terça-feira, setembro 30, 2014
BNDES
INCENTIVO AO DESENVOLVIMENTO
Em período eleitoral, muita gente tenta “desinformar” os eleitores em busca de votos.
Exemplo disso são as afirmações fantasiosas sobre o #BNDES, principal meio de financiamento a longo prazo do Brasil.
E isso quer dizer que o banco federal não dá dinheiro, como sugerem algumas pessoas. Muito pelo contrário!
O BNDES faz empréstimos a juros inferiores aos disponibilizados por outros bancos, a ponto de não inviabilizar o desenvolvimento das empresas.
Para se ter ideia, o índice de inadimplência dessa instituição pública é menor que 2%. Os empréstimos são pagos em dia e ainda geram lucro.
Somente no primeiro semestre de 2014, o BNDES registrou lucro líquido de 5,4 bilhões de reais.
Saiba mais sobre o BNDES em http://bit.ly/1zZ72UU
Dilma não está isolada em sua posição contrária aos ataques liderados pelos Estados Unidos
Dilma não está isolada em sua posição contrária aos ataques liderados pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria. O uso da força só em legítima defesa ou autorizada pelas Nações Unidas.
América Latina e Caribe exigem ante as Nações Unidas que se ponha fim às guerras e se semeie a paz
24 Set. AVN.- "Não se combate o terrorismo fazendo soar tambores de guerra", foi a reflexão feita pela presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, durante sua intervenção ante a 69ª Assembleia Geral da ONU.
Em relação aos planos bélics de alguns países membros da ONU contra outras nações, a mandatária criticou que “sempre correm rios de sangue” nas lutas contra o terrorismo, pelo que reclamou “refletir profundamente acerca da necessidade das Nações Unidas recuperar sua liderança para que contribua na luta contra o terrorismo e assim poder deixar aos nossos filhos um mundo muito melhor”.
Uniram-se à voz de Dilma Rousseff, a primeira a discursar, os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro; do Chile, Michelle Bachelet; do México, Enrique Peña Nieto; da Bolívia, Evo Morales; da República Dominicana, Danilo Medina; da Costa Rica, Luis Guillermo Solís; e de Honduras, Juan Orlando Hernández.
Aliança de paz
Em relação aos planos bélics de alguns países membros da ONU contra outras nações, a mandatária criticou que “sempre correm rios de sangue” nas lutas contra o terrorismo, pelo que reclamou “refletir profundamente acerca da necessidade das Nações Unidas recuperar sua liderança para que contribua na luta contra o terrorismo e assim poder deixar aos nossos filhos um mundo muito melhor”.
Uniram-se à voz de Dilma Rousseff, a primeira a discursar, os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro; do Chile, Michelle Bachelet; do México, Enrique Peña Nieto; da Bolívia, Evo Morales; da República Dominicana, Danilo Medina; da Costa Rica, Luis Guillermo Solís; e de Honduras, Juan Orlando Hernández.
Aliança de paz
Maduro conclamou a "construir uma nova Organização das Nações Unidas, para a paz”.
"Acreditamos que em vez de estar bombardeando e bombardeando, numa lógica demencial, há que se construir uma grande aliança de paz contra o terrorismo, respeitando os governos soberanos de todas as regiões”, enfatizou. "Não é a ameaça de uso da força que nos vai levar a uma paz estável”, expressou.
"Acreditamos que em vez de estar bombardeando e bombardeando, numa lógica demencial, há que se construir uma grande aliança de paz contra o terrorismo, respeitando os governos soberanos de todas as regiões”, enfatizou. "Não é a ameaça de uso da força que nos vai levar a uma paz estável”, expressou.
Contra as intervenções
Dilma Rousseff questionou as políticas intervencionistas empreendidas pelos Estados Unidos em países como Iraque e Siria, ações que afastam o mundo de alcançar a paz.
"Cada intervenção militar não permite avançar em direção à paz e sim que vemos que os conflitos se agravam com graves consequências humanitárias”, advertiu a mandatária.
Dilma Rousseff questionou as políticas intervencionistas empreendidas pelos Estados Unidos em países como Iraque e Siria, ações que afastam o mundo de alcançar a paz.
"Cada intervenção militar não permite avançar em direção à paz e sim que vemos que os conflitos se agravam com graves consequências humanitárias”, advertiu a mandatária.
Reforma do Conselho de Segurança
A presidenta Bachelet manifestou a necessidade de reformar o Conselho de Segurança da ONU.
A presidenta Bachelet manifestou a necessidade de reformar o Conselho de Segurança da ONU.
"A reforma do Conselho de Segurança é uma tarefa pendente que exige decisão política e pronta ação. Essa instância trouxe contribuições para abordar e prevenir crises mundiais, “porém em muitas ocasiões, lamentavelmente, o Conselho não foi e não tem sido capaz de atuar com a unidade de seus membros”.
O presidente Enrique Peña Nieto precisou que “o México apoia e valoriza as operações para a manutenção da paz, instrumento da ONU que ajuda os países a superar conflitos e criar condições para uma paz duradoura mediante ações de reconstrução e assistência humanitária”.
O presidente Enrique Peña Nieto precisou que “o México apoia e valoriza as operações para a manutenção da paz, instrumento da ONU que ajuda os países a superar conflitos e criar condições para uma paz duradoura mediante ações de reconstrução e assistência humanitária”.
Estados Unidos deixam rastro de morte
O presidente da Bolívia, Evo Morales, indicou que a política intervencionista que os Estados Unidos mantêm sobre outras nações traz consigo a miséria e a destruição desses povos.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, indicou que a política intervencionista que os Estados Unidos mantêm sobre outras nações traz consigo a miséria e a destruição desses povos.
"A invasão do Iraque em 2003, somada a outros fatos históricos, nos deixou a lição que onde os Estados Unidos intervêm, deixa destruição, ódio, miséria e morte, mas também deixa riquezas em mãos das transnacionais”, advertiu.
Morales recordou que a invasão do Iraque, sob a suposta denúncia de posse de armas de destruição em massa, que jamais foram encontradas, desestabilizou toda a região.
Morales recordou que a invasão do Iraque, sob a suposta denúncia de posse de armas de destruição em massa, que jamais foram encontradas, desestabilizou toda a região.
O mandatário boliviano questionou, ademais, as ações terroristas contra o povo sírio e o apoio que os grupos terroristas receberam das potências ocidentais.
"Guerra contra guerra não é igual a paz, é uma fórmula perversa da morte e da confrontação sem fim”, expressou.
"Guerra contra guerra não é igual a paz, é uma fórmula perversa da morte e da confrontação sem fim”, expressou.
“Devemos resolver as causas estruturais da guerra, da marginalidade, da pobreza, da ausência de oportunidades, da exclusão cultural, política e social, da discriminação, da desigualdade, da usurpação dos territórios, do capitalismo impiedoso e a ditadura dos interesses capitalistas", enfatizou Morales.
O BNDES QUE MARINA NÃO CONHECE
A VERDADE
O presidente do #BNDES, Luciano Coutinho, sugeriu que a candidata do PSB à presidência, Marina Silva, estude melhor as atividades do banco federal.
Coutinho rebateu as críticas de Marina sobre a política de empréstimos do BNDES.
Ela tem divulgado informações equivocadas sobre o banco em entrevistas e nas redes sociais.
O presidente do BNDES esclareceu que o apoio do banco às empresas brasileiras é feito a preços de mercado e sem influência política.
O assessor da presidência do banco federal, Fábio Kerche, também refutou as informações de Marina.
“Ela erra ao dizer que o BNDES empresta para meia dúzia. Em 2013, 97% das operações foram para micro, pequenas e médias empresas”, explicou.
Leia mais na Agência PT de Notícias http://bit.ly/1okFZ1a
Convite de Formatura
O médico Cícero Batista, que recolhia seus livros no lixo e estudou Medicina graças ao Prouni, deu a Lula o convite para a sua formatura, em agradecimento. "Eu não tinha o direito de sonhar e ter esperanças, hoje sou um médico porque o PT acreditou em mim!!! Muito obrigado, presidente Lula."
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
#VOTODILMAIS
O Sr. Ernesto Gurgel, de Fervedouro/MG, mesmo aos 102 anos faz questão de votar na presidenta Dilma.
Apesar de ter direito ao voto facultativo desde os 70 anos, ele faz questão de exercer o ato de cidadania.
Show de bola!
Você também quer manifestar sua predileção pela presidenta? Mande sua foto ou vídeo com o recado para fotodilmais@gmail.com que a publicaremos aqui.
Mas atenção! Os vídeos devem ser curtinhos, com mensagens dirigidas apenas à presidenta; e, as fotos, não podem ser montagem!
PT na vanguarda
Um ponto de inflexão em São Paulo http://goo.gl/C0HXze Haddad enfrentou a histeria conservadora, mas sua aposta civilizatória no transporte público e nas ciclofaixas começa a dar certo na cidade; artigo de Leonardo Attuch
DEMOCRACIA BR
EXEMPLO DE DEMOCRACIA
O processo eleitoral do Brasil é tido como um dos mais avançados e seguros do mundo.
Por isso, representantes de 24 países, membros do Mercosul e de organismos internacionais irão acompanhar as eleições de 2014 brasileiras. O objetivo é saber como funciona a votação por sistema eletrônico.
Eles desembarcam por aqui na quinta-feira (2), e terão palestras sobre a organização das eleições gerais e visitas ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e ao Museu do Voto, no Tribunal Superior Eleitoral.
No dia 5 de outubro, eles vão acompanhar a votação nas zonas eleitorais e poderão ver a abertura das urnas, o desenrolar da votação, o fechamento das urnas e, finalmente, a totalização dos votos no TSE.
A comitiva que terá integrantes de países como Angola, Zâmbia, Nicarágua, Canadá, Romênia e República Dominicana terá que arcar com os próprios custos de hospedagem e passagem aérea.
Leia mais na Agência PT de notícias http://bit.ly/1ncZHkp
PT tirou o Brasil do mapa da fome
MAPA DA IGUALDADE
O aumento da renda e do trabalho e os programas sociais como o #BolsaFamíliaretiraram o Brasil do mapa da fome da ONU, que foi entregue para Dilma por José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).
Veja mais: http://goo.gl/RZD0Ah
Dilma passou a dar nomes aos bois.
A ficha caiu
Saul Leblon
Saul Leblon
postado em: 28/09/2014
Nenhuma frase resume de forma tão incisiva o cavalo de pau ocorrido na política brasileira nos últimos 20 dias –a forma como ele se deu, a intensidade do confronto que o desencadeou e os seus desdobramentos para o futuro-- quanto o desbafo da presidenta Dilma Rousseff na última 6ª feira.
Em entrevista a um grupo de blogueiros, ‘sujos, ideológicos’, como a eles se refere o higienismo isento, a candidata explicitou assim o divisor que marcará o seu possível segundo mandato: ‘Terei um embate (político) mais sistemático; não serei mais tão bem comportada; me levaram para um outro caminho, que não era o que eu queria’.
Nenhuma liderança responsável escolhe o caminho do embate sistemático como sua primeira opção.
Um chefe de Estado tem obrigação de esgotar as linhas de menor resistência na consecução de seus compromissos.
A rotina de confrontos carente de uma correlação de forças pertinente, não raro imobiliza a sociedade, asfixia a economia, prejudica, em primeiro lugar, os mais pobres.
A história de Dilma não autoriza ninguém a caracterizá-la como uma mulher desprovida de coragem pessoal e política.
São essas referências que adicionam abrangência superlativa ao desabafo da presidenta e candidata.
Mais que isso.
Sua assertiva ecoa um sentimento coletivo no campo progressista. Inclua-se aí o estado de espírito da ala majoritária do PT, da qual faz parte a principal liderança política do partido e do país: Lula.
Em três mandatos presidenciais sucessivos predominou nesses protagonistas a determinação de restringir o confronto direto com os interesses conservadores na faixa de segurança permitida por uma correlação de forças adversa.
O marcador mais significativa dessa adversidade é a própria abrangência da coalizão de governo. O que antes parecia uma contingência administrável –ainda que a um custo político cada vez mais asfixiante— evidenciou nestas eleições os contornos de um ciclo esgotado.
Três fatores convergiram para essa condensação:
1) o desespero conservador com possibilidade de um quarto ciclo presidencial fora do poder –o que poderá significar a morte do PSDB;
2) a redução da margem de manobra na economia, após seis anos de crise mundial, gerando insatisfação e rupturas – entre as quais alinham-se as manifestações de junho do ano passado, e
3) o surgimento de uma candidatura competitiva, capaz de reabrir as portas do poder ao conservadorismo – e a um revival extremado do modelo neoliberal dos anos 90.
No final de agosto esse conjunto formava um aluvião anti-Dilma.
Era tão denso que expoentes do colunismo conservador ejaculavam precocemente a derrota irreversível do ‘lulopetismo’.
O catalisador do êxtase, a candidata Marina Silva, chegou a abrir 10 pontos de vantagem, então, nas enquetes de 2º turno do Datafolha.
O resto é sabido (leia ‘Uma semana para não esquecer’; nesta pág)
O sinal de alarme ensejou no PT o fulminante arremate de uma inquietação disseminada, mas que aguardava o safanão de uma crise para emergir .
Em um encontro de balanço da campanha em São Paulo, dia 5, coube a Lula sintetizar a lição da qual tampouco não se eximia:
‘Nós ficamos economicistas; não nos faltam obras, mas política’, diagnosticou para prescrever o antídoto: ‘Temos que demarcar o campo de classe dessa disputa: é preciso levar a política à propaganda’.
A partir de então a essência radicalmente neoliberal embutida no programa de Marina Silva passou a ser floculada do espumoso caudal de 242 páginas.
O extrato dessa depuração tem sido exposto à luz do sol em uma narrativa pedagógica, determinada a tipificar um a um seus riscos históricos, estratégicos e sociais.
Pertence à mesma mutação em curso o desabafo feito pela Presidenta Dilma na entrevista aos blogueiros, na 6ª feira passada.
Dilma passou a dar nomes aos bois.
Porém, mais que isso.
Anunciou que num eventual novo governo, essa dimensão do embate político, mitigada pela prioridade administrativa da gestão, passará a desfrutar de espaço nobre.
Pode-se argumentar que se trata apenas de um arroubo dirigido a plateia receptiva.
E que tudo voltará a ser como sempre --na verdade, muito pior-- caso as urnas de outubro concedam um quarto mandato presidencial ao PT.
Afinal, a fatalidade de um ‘arrocho doloroso’, ganhe quem ganhar, é o novo bordão do jogral do Brasil aos cacos.
É assim que o conservadorismo se calça, diante da eventual vitória do PT, tentando desde reduzi-lo a um frango desossado da Sadia, que só se equilibra espetado em interditos e ajustes incontornáveis.
Ou não será isso que o editorial do Financial Times adianta neste sábado?
Referência dos mercados internacionais –e das pautas nacionais, ao lado da Economist, o diário londrino afirma que a redução em curso na liquidez mundial, por conta da proximidade da elevação dos juros nos EUA, exigirá ‘uma quase inevitável’ e ‘dolorosa correção em países como Brasil, Turquia e África do Sul’.
Por ‘dolorosa’, entenda-se: choque de juros, arrocho fiscal, redução do poder de compra das famílias assalariadas, privatizações (‘flexibilizar o pré-sal’) etc
Sim, a agenda da frente única do conservadorismo que assessores de Marina e Aécio tem vocalizado às platéias extasiadas de banqueiros e com a qual se pretende depenar o PT num eventual segundo turno em outubro.
A receita vendida pelo conservadorismo talvez fosse inevitável, de fato, se o desabafo de Dilma e de Lula nestas eleições significasse apenas um ponto fora da curva.
Um rompante, e não a trajetória final da ficha que acelerou sua aterrisagem no discernimento do partido nos últimos anos.
O acelerador dessa curva tem um motor turbinado.
Seu combustível é o ponto de exaustão atingido pelas relações entre o partido, seus dirigentes e a mídia conservadora.
Marmorizada de ódio político e desrespeito pedestre, a guerra fria cabocla contra o PT ensejou uma experiência de acuamento até certo ponto nova na existência do partido - ainda que virulenta para saturar um ciclo.
Círculos dirigentes e militantes mais antigos não experimentaram nada parecido antes. Nem mesmo na sua origem, nos anos 70/80, quando operários do ABC se colocaram frontalmente contra o regime militar, em desafio aberto ao poder armado e empresarial.
Sedimentou-se ali, ao contrário, com base em uma cumplicidade que parecia ampla e sólida, a suposição de que haveria da parte da imprensa se não apoio, ao menos respeito com o avanço da luta dos trabalhadores.
Mais que isso: tolerância com a criação de um partido próprio, de recorte socialista ecumênico.
Ancorada na intensidade histórica de uma fase alegre dos consensos democráticos, criou-se assim uma jurisprudência petista.
A mediação com o conjunto da sociedade, embora marcada pela má vontade de chefias e donos de jornais, estava sendo feita a contento pelos meios de comunicação.
Até o 2º governo Lula, o PT nunca incluíra entre as suas prioridades efetivas a d regularizar o sistema de comunicação existente para torná-lo mais plural.
Do mesmo modo, nenhum dirigente histórico deu ao projeto de construção de uma mídia própria, a prioridade política, financeira e mobilizadora devotada, por exemplo, a uma campanha eleitoral.
A proximidade com os jornalistas - muitos dos quais renunciariam a cargos e carreiras para se engajar na construção do partido e nas campanhas eleitorais dos tempos pioneiros- cevou ilusões.
O trânsito fácil com a imprensa sugeria haver espaço a ocupar na caixa de ressonância da grande indústria de notícias.
Um consenso algo ingênuo, algo acomodato exergava uma margem de manobra nas redações; a cota de tolerância não se esgotara.
A derrota para Collor em 1989, quando a Globo manipulou a edição do debate decisivo da campanha, e deu quase dois minutos adicionais ao 'caçador de marajá' no Jornal Nacional, abalou essa inércia.
Mas não construiu uma novo diagnóstico político, forte o suficiente para renovar a agenda em relação ao poder midiático.
A liderança de massa de Lula atingiu seu auge e reverberou no país durante os oito anos que esteve à frente de um governo exitoso no plano social e econômico.
O prestígio esmagador dentro e fora do Brasil empalideceu o cerco midiático diante da obrigatoriedade de se conceder espaço e voz ao Presidente.
O conjunto coagulou o debate petista sobre o papel da comunicação na construção de uma democracia social em um dos países mais desiguais do planeta.
Parecia desnecessário diante dos êxitos econômicos sucessivos que calavam uns e aciavam outros.
Nesse idílio escaparia a Lula e aos dirigentes petistas a brutal transformação em marcha no interior da mídia e na própria composição das redações.
Ao longo de duas década de polarização entre a agenda afuniladora do neoliberalismo e a da implantação de um Estado social tardio no país, o jornalismo brasileiro sofreria uma mudança qualitativa de pauta e estrutura.
A tentativa de impeachment de Lula em 2005, já no ciclo da chamada crise do 'mensalão' - que culminaria em 12 de novembro de 2013 com a condenação dos doirigentes José Dirceu e Genoíno à prisão - sacudiu a inércia petista com força pela primeira vez.
O espaço de tolerância acalentado ainda por emissários autonomeados, que traziam recados dos donos de jornais e revistas sobre o preço a pagar por uma trégua na escalada golpista, perdeu eco na cúpula do governo.
Lula, a contrapelo dos punhos de renda do petismo, recorreu então ao movimento sindical.
A palavra 'golpe ' foi entronizada no discurso da resistência - para horror dos que teimavam em buscar um acordo com o dispositivo midiático conservador.
Numa quadra de clamorosa falência do projeto neoliberal, o tridente udenista da corrupção e a demonização da esquerda como sujeito histórico degenerado, pôs-se a campo ainda como mais força, a partir de então.
Tornou-se a pauta-jogral de um dispositivo midiático reestruturado para esse fim.
Qual?
Fazer do segundo mandato de Lula a evidência de que essa dissonância histórica não seria mais tolerada na democracia tutelada pelo poder do dinheiro.
Instalou-se um termidor antipetista nas redações.
A ilusão na mídia como ambiente democrático permissivo à formação da consciência crítica e progressista da sociedade deixou de existir.
A percepção dessa ruptura e os desdobramentos políticos que ela acarreta cristalizaram-se no linchamento midiático que orientou as togas inebriadas pelos holofotes, na Ação Penal 470.
O que Dilma está dizendo agora, portanto, não é um acidentre de percurso.
Está sedimentado nas estocadas de uma espiral virulenta que , como ela mesma diz, ‘me levaram para um outro caminho, que não era o que eu queria’
A ficha da crispação conservadora caiu definitivamente nesta campanha de 2014.
O PT e sua propaganda redescobriram que não se faz política sem definir o adversário, dizer o que ele representa, por que precisa ser derrotado, as perdas e danos de se entregar o país de volta ao poder conservador.
Por enquanto isso é feito na janela que o horário eleitoral abriu ao partido em meio ao monólogo conservador que dá aos dois minutos de Marina uma extensão de horas.
Mas e depois que ela se fechar outra vez?
‘Vou fazer a regulação econômica da mídia’, sacramentou Dilma na entrevista da 6ª feira aos blogs ‘sujos e ideológicos.
Isso não é pouco.
Não apenas pelo efeito esclarecedor que exerce na opinião pública, hipnotizada pelo jogral do Brasil aos cacos.
O que Dilma está vocalizando é uma agenda, não uma medida solteira.
Se socialismo é levar a democracia às suas últimas consequências, a pluralidade da informação que isso requer não pode ser confundida com a disseminação de tabletas e celulares de última geração entre os brasileiros.
A disjuntiva que se coloca é entre a livre formação do discernimento político da sociedade ou a sua subordinação a um aparato claustrofóbico de difusão, que se avoca o direito de enclausurar a formação da opinião pública brasileira em pleno século XXI.
Não se trata de uma queda de braço ideológica, tangencial à gestão progressista do Estado.
É um problema do desenvolvimento brasileiro.
A presidenta Dilma incorporou a chave da eficiência às prioridades do seu governo.
Com razão: é obrigação progressista zelar pela cuidadosa aplicação dos fundos públicos, erigir um Estado transparente, capacitá-lo a mobilizar recursos e coordenar as ações da dura luta pelo desenvolvimento soberanoe e justo.
Durante muito tempo, porém, errou-se ao não afrontar as demais intercorrencias da agenda do Estado mínimo.
Entre elas a gororoba ideológica construída em torno da lingérie mais reluzente do conservadorismo: o fetiche da autossuficiência da gestão.
Confunde-se a opinião pública ao endossar falsas convergências redentoras, a exemplo do ‘fazer mais com menos’, que omite a verdadeira luta de sabre para dividir a fatura da crise e instaurar o passo seguinte do desenvolvimento. Ao não distinguir uma coisa de outra, corre-se o risco de endossar a tese que pretende equacionar a desordem atual com poções adicionais do veneno que a originou.
O colapso neoliberal trouxe para o colo do governo uma crise da qual a Nação é vítima e não sócia; as forças progressistas são adversárias, não co-autoras.
O nome da crise não é PT, não é gastança, não é Petrobrás, não é desrespeito ao tripé, como quer a constrangedora declamação de Marina Silva.
O nome da crise é capitalismo desregulado, é supremacia financeira, é a desenfreada ferocidade com que os capitais fictícios exigem um mundo plano de fronteiras livres e desimpedidos , por onde possam transitar à caça de fatias reais de uma riqueza, para a qual não se dispõem a contribuir, apenas se apropriar em espirais de bolhas recorrentes.
A dissonância de um Brasil que se propõe a construir um Estado de Bem-estar social tardio, regulado e soberano, precisa ser sufocada para que o fluxo incorpore esse promissor naco da riqueza mundial ao seu circuito.
‘Não há alternativa’, dizia Margareth Tatcher nos anos 70.
Quarenta anos depois e uma colapso da ordem neoliberal que se ombreia à crise de 1929, é o que continuam a dizer Aécio, a doce Marina e a mídia que os ancora.
É o que continua a pontificar o editorial do Financial Times, a vaticinar ‘um arrocho doloroso’ para o Brasil, ganhe quem ganhar as eleições do próximo domingo.
Os desequilíbrios de fato existem. Não se incorpora 60 milhões de ex-miseráveis e pobres ao mercado sem mexer nas placas tectônicas de uma ‘estabilidade capitalista’ alicerçada em uma das mais desiguais estruturas de renda do planeta.
Há duas opções: avançar dar coerência estrutural e política à emergencia desse novo ator, ou recuar e devolvê-lo àmargem de origem. Custe o que custar.
Será ‘doloroso’ , avisa o Financial Times,sobre aquilo que Aécio, Marina e o colunismo isento vendem como virtude.
Para fazer diferente não basta buscar atalhos na gestão da macroeconomia.
A macroeconomia não é de esquerda, nem de direita.
Quem adiciona coerencia à macroeconomia do desenvolvimento é correlação de forças da sociedade em cada época.
Para fazer diferente do que a frente única do conservadorismo apregoa será necessário coordenar as linhas de passagem de um novo ciclo histórico repactuando metas, concessões, prazos, avanços e salvaguardas com o conjunto das forças sociais.
Isso requer uma mídia pluralista para que possa acontecer. Foi essa sucessão de contingências que fez cair, definitivamente, a ficha histórica do PT em plena eleição de 2014.
A consciência desse aggiornamento estratégico talvez seja uma vitória tão importante quanto vencer no próximo domingo. Porque só assim será possível honrar os compromissos com a sociedade nos próximos quatro anos.
A ficha caiu
CARTAMAIOR.COM.BR|POR CARTA MAIOR
7,7 milhões votaram no plebiscito popular da reforma política
Frente ao boicote da imprensa tradicional e com a campanha presidencial em curso, entidades organizadoras consideram o resultado um sucesso
Por Marcelo Hailer
Por Marcelo Hailer
Aconteceu na tarde desta quarta-feira (24), no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, a coletiva de imprensa onde foram divulgados os dados do Plebiscito Popular da Assembleia Constituinte e Soberana da Reforma Política. Segundo as entidades organizadoras, 7,75 milhões de pessoas de todo o Brasil participaram do plebiscito. Deste número, 1,74 milhão de votos se deram na plataforma digital e 6,9 nas urnas físicas. 97,05% votaram favoráveis a uma constituinte da reforma política e 2,57% contra.
Para o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, o resultado é um sucesso. “Nós conseguimos coletar quase 8 milhões de votos, isso significa o país de Portugal e, para se ter uma ideia, no referendo da Escócia (pela independência do Reino Unido) votaram 4 milhões. Isso é um resultado extraordinário, levando em conta que a mídia tradicional boicotou o plebiscito”, avaliou.
Freitas considera que este resultado revela um Brasil “ávido por uma reforma política”. “Temos que ter o marco regulatório da comunicação para que não tenhamos essa desinformação”. Para o presidente da CUT, o papel da imprensa tradicional em torno do plebiscito, além do notório silenciamento, representou também uma forte desinformação. O sindicalista também informou que entre os dias 14 e 15 haverá um encontro com os representantes dos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo para entregar os quase 8 milhões de votos. Um grande ato em Brasília também está previsto para acontecer nessas datas.
João Paulo Rodrigues, da Coordenação Nacional do MST (Movimento dos Sem Terra), considerou que a realização do plebiscito popular foi importante para colocar em pauta “o sistema político que queremos”. Para Rodrigues, a realização da consulta popular sobre a reforma política deixou três heranças: “1) demonstrou que a sociedade que fazer mudança, já que 97,5% votaram a favor; 2) esse resultado é fruto das mobilizações de rua; 3) uma ótima injeção de ânimo. Perdeu aqueles que ficaram de fora”.
Rodrigues também ressaltou que a reforma política vai beneficiar setores da sociedade que não são representados pelo Estado. “Essa reforma vai beneficiar a classe trabalhadora, mulheres, negros, sem terra, homossexuais, todos estes que ainda não têm representação no Estado”, finalizou.
Foto: Plebiscito Popular
http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/09/77-milhoes-de-pessoas-votaram-plebiscito-popular-da-reforma-politica/
Governo seguro sabe o que faz...
CRESCIMENTO ECONÔMICO
Nem as desonerações do governo federal na folha de pagamento e em artigos como cesta básica e álcool abalaram a arrecadação federal no mês de agosto, que bateu recorde.
A medida realizada para estimular o crescimento da economia de vários setores, fez com que o governo deixasse de receber 67,199 bilhões de reais, de janeiro a agosto.
Mesmo assim, só o mês de agosto registrou um recolhimento recorde de 94,3 bilhões de reais. Alta de 5,54% em relação a agosto de 2013.
As desonerações somaram 8,387 bilhões de reais, em agosto. No mesmo do ano passado, foram 6,843 bilhões de reias.
O programa de parcelamento de dívidas dos contribuintes (Refis) e a maior formalização do mercado de trabalho fizeram com que as contribuições previdenciárias avançassem 1,89%, no acumulado do ano.
Leia mais na Agência PT de notícias http://bit.ly/ZgDze8
Para Saber...
Em entrevista ao Blog do Planalto, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esclarece os motivos que levaram o Brasil a não assinar a “Declaração de Nova York sobre Florestas”, noticiada como acordo internacional para o combate ao desmatamento. O documento, ratificado por um quinto dos países participantes da Cúpula do Clima da #ONU, não representa um acordo oficial do organismo internacional. http://goo.gl/7Ccb3f
Globo chuta o balde
GloboNews discute declaração
que Dilma não deu
SEG, 29/09/2014 - 07:10
ATUALIZADO EM 29/09/2014 - 09:40
A GloboNews produziu uma pérola neste final de semana: um programa inteiro, o GloboNews Painel, sobre o que a presidente DIlma Rousseff não disse a jornalistas em Nova York e na Abertura da Assembleia da ONU. Portanto, foi um programa de ficção jornalística. E da ficção participaram, como personagens, além do apresentador Willian Waack, o ex-embaixador Sérgio Amaral (Faap), o cientista Guilherme Casarões (FGV), e o cientista político Gunter Rudzit (Faculdades Rio Branco).
O programa teve como objetivo principal discutir a opinião de Dilma de que "as forças ocidentais deveriam dialogar com o Estado Islâmico". A jornalistas em Nova York, no entanto, o que Dilma fez foi condenar o uso da força como único remédio, sempre ineficaz para resolução de litígios, e a falta de diálogo na comunidade internacional para resolver os problemas no Oriente Médio. Lamentou profundamente que o uso da força seja, de novo, a única solução, portanto, mesmo que já tenha se mostrado inócuo em diversos casos. Além do que acaba por resultar em mortes de civis.
Só para ter uma ideia, os ataques, defendidos entusiasticamente pelo jornalista e convidados já mataram dezenas de civis, incluindo mulheres e crianças (ver aqui:http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2014/09/12/ataques-contra-es...)
O programa seguiu sugerindo que Dilma reafirmou esta posição na Abertura da Assembleia. Como se verá abaixo, em nenhum momento, o caso ISIS foi citado. O restante do programa serviu apenas para uma sucessão de ataques contra o governo e a presidente Dilma Rousseff, a uma semana do pleito eleitoral.
O jornalista Willian Waack não foi o único que distorceu a fala de Dilma Rousseff. Uma série de matérias foram produzidas e reproduzidas a partir de grandes jornais.
Uma exceção honrosa: um colunista da Folha, Clovis Rossi, produziu um artigo sobre o verdadeiro sentido do diálogo sustentado pela presidente. Ver aqui:http://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisrossi/2014/09/1523791-sobre-o...
Abaixo o trecho do discurso de Dilma sobre Oriente Médio e conflitos na Assembleia da ONU.
"Senhor Presidente,
A atual geração de líderes mundiais – a nossa geração – tem sido chamada a enfrentar também importantes desafios vinculados aos temas da paz, da segurança coletiva e do meio ambiente.e
Não temos sido capazes de resolver velhos contenciosos nem de impedir novas ameaças.
O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos. Isso está claro na persistência da Questão Palestina; no massacre sistemático do povo sírio; na trágica desestruturação nacional do Iraque; na grave insegurança na Líbia; nos conflitos no Sahel e nos embates na Ucrânia. A cada intervenção militar não caminhamos para a Paz mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos.
Verifica-se uma trágica multiplicação do número de vítimas civis e de dramas humanitários. Não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios.
Tampouco podemos ficar indiferentes ao alastramento do vírus ebola no oeste da África. Nesse sentido, apoiamos a proposta do Secretário-Geral de estabelecer a Missão das Nações Unidas de Resposta Emergencial ao ebola. O Brasil será inteiramente solidário a isso.
Senhor Presidente,
O Conselho de Segurança tem encontrado dificuldade em promover a solução pacífica desses conflitos. Para vencer esses impasses será necessária uma verdadeira reforma do Conselho de Segurança, processo que se arrasta há muito tempo.
Os 70 anos das Nações Unidas, em 2015, devem ser a ocasião propícia para o avanço que a situação requer. Estou certa de que todos entendemos os graves riscos da paralisia e da inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Um Conselho mais representativo e mais legítimo poderá ser também mais eficaz. Gostaria de reiterar que não podemos permanecer indiferentes à crise israelo-palestina, sobretudo depois dos dramáticos acontecimentos na Faixa de Gaza. Condenamos o uso desproporcional da força, vitimando fortemente a população civil, mulheres e crianças.
Esse conflito deve ser solucionado e não precariamente administrado, como vem sendo. Negociações efetivas entre as partes têm de conduzir à solução de dois Estados – Palestina e Israel – vivendo lado a lado e em segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas".
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