sábado, agosto 31, 2013

PAULO NOGUEIRA: Por que a direita odeia tanto Zé Dirceu?

Por que a direita odeia tanto Zé Dirceu?

PAULO NOGUEIRA 31 DE AGOSTO DE 2013
Provavelmente porque ela não conseguiu seduzi-lo como fez com tanta gente.
Dirceu
Dirceu
Por que Zé Dirceu é tão odiado pela direita?
Ele é ainda mais odiado que Lula, o que não é pouco.
Tenho minha tese.
De Lula era esperado, mesmo, que estivesse do lado oposto ao da direita. Operário, nordestino, nove dedos, pouca oportunidade de estudar.
Seria uma aberração Lula se alinhar ao 1%, para usar a grande terminologia do movimento Ocupe Wall Street.
Mas Dirceu não.
Ele tinha todos os atributos para figurar no 1% que fez o país ser o que é, um dos campeões mundiais de iniquidade, a terra das poucas mansões e das tantas favelas.
Articulado, inteligente, dado a leituras. Bem apessoado. Na ótica do 1%, pessoas como Zé Dirceu são catalogadas como traidoras, e devem ser punidas exemplarmente para que outras do mesmo gênero, ou se preferirem da mesma classe, não sigam seu exemplo.
Na França revolucionária, a aristocracia entendia que os Marats, os Desmoullins, os Héberts  pregassem a morte do velho regime, mas jamais conseguiu compreender o que levou o Duque de Orleans a também lutar pela liberdade, pela igualdade e pela fraternidade.
O 1% brasileiro, na história recente, soube sempre atrair equivalentes a Dirceu. Carlos Lacerda, por exemplo, era de esquerda na juventude.
Depois, se tornou um direitista fanático. Segundo relatos de quem o conheceu, ele se cansou da vida dura reservada aos esquerdistas em seus dias e foi para onde o dinheiro estava.
O 1% recompensa bem. Nos dias de hoje, se você defende os privilégios, acaba falando na CBN, aparecendo em entrevistas na Globonews, tendo coluna em jornais e revistas, dando palestras muito bem pagas. E, com a carteira abastecida, ainda pode posar de ‘corajoso’ defensor da ‘imprensa livre’.
Dirceu não fez a trajetória de Lacerda. Não abjurou suas crenças.
E então virou o demônio.
Quem o demonizou foram exatamente aqueles que o adulariam se ele se vendesse. A imagem que a mídia construiu de Zé Dirceu concentrou num único homem todos os defeitos possíveis: vaidoso, arrogante, corrupto, inescrupuloso, maquiavélico.
Um monstro, enfim.
Pegou essa imagem? Menos do que o 1% gostaria, provavelmente. Quem não se lembra de Serra, num debate com Haddad, repetidas vezes tentar encurralar seu oponente com a acusação de que era “amigo do Dirceu”?
Haddad reconheceu tranquilamente a amizade, e quem terminou eleito não foi Serra.
Na mídia tradicional, a campanha contra Dirceu desconhece limites jornalísticos e, pior que isso, legais.
Um repórter tenta invadir criminosamente o quarto do hotel que ele ocupa, e ainda assim é Dirceu que aparece como o vilão do caso.
Quem conhece o Dirceu real, com seus defeitos e virtudes, grandezas e misérias, são aqueles poucos de seu círculo íntimo. Para eles não faz efeito o noticiário que o sataniza. (Caso interesse a alguém, nunca votei em Dirceu e não o conheço pessoalmente.)
De resto, esse noticiário – ou propaganda – não é feito para eles, mas para os chamados ‘inocentes úteis’, aqueles que em outras épocas acreditaram no “Mar de Lama” de Getúlio Vargas ou no “perigo comunista” representado por João Goulart.
É a imagem demoníaca de Dirceu construída pela mídia que, nestes dias, é utilizada pela maioria dos juízes do Supremo no julgamento do Mensalão.
Não chega a ser surpresa. A justiça brasileira tradicionalmente foi uma extensão do 1%.
Estudiosos já notaram a diferença da atuação da justiça no Brasil e na Argentina na época das duas ditaduras militares.
No Brasil, a justiça foi servil aos militares. Na Argentina, a justiça desafiou frequentemente os militares ao declarar inocentes muitos acusados de “subversivos”.
Isso acabou levando os militares argentinos a simplesmente matar milhares de opositores sem que fossem julgados.
Fundamentalmente, Dirceu paga o preço de sua opção teimosa pelo 99%.
Mas quem vai julgá-lo perante a história não é o 1%, representado por uma mídia que defende seus próprios privilégios e finge se bater pelo interesse público. E nem uma corte em cuja história a tradição é o alinhamento alegremente pomposo com o 1%.
Ele deve saber disso, e imagino que isso o conforte em horas duras como esta.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-a-direita-odeia-tanto-ze-dirceu/

sexta-feira, agosto 30, 2013

PT - NOTA SOBRE A SITUAÇÃO NA SÍRIA

NOTA SOBRE A SITUAÇÃO NA SÍRIA

O Partido dos Trabalhadores acompanha com crescente apreensão a situação na Síria.
Desde o início dos conflitos naquele país, a nossa posição é de que cabe unicamente ao povo sírio encontrar uma solução pacífica e política para as suas diferenças.
O PT condena com total veemência qualquer forma de violência contra civis e rechaça qualquer tipo de ingerência externa.
Há exemplos recentes confirmando que ações militares patrocinadas por potências estrangeiras não ajudam a paz, a democracia e o bem estar, causando mais destruição e perda de vidas humanas.
O PT reitera sua opinião favorável à democratização do sistema ONU, inclusive a ampliação do chamado Conselho de Segurança (CS). E apoiamos a posição manifesta pelo governo brasileiro, acerca da ilegalidade de toda e qualquer intervenção sem autorização expressa do CS.
Por fim, defendemos a investigação completa do atentado cometido, ao que tudo indica, com armas químicas. E repudiamos a tentativa, já vista no caso do Iraque, há vários anos, de forjar pretextos para ações unilaterais.
A paz está sob ameaça. O PT estará presente e se solidariza com todas as atividades em defesa da paz mundial.
Rui Falcão, presidente nacional do PT
Iriny Lopes, secretária de relações internacionais
Valter Pomar, secretário executivo do Foro de Sâo Paulo.




quarta-feira, agosto 28, 2013

o Brittinho deitou em cima deste troço aí

Vídeo mostra o “engavetamento” o mensalão mineiro do PSDB


Joaquim_Barbosa121_Mensalao_Tucano
Fernando Brito, via Tijolaço
Alertado pelo Conversa Afiada, vou ao site do Congresso em Focoe está lá a matéria de Eduardo Militão sobre o escândalo do “adormecimento” do caso do mensalão mineiro – recursos que Marcos Valério repassou ao ex-governador e líder tucano Eduardo Azeredo – no Supremo Tribunal Federal.
Por duas vezes o processo vai à pauta do Plenário. Da primeira vez, a pedido de Gilmar Mendes – ex-advogado-geral de FHC – é adiado. Da segunda vez, sob o argumento de que seu voto “é longo”, o então presidente do STF Ayres Britto diz que o lerá depois do lanche da tarde que os ministros fazem.
Na volta, porém, o caso que põe em pauta é outro, distinto. O do mensalão mineiro desaparece entre os chás e sanduíches.
Ouvido, o agora aposentado prefacista de Merval Pereira, Ayres Britto diz que, se trocou de processo, foi porque ele “ouve os demais ministros”.
O ex-procurador da República, Cláudio Fonteles, entre risos irônicos, diz que “o processo foi tirar uma soneca” nas gavetas de Britto.
“Você pergunta ao ministro Ayres Britto por que é que ele resolveu agilizar o do PT e não o do PSD? Pergunte a ele. Hehehehe… Pelo que o senhor está me descrevendo aí [o repórter do Congresso em Foco] o Brittinho deitou em cima deste troço aí.”
Abaixo, o vídeo, para você conferir o que se passou:

Xeque-Mate: Raimundo Pereira desafia STF



28/08/2013

Nesta segunda-feira 26/08 o entrevistado do programa Roda Viva, foi o advogado e ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior.

O tema da entrevista foi o “mensalão”

O cara parecia porta voz de Joaquim Barbosa e Gurgel...

O jornalista Raimundo Pereira, aproveitou a ocasião e fez uma defesa pela anulação do julgamento da AP 470.

Reale, não conseguindo dar explicações, que na verdade não existem, desviou-se das perguntas...

Tentou continuar afirmando, um discurso que era claramente o mesmo que você assiste na Globo, ou lê na Veja.

E Raimundo Pereira desafiou em horário nobre o supremo..."Se o que eu afirmo na minha revista, que tem erro, é mentira, me processem!"

Eu nem postei o vídeo completo,, pois não vale à pena...

Fiz uma edição com as palavras de Raimundo Pereira da Revista Retrato do Brasil.


quinta-feira, agosto 22, 2013

Mídia quer desemprego e inflação para derrotar Dilma.


O Brasil alcançou o maior estoque de empregos dos últimos dez anos, afirmou a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, durante a reunião do Conselho do Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) realizada nesta quinta-feira (22) no Palácio do Planalto.
“Está nos jornais, e eu acho de grande relevância, que é a situação do emprego no Brasil. Eu gostaria de chamar a atenção de todos para o estoque de empregos que hoje nós temos no país. Nós temos 40,454 milhões de empregos. É o maior estoque de empregos dos últimos dez anos quando nós começamos uma política ofensiva de empregabilidade.”
A ministra também comentou sobre os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre a taxa de desemprego de julho que foi de 5,6%. Em junho, a taxa registrada foi de 6,0%.

“Qualquer número que saia sobre variável de criação de vagas de emprego, de geração de empregos, deve ser observado a partir desse estoque. Isso é importante falar para que não prevaleça uma ideia muito pessimista de que nós estamos com uma situação de desemprego. Muito pelo contrário. O dado do IBGE divulgado hoje, junto com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mostra que a nossa taxa de desemprego do mês de julho é de 5,6[%] contra 6,0 [%] do mês de junho. Nós temos um crescimento menor das vagas de emprego, da geração de emprego, em razão também do grande estoque, do aumento de estoque que nós tivemos de emprego nos últimos anos.”

+++

A mídia, o desemprego e o Prozac
Enviado por Miguel do Rosário on 22/08/2013 – 4:11 pm1 comentários
Cada vez me convenço mais que a nossa mídia é sócia da indústria de antidepressivos. Eles investem na ansiedade para forçar as pessoas a comprarem remédios. Todos os jornalões de hoje trazem títulos na primeira página advertindo para a piora no mercado de trabalho. A Folha foi a mais eficiente. Usando os números do Caged, fala que as capitais “fecham vagas pela 1ª vez em uma década”. Só que não é verdade. Ou antes, a mídia fala uma verdade parcial afim de vender uma mentira completa.


A manchete não tem sentido jornalístico. É surreal, politiqueira, falsa. A manchete recorta um fato negativo dentro de uma estatística positiva. É como se o Flamengo ganhasse de três a um do Fluminense e a manchete no dia seguinte fosse “Flamengo toma um gol do Fluminense”.

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quinta-feira, agosto 08, 2013

O Brasil, afinal, deixou de ser um país organizado apenas para servir às elites

Querem provocar amnésia coletiva nos brasileiros, diz João Sicsú; agora, avanços dependem de “enfrentamento”

publicado em 8 de agosto de 2013 às 13:31

por Luiz Carlos Azenha
O livro acabara de ser escrito quando explodiram as manifestações de junho de 2013, inicialmente em São Paulo.
O autor, economista João Sicsú, doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro — onde leciona — não precisou alterar o texto. Pelo contrário: segundo ele, o conteúdo já apontava para a nova pauta dos trabalhadores e da sociedade brasileira. Os consumidores agora querem ser cidadãos plenos e, portanto, exigem serviços públicos de qualidade.
Porém, depois das conquistas dos últimos dez anos, obtidas como resultado de um pacto em que tanto trabalhadores quanto capitalistas ganharam, Sicsú acha que “a nova pauta exige enfrentamento”.
Exemplo? Para melhorar o serviço público de saúde, será preciso enfrentar o corporativismo e os interesses das grandes empresas de saúde privada.
Sicsú contesta a ideia de que falta dinheiro ao Estado brasileiro para atender às demandas da população. É preciso, isso sim, realocar os recursos — reduzindo, por exemplo, o pagamento de juros da dívida interna.

O livro “Dez Anos que Abalaram o Brasil“, que está chegando às livrarias, é um balanço das mudanças econômicas que aconteceram no Brasil desde o início do governo Lula.
Para o autor, o gráfico acima, que aparece na página 62, é essencial para entender a profundidade das mudanças.
Sicsú acha que o que ele expressa é mais relevante até mesmo que os dados do Índice de Gini, que registra aumento ou diminuição da desigualdade entre os trabalhadores.
Já a relação entre massa salarial/Produto Interno Bruto é um raio X do bolso dos brasileiros.
E o gráfico acima comprova que, se os capitalistas ganharam muito dinheiro sob Lula, os trabalhadores ganharam relativamente mais.
Em 2009 os salários passaram a representar mais da metade do PIB, 51,4%.

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O balanço que Sicsú colocou em livro é uma tentativa de evitar que aconteça o que parece desejar a elite brasileira, que se manifesta diariamente através de sua mídia: apagar a história econômica da última década, ou atribuí-la apenas à continuação das políticas de Fernando Henrique Cardoso e sua turma.
O leitor Antonio Machado detectou isso num recente artigo do presidenciável Aécio Neves, na Folha de S. Paulo.
Levando em conta que fiz a entrevista com João Sicsú instalado no bairro do Higienópolis, em São Paulo, incorporei uma entidade tucana e fiz algumas perguntas provocativas a Sicsú.
Exemplo: não é verdade que FHC debelou a inflação e abriu as portas para o crescimento da era Lula?
Sicsú reconhece a importância do controle inflacionário, mas situa historicamente o que aconteceu no Brasil com esforços paralelos que também ocorreram na Argentina e no Equador.
Afirma que o controle da inflação não teve as repercussões sociais que pretendiam os presidentes dos três países, tanto que Fernando De La Rua foi expulso da Casa Rosada, o equatoriano Lucio Gutiérrez fugiu de helicóptero e Fernando Henrique Cardoso sofreu derrota política fragorosa.
Quem assentou as bases para um verdadeiro crescimento com estabilidade, argumenta Sicsú, foram justamente os governos de coalizão liderados pelo PT.
Não por acaso, apagar a memória do sucesso econômico deles é fundamental para o futuro do PSDB, diz o autor: “São anos que não interessam às elites brasileiras. O povo apareceu. Teve emprego e renda. Isso transformou os aeroportos, por exemplo, em espaços ‘desconfortáveis’”.
O Brasil, afinal, deixou de ser um país organizado apenas para servir às elites, argumenta João Sicsú.
Clique abaixo para ouvir toda a entrevista.
http://www.viomundo.com.br/politica/querem-provocar-amnesia-coletiva-nos-brasileiros-diz-joao-sicsu-agora-avancos-dependem-de-enfrentamento.html

sexta-feira, agosto 02, 2013

Resumo do mês de julho e algumas reflexões pra continuar lutando...







Sacanagem no MP
Sacanagem no STF
Sacanagem do JB
Sonegação e roubalheira na Globo
Trenzão tukano no metrô de SP
Mídia de aluguel muda, lesa e decadente...

A pauta da corrupção é a pauta dos ricos.
Rico pode comprar a polícia, a justiça e a mídia.

A nossa pauta é a radicalização da Democracia.
A nossa pauta é apontar onde e como o dinheiro se organiza para ferrar os pobres.

A nossa pauta é ferrar o dinheiro.