Só se aprende a responder respondendo. No pasarán!
Sr. Clóvis Rossi,
O meu raciocínio de povão-não-jornalista-e-não-alugado é o seguinte: por piores que tivessem sido as "prefeituras do PT" as tais "prefeituras do PT" sempre foram, necessariamente, INFINITAMENTE MUITO MELHORES do que, por exemplo, as "prefeituras do PL", "as prefeituras do PTB", "as prefeituras do PFL" ou "as prefeituras do PSDB".
Isso, é claro, por uma razão totalmente acessível a qualquer bom-senso: por piores que fossem "as prefeituras do PT", elas teriam 'arrasado' o Brasil inteirinho por, no máximo, apenas alguns anos; e as "prefeituras do PL", "as prefeituras do PTB", "as prefeituras do PFL" ou "as prefeituras do PSDB" e outrinhas dessas, elas sempre arrasaram o Brasil, sem parar um dia, durante décadas, de fato, durante sé-cu-los.
Portanto-1, qualquer colunista de colunagem jornalística um pouco menos golpista sempre espinafraria mais as "prefeituras do PL", "as prefeituras do PTB", "as prefeituras do PFL" e "as prefeituras do PSDB" do que, é claro, "as prefeituras do PT".
Portanto-2, colunista que me venha, hoje, em março de 2006, com esse seu conversê de "as prefeituras do PT" entrega-se, ele mesmo, sozinho, feito bobo: o senhor está, outra vez, ensinando viéses pró-tucanaria-pefelista e conversê-fiado de propaganda construída e requentada, todos os dias, provavelmente sob o sujo interesse de tentar impedir que a sociedade brasileira discuta os crimes da privataria tucana ou do valerioduto tucano, obcecadamente, como o senhor faz, aliás, toooooooooooooooooooooooodos os dias.
Além do mais, nem a pior das piores "prefeituras do PSDB" (provavelmente as piores que o Brasil conheceu, e por mais tempo) algum dia seria pior para a democracia brasileira do que AINDA haver mídia golpista em ação golpista, no Brasil, em pleno século 21!
Caso o senhor, sinceramente, não veja golpismo algum no seu 'jornalismo' e sinta-se tentado, pela centésima vez, pela inércia da sua cabeça, das suas idéias, dos seus teclados ou do seu patrão, a ME XCHINGAR de 'doida persecutória', aviso-o em bom espírito democrático: não há mais NENHUMA dúvida, em parte MUITO importante da sociedade brasileira, de que, sim, o senhor 'ensina' golpismos.
Muitos já aprenderam, além do mais, que, sim, é claro: a primeira lição de todos os golpismos 'midiáticos' sempre foi 'ensinar' que os democratas são 'doidos persecutórios'.
Nem nisso, portanto, o senhor e a D. Eliane ou o Noblat ou o Moreno ou a Lucia Hippólito ou a Miriam Leitão ou o Sardembergh e zilhões de outros 'jornalistas' desses, do anti-jornalismo brasileiro tucano-pefelista mostram qualquer criatividade, sequer, em matéria de 'ensinar' golpismos por jornalão, em 2006! Mas... Mêo! Sr. Clóvis Rossi... Esse negócio sempre foi assim, igualziiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinho, no Brasil, nos últimos 50 anos!
Nenhum leitor-eleitor é completamente uma besta.
Os colunistas de jornalão sempre mentem mais que qualquer ministro, em todos os casos, quando 'denunciam' mentiras que os próprios colunistas constroem, inflam, repercutem, requentam, repetem.
MUITO MAIS do que saber se algum ministro mentiu, quando ou onde, o que REALMENTE INTERESSA, hoje, ao Brasil, é entender por que, diabos, a Folha de S.Paulo meteu-se na cabeça que o jornal e seus colunistas de colunagem alugada teriam algum 'direito' ou alguma 'competência' para 'saber' mais e melhor o que seria melhor para o Brasil, em cada caso.
Paulo de Tarso Venceslau é uma das muitas tragédias brasileiras, criado pela violência da ditadura. Não o julgue -- que o senhor não tem o direito de julgá-lo. Mas, sobretudo, não o use, como se ele fosse um objeto inerte. Todos os homens e as mulheres civilizados, de bem, seja de direita seja de esquerda, têm o dever humanitário de respeitar o próximo, sobretudo quando o próximo sofreu tanto, que perdeu condições físicas e psicológicas para julgar-se a si mesmo. Que vergonha, Sr. Clóvis Rossi, o senhor, hoje, apelar, até, ao nome desse infeliz brasileiro.
TAMPOUCO estaria 'em jogo', como o senhor tenta inventar hoje, alguma noção de serviço público que algum ministro tenha ou não tenha. Além do mais, se estivesse, se estiver, e sempre que esteja em jogo esse julgamento, o julgamento não compete ao senhor ou à D. Eliane Cantanhede, sua vizinha-aí. Quem, algum dia, votou no senhor?!
Não faltaria mais nada acontecer, mesmo, no Brasil pós-tudo e PRÉ-NADA que herdamos da tucanaria, se EU-CIDADÃO-LEITOR-ELEITOR houvesse delegado a algum colunista de colunagem alugada o MEU DIREITO DEMOCRÁTICO de EU-CIDADÃO-ELEITOR DECIDIR o que realmente interessa ao Brasil.
O que está em jogo e em disputa, hoje, no Brasil, é a democracia brasileira.
TAÍ: ESSA seria a única notícia realmente importante, hoje, no Brasil: a sociedade brasileira, hoje, está disputando a democracia brasileira, contra toooooooooooooooooooooda a mídia-de-jornalão-e-colunagem alugada.
Nessa disputa (e brabíssima!) estamos, de um lado, o governo Lula, todas as instituições brasileiras, todo o governo Lula e mais EU-euzinha e o MEU VOTO DEMOCRÁTICO, para (1) defender a democracia brasileira; e (2) a favor de investigarmos o tal de caseiro, até a 5ª geração dos ancestrais dele, e confiantes no que digam a Polícia Federal e o MEU MINISTRO, do MEU GOVERNO, que EU elegi com o MEU VOTO DEMOCRÁTICO.
De outro lado está o senhor e o 'jornalismo' de jornalão (e mais uma peeeeeeeeeeeenca de professô-dotô tucano-pefelistas-uspeanos! [risos muitos]), CONTRA a democracia brasileira e contra o MEU VOTO DEMOCRÁTICO, defendendo, sabe-se lá por quê, a imundície dos governos tucano-pefelistas, as 'éticas' cenográficas de Robertos Jeffersons e Garibaldis e Efrains e Jarbas Passarinhos e Mendoncinhas e "Consultoria Tendências" e toooooooooooooda a privataria e tudo o que de mais imundo o Brasil conheceu em 500 anos.
CLARO que eu fico com o MEU VOTO DEMOCRÁTICO, sempre. E por que, afinal de contas, eu 'deveria' acreditar mais em colunismos de jornalão do que no MEU VOTO DEMOCRÁTICO?!
Não estou dizendo que a disputa esteja fácil; não está. Nem estou dizendo que a vitória da democracia brasileira esteja assegurada; não está. A democracia brasileira, de fato, está por um fio -- e essa página 2 da Folha de S.Paulo, todos os dias, tresloucadamente, balança o fio. Por que a FSP tresloucadamente balança o fio, eu não sei! Ou é burrice, ou é autismo, ou é golpismo.
Contudo, apesar dos riscos, o cidadão-leitor-eleitor de jornais, no Brasil, está começando a aprender a ler os miseráveis jornais que temos, em pleno século 21. Isso não é, ainda, a vitória da democracia brasileira. Mas é, já, sim, um baaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaita primeiro passo.
Como já ensinou mestre Chico Buarque, faz tempo, em "Deixe a menina sambar": "Cês tão de lascá! Cês tão de doê!"
Palocci fica! Lula é muitos! Lula 2006! Tamos aí.
[assina] Caia Fittipaldi (dos Lingüistas Brasileiros para a Democracia/ Universidade Nômade / Campanha “Nenhum Brasileiro sem Resposta-na-ponta-da-língua, pra Responder à Folha de S.Paulo" / Tricoteiras Unidas / Mães do Planalto / Gaviões da Fiel / Vila Isabel / Mangueira) [Msg composta com msg de vários campanhistas. Para vários destinatários, campanhistas e outros.]