12/4/2014,
Bernie Sanders, Senador [Independente] pelo estado de Vermont, EUA
http://www.sanders.senate.gov/koch-brothers
http://www.sanders.senate.gov/koch-brothers
Entreouvido na Vila Vudu:
Gerdau convoca rebelião. “Tem de se rebelar, gente!”
22º. ‘Fórum da Liberdade’, de empresários, em Porto Alegre, 3ª-feira, 7/7.
No Estado de S.Paulo, em http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,jorge-gerdau-sugere-que-populacao-se-rebele,181491,0.htm.
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Como resultado da desastrosa decisão “Cidadãos Unidos” da Suprema Corte, bilionários e grandes empresa podem agora gastar quantidades ilimitadas de dinheiro para influenciar o processo político.
Talvez os maiores vencedores no caso “Cidadão Unidos” sejam Charles e David Koch, proprietários da segunda maior empresa privada dos EUA, as Indústrias Koch.
Dentre outras coisas, os irmãos Koch são proprietários de refinarias de petróleo no Texas, Alaska e Minnesota e controlam 4 mil milhas de oleodutos.
Segundo a revista Forbes, os irmãos Koch valem hoje 80 bilhões de dólares; só no último ano, a fortuna deles cresceu 12 bilhões.
Para os irmãos, a fortuna de 80 bilhões de dólares, ao que parece, ainda é pouco. Serem donos da segunda maior empresa privada dos EUA ainda é pouco. Ao que se está vendo, só se darão por satisfeitos quando controlarem completamente todo o processo político.
É fato bem conhecido que os irmãos Koch são a principal fonte de dinheiro para o Tea Party e estão contra o “Affordable Care Act”.
O que mais querem os irmãos Koch?
Em 1980, David Koch concorreu à vice-presidência, candidato pelo Partido Libertarista-EUA [orig. Libertarian Party].[1]
Examinemos a plataforma do Partido Libertarista-EUA, em 1980.
Aqui, apenas alguns itens da plataforma do Partido Libertarista-EUA, que David Koch defendia em 1980:
– “Somos contra o financiamento público de campanhas eleitorais e pela imediata extinção da despótica Comissão Eleitoral Federal.”
– “Somos a favor da abolição de toda a assistência pública à saúde [orig. programs Medicare and Medicaid].”
– “Somos contra qualquer seguro de saúde apoiado por impostos para dar assistência gratuita à saúde, inclusive os que mantêm serviços públicos de aborto.”
– “Somos a favor da total desregulação de toda a indústria privada de serviços de saúde.”
– “Somos contra o sistema Público de Assistência à Saúde, que é fraudulento, está virtualmente falido e é cada dia mais autoritário e opressor. A adesão à Assistência Social tem de ser voluntária.”
– “Propomos a extinção do Serviço Público de Correios. O atual sistema, além de ineficiente, facilita a vigilância, pelo Estado, da correspondência privada. Exigimos o fim do sistema de monopólio, e que todo o sistema postal seja aberto à iniciativa privada.”
– “Somos contra todos os impostos, pessoais e empresarias, inclusive todos os impostos sobre ganhos de capital.”
– “Apoiamos a rejeição a todos os impostos, de todos os tipos.”
– “Como medida a ser tomada imediatamente, todas as sanções civis e criminais contra a sonegação de impostos devem ser abolidas.”
– “Apoiamos a rejeição de todas as leis que impedem as pessoas de conseguirem emprego, como as leis o salário mínimo.”
– “Defendemos a completa separação entre educação e Estado. Escolas coordenadas e comandadas pelo Estado são agentes de doutrinação das crianças e interferem com o direito ao livre arbítrio dos indivíduos. Devem ser imediatamente extintas toda e qualquer propriedade estatal, a operação, a regulação e todos os subsídios a escolas e universidades.”
– “Todas as leis sobre educação compulsória devem ser imediatamente abolidas.”
– “Apoiamos a luta contra todos os impostos aplicados a escolas e universidades privadas, sejam orientadas ao lucro, ou não.”
– “A Agência de Proteção Ambiental deve ser abolida.”
– “O Ministério da Energia deve ser extinto.”
– “Devem ser extintas todas as agências governamentais ligadas ao transporte, inclusive o Ministério dos Transportes.”
– “Exigimos que o sistema ferroviário dos EUA seja devolvido à propriedade privada. Todas as estradas, ferroviárias e rodoviárias, devem ser privatizadas.”
– “Rejeitamos e nos opomos a todas as leis que tornam obrigatório o uso do chamado “equipamento de autoproteção”, como cintos de segurança, air bags, ou capacetes.”
– “Defendemos a abolição da Agência de Aviação Civil.”
– “Defendemos a abolição da Agência Reguladora de Alimentos e Medicamentos.”
– “Apoiamos o fim de todos os subsídios à criação de filhos que há em nossas leis atuais, inclusive os serviços de bem-estar e outros orientados para crianças e mantidos com impostos.”
– “Nos opomos a todos os serviços oficiais de bem-estar, projetos de apoio e a todos os programas de ‘ajuda aos mais pobres’. Todos esses programas são paternalistas, atentam contra a privacidade das pessoas e não funcionam. A fonte correta de ajuda aos necessitados são os esforços voluntáros de grupos privados e de indivíduos que se dediquem à caridade.”
– “Exigimos a privatização de todos os mananciais de água e rios, e de todos os sistemas de distribuição que levam água a indústrias, à agricultura e aos lares.”
– “Exigimos a rejeição da proposta de lei “Segurança do Trabalho e Assistência à Saúde do Trabalhador” [orig. Occupational Safety and Health Act].”
– “Exigimos a abolição da Comissão de Proteção ao Consumidor”.
– “Exigimos o fim de todas as leis de usura que privilegiam o Estado.”
Quer dizer: a agenda dos irmãos Kock não visa apenas a extinguir o Obamacare, por lhe retirar todas as fontes de financiamento. A agenda dos irmãos Koch visa a pôr fim a todas as leis votadas e aprovadas ao longo de 80 anos nos EUA, para proteger a classe média, os idosos, as crianças, os doentes e os cidadãos mais vulneráveis dos EUA.
É claro que os irmãos Koch e outros bilionários de direita estão no controle do Partido Republicano.
E por causa da desastrosa decisão da Suprema Corte, que autoriza as grandes empresas a dar quantidades ilimitadas de dinheiro para campanhas eleitorais, eles agora podem gastar o quanto queiram para comprar a Câmara de Deputados, o Senado e o próximo presidente dos EUA.
Se forem deixados à solta para sequestrar o processo político nos EUA e cortar todas as vias de dinheiro que mantêm o Obamacare, em seguida voltarão, querendo mais.
Amanhã será a Seguridade Social, o fim da assistência pública à saúde como a conhecemos, o fim do salário mínimo. Minha impressão é que os irmãos Koch não pararão, até conseguir tudo o que acham que merecem.
Nossa grande nação não pode ser sequestrada por bilionários de direita como os irmãos Koch.
Em nome de nossos filhos e netos, em nome de nossa economia, temos de fazer prevalecer a democracia. *****
* Ver também:
– 3/9/2010, “Os irmãos bilionários que comandam a guerra contra Obama”, em http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2010/09/os-irmaos-bilionarios-que-comandam.html
– 9/12/2011, John Nichols, The Nation, “Irmãos Koch e ALEC: assalto selvagem contra a democracia”, em http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2011/12/irmaos-koch-e-alec-assalto-selvagem.html ;
– 15/3/2013, Esther Zuckerman, Atlantic Wire, “Acontece nos EUA: Os irmãos Koch disputarão com a Grande Grana da ‘left-EUA’ o controle do mercado de mídia”, em http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/04/acontece-nos-eua-os-irmaos-koch.html [NTs]
– 3/9/2010, “Os irmãos bilionários que comandam a guerra contra Obama”, em http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2010/09/os-irmaos-bilionarios-que-comandam.html
– 9/12/2011, John Nichols, The Nation, “Irmãos Koch e ALEC: assalto selvagem contra a democracia”, em http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2011/12/irmaos-koch-e-alec-assalto-selvagem.html ;
– 15/3/2013, Esther Zuckerman, Atlantic Wire, “Acontece nos EUA: Os irmãos Koch disputarão com a Grande Grana da ‘left-EUA’ o controle do mercado de mídia”, em http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/04/acontece-nos-eua-os-irmaos-koch.html [NTs]
[1] Atenção: Traduzimos a expressão libertarian,
por “libertarista-EUA”, para tentar fugir da confusão com “libertário”,
expressão que, em português, sempre esteve associada ao anarquismo comunista.
Os libertaristas-EUA são a extrema direita. No Brasil, os ‘black-bloc’
fascistas são libertaristas, mas não são libertários.
Nos EUA, se o cara não for um diabão da falange do Pastor (Malafaia) Maldito e/ou da falange da Blogueira Cubana Nefanda, ele já é apresentado como progressista. E se, dentre os progressistas, ele não for um Obama acuado pelo Complexo Industrial-Militar e rendido ao dinheiro dos sionistas, pronto: já é apresentado como se fosse “Left” [“esquerda”] (podendo, num ou noutro caso ser apresentado – e logo apagado do mundo que a grande imprensa-empresa conservadora inventa – como um “radical”).
É quase impossível traduzir essas designações genéricas, porque quando, nos EUA, se diz liberal, fala-se exclusivamente de liberais progressistas (e o conceito muitas vezes aproxima-se de uma quase-esquerda burguesa, democrática, metida a “ética”; às vezes, até, aproxima-se de alguma esquerda revolucionária). Se o sujeito estiver um centímetro à esquerda do Khaganato dos Nulands, pá! Já é dito “liberal”, nos EUA.
Quando se diz libertarian nos EUA, fala-se dos malucos do Tea Party, ditos “libertários” porque querem total liberdade pra fazer o que lhes dê nas telhas individualistas, sempre resistindo contra o Estado. Tá cheio de libertarians, nos EUA, que batalham a favor de cada cidadão ter seu canhão privado, em casa, pra poder atirar no coletor de impostos que chegue à sua porta, e em qualquer preto que lhe pareça ameaçador (para os libertarian à americana, todos os pretos são ameaçadores). (Nota redigida para 15/3/2013, Esther Zuckerman, Atlantic Wire, “Acontece nos EUA: Os irmãos Koch disputarão com a Grande Grana da ‘left-EUA’ o controle do mercado de mídia”, em http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/04/acontece-nos-eua-os-irmaos-koch.html, aqui reaproveitada [NTs])
Nos EUA, se o cara não for um diabão da falange do Pastor (Malafaia) Maldito e/ou da falange da Blogueira Cubana Nefanda, ele já é apresentado como progressista. E se, dentre os progressistas, ele não for um Obama acuado pelo Complexo Industrial-Militar e rendido ao dinheiro dos sionistas, pronto: já é apresentado como se fosse “Left” [“esquerda”] (podendo, num ou noutro caso ser apresentado – e logo apagado do mundo que a grande imprensa-empresa conservadora inventa – como um “radical”).
É quase impossível traduzir essas designações genéricas, porque quando, nos EUA, se diz liberal, fala-se exclusivamente de liberais progressistas (e o conceito muitas vezes aproxima-se de uma quase-esquerda burguesa, democrática, metida a “ética”; às vezes, até, aproxima-se de alguma esquerda revolucionária). Se o sujeito estiver um centímetro à esquerda do Khaganato dos Nulands, pá! Já é dito “liberal”, nos EUA.
Quando se diz libertarian nos EUA, fala-se dos malucos do Tea Party, ditos “libertários” porque querem total liberdade pra fazer o que lhes dê nas telhas individualistas, sempre resistindo contra o Estado. Tá cheio de libertarians, nos EUA, que batalham a favor de cada cidadão ter seu canhão privado, em casa, pra poder atirar no coletor de impostos que chegue à sua porta, e em qualquer preto que lhe pareça ameaçador (para os libertarian à americana, todos os pretos são ameaçadores). (Nota redigida para 15/3/2013, Esther Zuckerman, Atlantic Wire, “Acontece nos EUA: Os irmãos Koch disputarão com a Grande Grana da ‘left-EUA’ o controle do mercado de mídia”, em http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/04/acontece-nos-eua-os-irmaos-koch.html, aqui reaproveitada [NTs])