a segregação e que o importador jamais correrá o risco de receber o grão contaminado. Como até mesmo a Globo deve saber, as tantas restrições internacionais aos produtos transgênicos (União Européia, China, Índia) fazem com que o preço da soja convencional paranaense seja superior ao do grão geneticamente modificado”.

“Senhores, são informações, são fatos. Nada mais do que a verdade. Gostaríamos que, pelo menos uma vez, isso fosse refletido nos telejornais da Globo. Não é o fato da rede ter uma clara posição pró-privatizações que deve fazer com que ela deixe de reconhecer a eficiência do porto público paranaense”, conclui a carta do secretário.

Resposta de Ali Kamel

A CARTA MAIOR entrou em contato, por e-mail, com Ali Kamel, editor-executivo da Central Globo de Jornalismo, indagando sobre a posição da emissora a respeito do conteúdo da carta. Sua resposta foi a seguinte: “Estamos analisando o que aconteceu. Se estivermos errados, vamos admitir isso e explicar por que erramos. Ainda até sábado”.


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