Peru de fora se manifesta
1/8/2018, Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado (msg distribuída
por e-mail)
Sempre me convenceram que os profissionais seriam as pessoas habilitadas, as únicas capazes para tratar dos assuntos, quaisquer assuntos.
No entanto, em oito anos de governo, um professor, profissional de educação, doutor em ciência social, não construiu uma única escola, não trabalhou pela melhoria do ensino e ainda aviltou a remuneração dos professores.
Atitude diametralmente oposta à de um operário metalúrgico, que, também em oito anos, construiu mais escolas técnicas do que todos governos em 500 anos de história do Brasil, ampliou a rede de ensino superior, com universidades federais, e, em consequência, deu mais emprego, valorizou a profissão de professor.
O peru de fora se manifestou e o País ganhou. Longe, muito longe de mim qualquer pretensão em ser um gênio, como Lula, ou ter a capacidade de analisar a política, a mais nobre atividade humana, e também a mais complexa, com o saber de um militante, de um profissional.
Mas me move escrever estas considerações para tentar aclarar, entender um pouco mais o futuro sombrio no qual a ditadura jurídico-midiática lançou o Brasil.
Comecemos pelo cenário internacional.
Parece óbvio para todos o poder extraordinário obtido pelo sistema financeiro internacional, que abrevio por "banca". Ele não só domina as finanças, mas a economia, as comunicações de massa, a política e, até mesmo, estados nacionais. Não apenas pobres e indefesos estados africanos e latino-americanos, mas a poderosa França, antigo Império Colonial.
Quem, também neste cenário internacional, combate a banca? De início os BRICS, talvez os RICS, pois o Brasil golpista é um país da banca. Sobram, portanto, a China e a Rússia, duas potências, a Índia e a África do Sul.
O que deseja a banca? Que nos importe, mais diretamente, a apropriação das riquezas, naturais e construídas, brasileiras, ocupar nosso território, fértil para produção agropecuária e biodiversificado, e em seguida destruir o Estado Nacional, como já fez na Líbia, no Iraque, e está em processo na Ucrânia e no Afeganistão.
As Forças Armadas serão extintas, alguns de seus membros aproveitados para as milícias, protetoras das instalações de produção e/ou fabricação estrangeiras, no Brasil. O mesmo que ocorre na Líbia e no Iraque. O que restará de Brasil? A miséria e a morte, esta também objetivo da banca que combate o crescimento demográfico e a pressão que a população faminta pode fazer sobre seus bens.
As crises
Como a banca aumentará seu poder em nosso País, onde já governa por seus capitães do mato? Com a crise.
Talvez meu caro leitor não se lembre, mas foi graças às crises – que tiveram início na segunda metade do século XX, em 1967, 1973, 1979, prosseguiram e chegaram ao século XXI (2000, 2001, 2008, 2010), com intensidades e objetivos diferentes –, que a banca chegou a esse poder que exibe hoje.
De um modo muito geral, posso dizer que as crises significam uma distância entre a existência física de um bem e a quantidade de papéis que são especulados nas bolsas com base neste mesmo bem.
Exemplificando: um barril de petróleo, um bushel ou uma tonelada, ou uma saca de grão (soja, milho, trigo) teria sua quantidade no mercado de commodities 10, 20, 100 vezes maior, em papeis, do que estes bens produzidos; do que os itens fisicamente existentes.
São os derivativos, que também incluem, nas mesmas razões, hipotecas, imóveis, moedas e outros bens. Veja, por exemplo, a guerra que está sendo travada do dólar com o euro, com o yuan e, em menos intensidade, com o rublo.
A qualquer instante, a falta de cobertura por um banco comercial ou um banco central poderá desencadear a nova crise. Um tsunami, não uma marolinha, destruindo economias e fortunas individuais.
Em 2014, me parecia que aquela diferença (produto real/produto em papel) já era suficientemente grande para fazer eclodir uma crise. Não facilmente administrável, com prejuízos localizados, como a crise Europeia de 2010. Mas de um poder igual ou, mais provavelmente, maior do que a de 2008. Não ocorreu. Atribui á eleição estadunidense, onde a vitória de Hillary Clinton era dada como certa por quase a unanimidade dos analistas políticos e pela mídia dos Estados Unidos da América (EUA).
Como candidata da banca, Hillary saberia conduzir as finanças públicas da maior economia do mundo para benefício, para o maior enriquecimento, maior empoderamento do sistema financeiro.
Mas a senhora Clinton não só perdeu, como, além disso, o vencedor não está disposto a ser um marionete da banca. A maior prova são as acusações que surgem quase diariamente, envolvendo sua vida pessoal, seus encontros internacionais ou suas decisões presidenciais.
A banca não aceitou Donald Trump.
Nem Lula, nem Dilma, nem Rafael Correa, nem Cristina Kirchner e o que se dirá de Nicolás Maduro, sentado na maior reserva de petróleo do mundo sem entregá-la, como o testa de ferro Michel Temer, para as petroleiras estrangeiras.
O difícil próximo governo no Brasil
É nesse cenário de filme de terror (nenhuma alusão aos vampiros do governo) que o próximo Presidente assumirá a condução da Nação. Se for de esquerda, qualquer que seja, por menos radical e disposta a acordo, ainda terá contra si o judiciário dominado pela banca. No mínimo, andará no fio da navalha.
E como enfrentar a crise com uma economia em recessão, com desemprego em alta e com instituições já desmoralizadas ou destruídas pelo golpe?
Hora de pôr em prática a verdade
Nada de apresentar soluções cuja implementação, na melhor hipótese, será combatida pela majoritária força política da banca e de seus representantes nacionais.
Os candidatos precisam mostrar o que está acontecendo sem receio de atingir eventuais ou possíveis aliados. Como católico digo: só a verdade libertará.
Se a população entender que o inimigo nacional é o sistema financeiro, que as famílias que ocupam o poder no Brasil desde o Império são sócias, cúmplices, coniventes com este poder estrangeiro, e que ele é o mais corrupto – já será enorme passo à frente.
A confusão entre desiguais, mascarar desigualdades, só aumenta a força do mais forte.
Quem é hoje o mais forte? Quem vem doutrinando desde os anos 1970 as Forças Armadas, com a ideologia neoliberal? Quem se apossou do judiciário? Quem domina a mídia televisiva, radiofônica, impressa?
PSDB é o rei dos robôs virtuais
A arma hoje é a comunicação virtual e o contato direto, o olho no olho, onde a mentira tem dificuldade. O PSDB é rei dos robôs virtuais. É um partido sem povo, mas com dinheiro. Talvez maior representante da banca do que PP e DEM. Esse Partido Progressista (PP) reúne os políticos mais corruptos, o que têm mais parlamentares envolvidos em inquéritos, o que só desmerece qualquer aliança. Nada de cortejá-lo.
É momento de firmeza e de seriedade. Sem isso, se confirmará a profecia de que este golpe durará mais de 10 anos. E o Brasil não resistirá. Até lá seremos a nova Líbia, o novo Iraque, o novo Afeganistão. E os poderes de hoje não mais existirão; sequer servirão para ladrar em defesa do dono (plim, plim).
Lula cá.
*******
Sempre me convenceram que os profissionais seriam as pessoas habilitadas, as únicas capazes para tratar dos assuntos, quaisquer assuntos.
No entanto, em oito anos de governo, um professor, profissional de educação, doutor em ciência social, não construiu uma única escola, não trabalhou pela melhoria do ensino e ainda aviltou a remuneração dos professores.
Atitude diametralmente oposta à de um operário metalúrgico, que, também em oito anos, construiu mais escolas técnicas do que todos governos em 500 anos de história do Brasil, ampliou a rede de ensino superior, com universidades federais, e, em consequência, deu mais emprego, valorizou a profissão de professor.
O peru de fora se manifestou e o País ganhou. Longe, muito longe de mim qualquer pretensão em ser um gênio, como Lula, ou ter a capacidade de analisar a política, a mais nobre atividade humana, e também a mais complexa, com o saber de um militante, de um profissional.
Mas me move escrever estas considerações para tentar aclarar, entender um pouco mais o futuro sombrio no qual a ditadura jurídico-midiática lançou o Brasil.
Comecemos pelo cenário internacional.
Parece óbvio para todos o poder extraordinário obtido pelo sistema financeiro internacional, que abrevio por "banca". Ele não só domina as finanças, mas a economia, as comunicações de massa, a política e, até mesmo, estados nacionais. Não apenas pobres e indefesos estados africanos e latino-americanos, mas a poderosa França, antigo Império Colonial.
Quem, também neste cenário internacional, combate a banca? De início os BRICS, talvez os RICS, pois o Brasil golpista é um país da banca. Sobram, portanto, a China e a Rússia, duas potências, a Índia e a África do Sul.
O que deseja a banca? Que nos importe, mais diretamente, a apropriação das riquezas, naturais e construídas, brasileiras, ocupar nosso território, fértil para produção agropecuária e biodiversificado, e em seguida destruir o Estado Nacional, como já fez na Líbia, no Iraque, e está em processo na Ucrânia e no Afeganistão.
As Forças Armadas serão extintas, alguns de seus membros aproveitados para as milícias, protetoras das instalações de produção e/ou fabricação estrangeiras, no Brasil. O mesmo que ocorre na Líbia e no Iraque. O que restará de Brasil? A miséria e a morte, esta também objetivo da banca que combate o crescimento demográfico e a pressão que a população faminta pode fazer sobre seus bens.
As crises
Como a banca aumentará seu poder em nosso País, onde já governa por seus capitães do mato? Com a crise.
Talvez meu caro leitor não se lembre, mas foi graças às crises – que tiveram início na segunda metade do século XX, em 1967, 1973, 1979, prosseguiram e chegaram ao século XXI (2000, 2001, 2008, 2010), com intensidades e objetivos diferentes –, que a banca chegou a esse poder que exibe hoje.
De um modo muito geral, posso dizer que as crises significam uma distância entre a existência física de um bem e a quantidade de papéis que são especulados nas bolsas com base neste mesmo bem.
Exemplificando: um barril de petróleo, um bushel ou uma tonelada, ou uma saca de grão (soja, milho, trigo) teria sua quantidade no mercado de commodities 10, 20, 100 vezes maior, em papeis, do que estes bens produzidos; do que os itens fisicamente existentes.
São os derivativos, que também incluem, nas mesmas razões, hipotecas, imóveis, moedas e outros bens. Veja, por exemplo, a guerra que está sendo travada do dólar com o euro, com o yuan e, em menos intensidade, com o rublo.
A qualquer instante, a falta de cobertura por um banco comercial ou um banco central poderá desencadear a nova crise. Um tsunami, não uma marolinha, destruindo economias e fortunas individuais.
Em 2014, me parecia que aquela diferença (produto real/produto em papel) já era suficientemente grande para fazer eclodir uma crise. Não facilmente administrável, com prejuízos localizados, como a crise Europeia de 2010. Mas de um poder igual ou, mais provavelmente, maior do que a de 2008. Não ocorreu. Atribui á eleição estadunidense, onde a vitória de Hillary Clinton era dada como certa por quase a unanimidade dos analistas políticos e pela mídia dos Estados Unidos da América (EUA).
Como candidata da banca, Hillary saberia conduzir as finanças públicas da maior economia do mundo para benefício, para o maior enriquecimento, maior empoderamento do sistema financeiro.
Mas a senhora Clinton não só perdeu, como, além disso, o vencedor não está disposto a ser um marionete da banca. A maior prova são as acusações que surgem quase diariamente, envolvendo sua vida pessoal, seus encontros internacionais ou suas decisões presidenciais.
A banca não aceitou Donald Trump.
Nem Lula, nem Dilma, nem Rafael Correa, nem Cristina Kirchner e o que se dirá de Nicolás Maduro, sentado na maior reserva de petróleo do mundo sem entregá-la, como o testa de ferro Michel Temer, para as petroleiras estrangeiras.
O difícil próximo governo no Brasil
É nesse cenário de filme de terror (nenhuma alusão aos vampiros do governo) que o próximo Presidente assumirá a condução da Nação. Se for de esquerda, qualquer que seja, por menos radical e disposta a acordo, ainda terá contra si o judiciário dominado pela banca. No mínimo, andará no fio da navalha.
E como enfrentar a crise com uma economia em recessão, com desemprego em alta e com instituições já desmoralizadas ou destruídas pelo golpe?
Hora de pôr em prática a verdade
Nada de apresentar soluções cuja implementação, na melhor hipótese, será combatida pela majoritária força política da banca e de seus representantes nacionais.
Os candidatos precisam mostrar o que está acontecendo sem receio de atingir eventuais ou possíveis aliados. Como católico digo: só a verdade libertará.
Se a população entender que o inimigo nacional é o sistema financeiro, que as famílias que ocupam o poder no Brasil desde o Império são sócias, cúmplices, coniventes com este poder estrangeiro, e que ele é o mais corrupto – já será enorme passo à frente.
A confusão entre desiguais, mascarar desigualdades, só aumenta a força do mais forte.
Quem é hoje o mais forte? Quem vem doutrinando desde os anos 1970 as Forças Armadas, com a ideologia neoliberal? Quem se apossou do judiciário? Quem domina a mídia televisiva, radiofônica, impressa?
PSDB é o rei dos robôs virtuais
A arma hoje é a comunicação virtual e o contato direto, o olho no olho, onde a mentira tem dificuldade. O PSDB é rei dos robôs virtuais. É um partido sem povo, mas com dinheiro. Talvez maior representante da banca do que PP e DEM. Esse Partido Progressista (PP) reúne os políticos mais corruptos, o que têm mais parlamentares envolvidos em inquéritos, o que só desmerece qualquer aliança. Nada de cortejá-lo.
É momento de firmeza e de seriedade. Sem isso, se confirmará a profecia de que este golpe durará mais de 10 anos. E o Brasil não resistirá. Até lá seremos a nova Líbia, o novo Iraque, o novo Afeganistão. E os poderes de hoje não mais existirão; sequer servirão para ladrar em defesa do dono (plim, plim).
Lula cá.
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