quarta-feira, dezembro 12, 2007

A avaliação do governo Lula chegou em dezembro ao maior patamar do ano


BRASÍLIA - A avaliação do governo Lula chegou em dezembro ao maior patamar do ano, subindo três pontos percentuais segundo a pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento divulgado nesta quarta-feira mostra que a parcela dos entrevistados que avaliam o governo como ótimo ou bom ficou em 51% contra os 48% registrados em setembro.
Para o diretor de relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marco Antônio Guarita, três fatores influenciaram o crescimento da avaliação positiva do governo Lula. O primeiro deles é a percepção de melhora da economia,o segundo é o aumento da visão de que o noticiário é positivo ao governo e o terceiro é sensação, presente em 50% da população, de que a vida melhorou nos últimos dois anos.
- Esse último é o mais importante. A gente sabe que pesquisas feitas no final do ano podem ser influenciadas pelo otimismo das festas e do 13º, mas o desempenho da economia realmente contaminou a população - disse.
Guarita também credita à percepção de evolução econômica a grande crença dos jovens da melhora de suas vidas.
- Eles são muito sensíveis às perspectivas no mercado de trabalho. Quando a economia mostra aquecimento, isso impacta muito nos jovens - afirmou.
Entre os pontos de melhora nas expectativas está a queda do número de pessoas que acredita que a inflação vai aumentar (de 52 % para 49%) e dos que crêem que o desemprego vai crescer (de 52% para 46%).
Aprovação de Lula permanece alta
A aprovação do presidente Lula permaneceu elevada. O patamar saiu de 63% em setembro para 65% agora, dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais. O índice de desaprovação a Lula caiu, de 33% para 30% nessa comparação. O saldo entre aprovação e desaprovação ficou positivo em 35 pontos, frente aos 30 pontos do estudo antecedente.
2007 foi ano bom ou muito bom para 79%
Para 8% dos entrevistados na pesquisa CNI/Ibope, 2007 foi um ano muito bom; foi bom para 71%. Sendo assim, soma 79% de avaliação positiva do ano. Consideraram 2007 ruim ou muito ruim 15% e 5% dos respectivamente.
O contentamento em relação a 2007 cresceu em relação a setembro por dois pontos: o percentual de bom cresceu de 71% para 68% e o de ruim caiu de 18% para 15%. Os demais fatores não se alteraram nos três meses.
A expectativa para 2008 cresceu nos últimos três meses: em setembro 18% esperavam que 2008 fosse muito bom, agora são 36%. O percentual de "bom" caiu de 63% para 52%. Por outro lado, a expectativa ruim caiu de 10% para 4% e a muito ruim se manteve em 3%. Somado bom e muito bom, a expectativa positiva cresceu de 81% para 88%.
A pesquisa foi realizada entre 30 de novembro e 5 de dezembro. Foram 2.002 entrevistas em 141 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
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A notícia de que os brasileiros estão poupando mais tem um significado especial, porque desmente cabalmente os abutres que tentavam desqualificar as políticas federais de ampliação do crédito popular alegando que elas estariam endividando o povo e conduzindo a um cenário de calotes. Há algumas semanas, inclusive, o Globo estampou manchetão na primeira página que atribuía a queda no lucro da Caixa Econômica Federal ao calotes de pequenos devedores. Eu denuncei a farsa e o volume recorde da poupança aponta para uma situação inversa. Os brasileiros não apenas estão pagando suas contas como estão conseguindo guardar um pouco. Naturalmente, há discrepâncias profundas na sociedade, com gente gastando o que não tem e outros fazendo verdadeiros milagres para conseguir guardar uma merreca qualquer no fim do mês.
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