quarta-feira, março 22, 2006
COM A AJUDA DA MÍDIA TUCANA, PSDB e PFL QUEREM PARAR O BRASIL
Oposição obstrui votações e prejudica o povo
O Congresso Nacional tem pouco mais de uma semana para votar o projeto de lei, enviado pelo governo nos idos do ano passado, que aumenta o salário mínimo, de R$ 300 para R$ 350, entre em vigor no próximo dia 1º, como foi decidido. E este á apenas um item, em maior destaque social e político, entre muitos que atravancam a pauta legislativa.O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, veio a público alertar os parlamentares e as bancadas sobre a questão do mínimo. "Evidente que isso é um constrangimento porque o Congresso garantiu que teria tempo para aprovar e que nós ficássemos tranqüilos em encaminhar o projeto de lei. Nós cumprimos a nossa parte", afirmou o ministro.Marinho aproveitou para alfinetar os parlamentares da oposição. "Eles trabalham bastante, mas talvez estejam dispersando esforços com assuntos que não sejam de interesse tão real da sociedade brasileira, como a CPI dos Bingos, por exemplo".É fato que o Congresso, com suas duas Casas, possui outras tarefas além da de legislar. É também um fórum de debate qualificado, arena de embates entre as diferentes correntes políticas e ideológicas que a sociedade contém, e ainda um investigador de denúncias. Mas não pode ser transformar em um grande “Big Brother”, um reality show de gosto duvidoso. O país exige que o Parlamento se debruce sobre outras agendas, decisivas para a vida de seus 190 milhões de habitantes, a começar pela da retomada do desenvolvimento nacional, tema aliás, apontado pelo presidente da Câmara , deputado Aldo Rebelo, como prioritário. Nesse sentido, antes tarde do que nunca, é necessário que se vote o orçamento de 2006. Os parlamentares da oposição de olho nas eleições de outubro, seja a presidencial, seja a sua própria ao impedirem a votação de matérias de interesses do povo e do país empreendem uma jogada arriscada. Ao fim de mais de duas décadas de normalidade democrática, é perfeitamente possível que o eleitor brasileiro distingua nas urnas de outubro aqueles que têm contribuição de fato ao debate nacional e aqueles que não são e não aspiram a ser mais do que personagens de um show de TV.
Editorial do Portal Vermelho.