terça-feira, abril 13, 2010

Nos jornais de economia o PIG tem que encarar a realidade

Observe que o PIG vive dizendo que o PAC não existe.

Mas nos jornais de economia não podem fazer graça, aí o jeito é encarar a realidade...

O Brasil de Lula: Com a combinação das obras do PAC com o aumento do conteúdo nacional nas obras e equipamentos da Petrobras, todas as empresas do setor de construção hoje têm uma perspectiva que nunca tiveram, nem na década de 1970. Esse é o país que os tucanos querem herdar depois de quebrar o país 3 vezes e nos colocar de quatro para o FMI.


........................................ Alê



Valor Econômico - Reeleito no fim de março para um segundo mandato à frente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), o executivo Carlos Maurício de Paula Barros, presidente da EBSE (grupo MPE), disse ao Valor que a combinação das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com o aumento do conteúdo nacional nas obras e equipamentos da Petrobras -que compõem a maioria do PAC-, as empresas de construção industrial brasileiras nunca tiveram tamanho volume de obras.



Barros afirmou que chega a "ficar tonto” quando tenta fazer um levantamento detalhado do que há para fazer nos próximos cinco anos e disse que há trabalho para fazer "pelo menos até 2020". Segundo ele, "todas as empresas (do setor) hoje têm uma perspectiva que nunca tiveram, nem na década de 1970".



Somente em obras para a Petrobras, o faturamento foi multiplicado por oito em cinco anos, passando do equivalente a US$ 3 bilhões em 2003 para US$ 24 bilhões em 2008. De acordo com o executivo, em 2003 a indústria naval estava praticamente parada e muitas outras fábricas operavam com, no máximo, 30% de uso da capacidade instalada.



Hoje, em contrapartida, são mais de 40 estaleiros operando, de vários portes, e as demais empresas estão chegando ao limite de uso da capacidade. A freada provocada pela crise de 2008/2009 já está ficando para trás e Barros vê para os próximos meses o reaquecimento para além do setor petróleo, com a retomada de projetos congelados em setores como o de mineração e siderurgia.



Para dar uma dimensão da arrancada dada pelo setor de engenharia industrial, o presidente da Abemi conta que no período de quatro anos, encerrado em março de 2010, o Programa Nacional de Qualificação Profissional (PNQP), destinado ao setor petróleo, que foi gerenciado pela entidade, formou 80 mil pessoas, espalhadas por 12 Estados, em 156 categorias profissionais, das quais 86% foram empregados. Mesmo assim, a segunda fase do PNQP, que deve começar nos próximos meses, parte de uma carência de 210 mil novos profissionais, o mesmo número do início da primeira fase.



"A nossa bandeira maior chama-se conteúdo nacional”, define Barros. Segundo ele, foi a elevação do conteúdo nacional mínimo de 46% para 65% nas obras da Petrobras, a partir de 2003, que desencadeou o atual ciclo de bonança. "Agora fala-se em 72%.”, torce, afirmando que, se confirmado o novo piso, haverá uma nova elevação expressiva nos volumes de obras e de empregos.



Barros ressalta que em 1997, quando a empresa que dirige participou das construções das plataformas P-19, P-31 e P-34, quase todos os componentes foram comprados no exterior. "Até estruturas metálicas vieram de barcaças dos Emirados Árabes, porque não havia competitividade no Brasil”, ressaltou.



Apesar de dizer que houve muito avanço, o presidente da Abemi admite que ainda há problema de competitividade Mas reclama que o câmbio sobrevalorizado é o responsável por grande parte dessa persistência. Segundo ele, com o câmbio na casa de R$ 1,70 não dá para competir com países como China e Índia, países onde, afirma, os custos de mão de obra são muito mais baixos do que os brasileiros.



Como resolver o problema do câmbio? Barros diz que não daria certo fazer um câmbio especial para o setor petróleo, por exemplo. O caminho, segundo ele, é sobretaxar com imposto de importação os produtos considerados artificialmente competitivos como, ressalta, "os Estados Unidos fazem com o Brasil”.



Mas Barros admite que ainda há muito ganho de produtividade a ser conquistado. "Não atingimos a competitividade dos países desenvolvidos. Não dá para comparar o operário recém-formado nosso com o europeu ou o americano. Eles são muito mais produtivos”, disse.



Para o presidente da Abemi, até agora a engenharia industrial brasileira cresceu, basicamente, com o que ela já tinha, embora tenha havido elevações do nível tecnológico importantes, como seria o caso do Estaleiro Atlântico Sul (Pernambuco). "Não foi ainda (no geral) um salto radical de tecnologia. Acho que, a partir de agora, esse salto será indispensável. Quem ficar fora, não vai competir”, prevê. (Chico Santos)



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