O Brasil alcançou o maior estoque de empregos dos últimos
dez anos, afirmou a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, durante a
reunião do Conselho do Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) realizada
nesta quinta-feira (22) no Palácio do Planalto.
“Está nos jornais, e eu acho de grande relevância, que é
a situação do emprego no Brasil. Eu gostaria de chamar a atenção de todos para
o estoque de empregos que hoje nós temos no país. Nós temos 40,454 milhões de
empregos. É o maior estoque de empregos dos últimos dez anos quando nós
começamos uma política ofensiva de empregabilidade.”
A ministra também comentou sobre os dados divulgados pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre a taxa de
desemprego de julho que foi de 5,6%. Em junho, a taxa registrada foi de 6,0%.
“Qualquer número que saia sobre variável de criação de
vagas de emprego, de geração de empregos, deve ser observado a partir desse
estoque. Isso é importante falar para que não prevaleça uma ideia muito
pessimista de que nós estamos com uma situação de desemprego. Muito pelo
contrário. O dado do IBGE divulgado hoje, junto com os dados do Caged (Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados), mostra que a nossa taxa de desemprego do
mês de julho é de 5,6[%] contra 6,0 [%] do mês de junho. Nós temos um
crescimento menor das vagas de emprego, da geração de emprego, em razão também
do grande estoque, do aumento de estoque que nós tivemos de emprego nos últimos
anos.”
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A mídia, o desemprego e o Prozac
Cada vez me convenço mais que a nossa mídia é sócia da
indústria de antidepressivos. Eles investem na ansiedade para forçar as pessoas
a comprarem remédios. Todos os jornalões de hoje trazem títulos na primeira
página advertindo para a piora no mercado de trabalho. A Folha foi a mais
eficiente. Usando os números do Caged, fala que as capitais “fecham vagas pela
1ª vez em uma década”. Só que não é verdade. Ou antes, a mídia fala uma verdade
parcial afim de vender uma mentira completa.
A manchete não tem sentido jornalístico. É surreal,
politiqueira, falsa. A manchete recorta um fato negativo dentro de uma
estatística positiva. É como se o Flamengo ganhasse de três a um do Fluminense
e a manchete no dia seguinte fosse “Flamengo toma um gol do Fluminense”.
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