O site do PDT chama a atenção para uma matéria, publicada no Repórter Brasil, em que se descrevem as condições de trabalho de 16 jovens bolivianos escravizados por uma oficina de confecção de São Paulo– a Dorbyn Fashion Ltda –, descobertos por uma ação de fiscalização do Ministério do Trabalho.
Por 60 horas semanais de trabalho – em uma oficina sem janelas, imunda e com comida estragada – eles recebiam 400 reais por mês, sem qualquer direito trabalhista. Produziam casacos de moleton, da grife Argonaut, marca jovem da Pernambucanas, que eram vendidos nas lojas por R$ 79,90. Mas para eles, por peça, a remuneração ficava em apenas 20 centavos.
Juridicamente, por se tratar de encomenda exclusiva, onde as decisões de produção pertenciam a Pernambucanas, cabe a ela responder solidariamente por isso.
Estranhamente, porém, quase toda a grande imprensa silenciou sobre o fato. Exceção á revista Época – como é bom poder elogiar quando ela faz jornalismo com humanidade – que aproveitou, inclusive, o relato da jornalista Bianca Pyl, do repórter Brasil, neste vídeo que reproduzo acima. Vale assistir e ler a ótima matéria.
Indispensável para quem acha que trabalho escravo é coisa que ocorre no interior remoto, promovida por latifundiários arcaicos. Você e eu podemos estar usando roupas costuradas com a injustiça