segunda-feira, dezembro 31, 2012

Essa festa não era para nós, mas...


A HORA DO PT: UM ANO NOVO DIGNO DESSE NOME
Os fatos caminham à frente das idéias. Mas é preciso ajudá-los com a materialidade destas para que a história possa girar a sua roda e sancionar os novos sujeitos que por sua vez vão protagonizar os fatos fundadores do período seguinte. Assim sucessivamente. O nascimento de um partido -- um verdadeiro partido -- representa de certa forma a fusão desses diferentes momentos. É ao mesmo tempo um fato, uma ideia e um sujeito. Mas até quando? A pergunta reverbera o divisor vivido hoje pelo PT. Em que medida o partido ainda reúne energias para ser o portador do tríplice mandato da história? Não se trata de questão particular aos petistas. Ela fala à democracia e ao destino do desenvolvimento brasileiro na próxima década. As dificuldades são imensas. O assalto às lideranças petistas na AP 470 é um sinal da ofensiva de vida ou morte do conservadorismo. Mas os trunfos não são menores. O novo é Márcio Pochmann na direção da Fundação Perseu Abramo, para fazer desse tink thank petista,finalmente,um centro estratégico de reflexão de esquerda. O novo é a caravana da cidadania de Lula, a partir de fevereiro próximo.O novo é a mídia alternativa. O novo é Fernando Haddad em SP.O novo é fazer da maior metrópole brasileira um laboratório de renovação de políticas e práticas públicas, de abrangência e ousadia equivalentes ao tamanho do anseio progressista brasileiro.
http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm?alterarHomeAtual=1&home=S
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quarta-feira, setembro 19, 2012


Em 1984, durante a campanha das Diretas já, estava no Ginásio do SESC em Belém e diante da empolgação de alguns setores estudantis, que falavam em colocar um milhão de pessoas nas ruas, ouvi da boca de Tancredo Neves: calma gente, o povo só vai com a gente até um determinado ponto.
Depois da Ditadura Civil/Militar, quando a elite brasileira teve que colocar o serviço sujo nas mãos dos militares, era preciso voltar ao antigo esquema, refazer o pacto por cima.
Toda aquela conversa mole de Diretas Já, volta da democracia, já estava bem costurada e com os seus limites bem demarcados.
A festa não era para nós. Não era para o PT, a CUT, o MST e outros penetras. Definitivamente, não era para LULA ser presidente, para o PT ser governo.
Tudo o que estamos vivendo hoje, é a indigestão para as elites desse prato que desandou. A raiva que eles têm do PT, do LULA, do Zé Dirceu, do MST, da CUT, dos sindicatos... É a raiva da derrota, é a vontade de vingança.
O que todos nós precisamos compreender é que nada está ganho, nada está resolvido. A Guerra nunca acabou. Vencemos muitas batalhas, batalhas importantes, mas a Guerra continua. O mundo do dinheiro, da grana fácil, está cercado no mundo inteiro. Milhões de pessoas em todos os países começam a entender que a miséria não é um dado da natureza.
Não é um dado que determina quem vai ficar no lado dos 1% que têm tudo e quem vai ficar do lado dos 99% que vivem na precariedade cada dia mais humilhante.
O PT, a CUT, o MST, têm sido bons navios de guerra, mas as seguidas batalhas que vencemos colocaram o Brasil e o seu povo num outro patamar histórico. É esse o dilema que vivemos, será que nossa armada está atualizada para as novas batalhas?
O poder econômico e material das elites é infinitamente maior que o nosso, felizmente somos muitos e temos alguns grandes companheiros do nosso lado. Temos também a criatividade e a inteligência que sempre fazem a diferença nas lutas dos pobres. LULA é o melhor exemplo.
Mas agora o avanço está exigindo novos tipos de armamento, novas estratégias, alianças mais dinâmicas e firmes. As moléculas precisam de mais calor entre elas, mais agitação e entrosamento. O caldo tem que ferver, mas não pode entornar pra cima da gente.
O nosso governo, o PT, a CUT, o MST, Sindicatos, movimentos sociais, redes sociais, militantes, listeiros, blogueiros... Precisam compreender a necessidade de novas e mais firmes alianças, precisam articular e conversar mais. A Luta é de todos.
Que nenhum desses agentes imagine ou se iluda que pode ganhar essa guerra fazendo tréguas ou concessões para as elites. Nós só temos uma alternativa: é continuar avançando.
A responsabilidade do PT e do nosso governo é enorme nesse processo. A máquina eleitoral do PT é importante e necessária, mas o partido não pode achar que isso é tudo. O PT não pode esquecer de onde veio, o PT e o governo não podem continuar fingindo que a questão da comunicação é um problema jornalístico e/ou dos jornalistas.
Todos os nossos navios precisam ter uma fala clara e orgânica para o povo. Precisamos urgente de um aparato de comunicação que comunique nos dois sentidos e seja capilar. Precisamos de rádios, jornais de bairros, jornais de ônibus, TV pública e de bairros, internet com banda larga e barata, escolas e pontos de cultura interligados, jornais nas feiras, uma grande agencia de noticias de esquerda produzindo a nossa agenda e o nosso conteúdo.
Mão na massa gente, o resto é chororô.

Adauto Melo

sábado, dezembro 29, 2012

Lista dos premiados do DESJORNALISMO-2012!



(nos EUA. NO DESJORNALISMO BRASILEIRO, o negócio é MUUUUUUUUITO PIOR)

A organização FAIR, Fairness & Accuracy in Reporting [Correção e Investigação Acurada na Reportagem] distribuiu sua lista de Prêmios Des-Pulitzer [P.U.-litzer Prizes] de 2012: “Os momentos mais sórdidos da imprensa-empresa no ano que se encerra (nos EUA)”.

A lista é interessantíssima, porque, mudando os nomes dos jornalistas, não é difícil encontrar no Brasil não um, mas DÚZIAS de jornalistas que fazem, no Brasil-2012, o mesmo monumentalmente péssimo jornalismo; e não o fazem só uma vez, mas vááááááárias vezes por dia, em matérias desavergonhadamente REPETIDAS incontáveis vezes, pelas redes comerciais de televisão aberta e também pelas redes a cabo.

Muitas dessas práticas que a FAIR des-premiou como casos excepcionais, com pequenas variações, fazem o dia-a-dia do ‘jornalismo’ brasileiro.

Não há dúvidas de que as televisões comerciais no Brasil – sobretudo as redes que mantêm noticiários e programas de entrevista nos canais a cabo, que são PAGOS por telespectadores consumidores – vendem, aqui, O PIOR JORNALISMO DO MUNDO.

Se a imprensa-empresa brasileira (o chamado GRUPO GAFE – Globo-Abril-Folha de S.Paulo-Estadão; as mesmíssimas empresas comerciais reunidas no PIG – Partido da Imprensa Golpista) absolutamente não reconhece os direitos democráticos dos partidos e dos eleitores que elegeram os seus representantes que governam o Brasil... temos de ter meios, pelo menos, para EXIGIR que a imprensa-empresa, no Brasil-2012, respeite, pelo menos, os CONSUMIDORES PAGANTES, né-não?!

Se não temos STF que nos salve dos jornalistas, dos jornais e das televisões da imprensa-empresa no Brasil... talvez tenhamos algum delegado de delegacia do Consumidor? O Instituto de Defesa do Consumidor, IDEC? Quem?
Vejam aí a lista dos des-prêmios e dos jornalistas e veículos des-premiados da FAIR e pensem bem: coisas semelhantes e outras, muito piores, acontecem DIARIAMENTE nas redes da imprensa-empresa comercial no Brasil. Isso é fato!

Premiados com o Prêmio Des-Pulitzer [The P.U.-litzer Prizes] de 2012
(Alguns dos mais imundos momentos da imprensa-empresa, durante o ano)
27/12/2012, FAIR -- http://fair.org/take-action/media-advisories/the-p-u-litzer-prizes-for-2012/
Mais uma vez houve muito mais indicados do que seria possível premiar. Todos mereceriam os prêmios. Assim sendo, considerem essa lista como simples amostra da informação falseada, da distorção na notícia, de que todos fomos vítimas durante o ano [nos EUA].

– Prêmio “Obscura Arte da Distorção Sutil”: Alex Altman, revista TimeQuando a revista Time pôs-se a comparar mentiras de Obama e Romney, logo encontrou um terrível problema: a campanha de Romney produziu mentiras imensamente maiores, mais graves, mais substanciais. Como manifestar ‘isenção’ e ‘equilíbrio’ ante tal fato? Altman explicou[1] que “não raras vezes, a mentira mais efetiva esconde-se na que parece mais próxima da verdade; o time de Obama superou Romney várias vezes na obscura arte da distorção sutil.”

– Prêmio “Só empresários e presidentes-de-banco entendem de tudo”: Noticiário “CBS Evening News”
Com a mídia-empresa em Washington em pânico total à beira do “despenhadeiro fiscal”, o noticiário CBS Evening News pôs-se a entrevistar um estranhíssimo grupo de ‘especialistas’[2]: só presidentes-de-bancos e de grandes empresas. Dia 19/11, os entrevistados foram Lloyd Blankfein, do banco of Goldman Sachs, como se fosse especialista em orçamento público. Noite seguinte, David Cole, presidente da Honeywell. Na terceira noite... Outra vez Blankfein! A dupla é parte ativa da campanha “Acertem o déficit a qualquer custo”, paga pelos maiores bancos e empresas do país, que prega cortes cada vez mais fundos nos investimentos públicos, além de cortes de impostos para eles mesmos.

– Prêmio “Investigar amigo, sóssifô muito superficialmente”: David Gergen, CNNQuando eclodiu a discussão sobre Obama estar exagerando no que dizia sobre Mitt Romney e sua empresa, Bain Capital, o âncora da CNN decidiu interferir. Publicou uma coluna na página CNN.com, “Não há provas do que Obama diz contra Romney” (16/7/2012)[3]. Mas Gergen admitiu que tivera “relacionamento passado com os principais sócios da empresa Bain Capital, pessoal e financeiro” – e que várias vezes fora contratado para palestras pagas pela Bain. Para investigar a empresa, portanto, bastou telefonar para velhos amigos: “Falei por telefone com dois altos dirigentes da empresa, meus conhecidos.” É. Há muitos ‘jornalistas’ que ivestigam assim. Claro. É. É bom meio para encontrar a verdade do fato.

– Prêmio “Foi buscar lenha e voltou queimado”: George Will, ABC“Como explicar o calor? Fácil: é verão. Fui criado no centro de Illinois, em casa sem ar condicionado (...) É esperar. Vem o inverno, esfria, vem a neve; e o mesmo pessoal que hoje só fala do calor, só falará do frio. Para nos ensinar que clima é uma coisa, calorão e frio é outra coisa. Concordo. Faz calor. Está quente. OK. Podemos mudar de assunto?” (This Week, 8/7/2012[4])

– Prêmio “Assassinar os filhos deles, para salvar nosso butim”: Joe Klein, TimeO programa “Morning Joe” da rede MSNBC, ofereceu uma rara discussão sem diálogos decorados (10/23/12) sobre os ataques dos drones dos EUA. Quando o entrevistador Joe Scarborough falou sobre “meninas de quatro anos destroçadas em pedaços”, Joe Klein da revista Time respondeu: “O xis da questão é: as meninas mortas eram filhas de quem? O que estamos fazendo é reduzir a probabilidade de que mais meninas de quatro anos sejam mortas em atos indiscriminados de terror.”

– Prêmio “Se nosso candidato não presta, damos um jeitinho”: Michael Crowley, Time Repórteres e especialistas passaram anos elogiando o Republicano Paul Ryan; o fato de ter sido escolhido como vice na chama de Mitt Romney em nada moderou o entusiasmo deles. Dan Balz, do Washington Post (8/14/12) escreveu que Ryan “é homem dos números, que gosta de quebrar os problemas e resolvê-los, depois de mastigar uma montanha de dados.” Mas Michael Scherer da revista Time o superou: “Ryan está para a matemática do orçamento, como Carl Sagan, para a ciência do cosmos.”[5]

– Prêmio “Servir-se de fonte anônima para distribuir calúnias”: Scott Shane, New York TimesQuando o Gabinete de Jornalismo Investigativo [orig. Bureau of Investigative Journalism] com sede na Grã-Bretanha, distribuiu relatório sobre vítimas civis dos ataques dos drones dos EUA, o New York Times sentiu-se no direito de citar, em resposta, um “alto funcionário do contraterrorismo norte-americano”, que teria dito: “É preciso pensar por que o esforço dos drones, tão cuidadosamente pensado para caçar terroristas que matam civis, está sendo apresentado, de repente, sob imagem tão negativa. Não podemos nos iludir: há muitos elementos que operam exclusivamente para fazer gorar nossos esforços e ajuda a Al-Qaeda.”[6]

Oficialmente, o NYT proíbe citar fontes não identificadas “como cobertura para ataques pessoais ou partidários.” Mas o Manual nada diz sobre apresentar somo simpatizantes de terroristas quem critique as políticas de guerra dos EUA.

– Prêmio “Jogo Virado”: PBSNo primeiro episódio (4/11/12) de um seriado de quatro programas intitulado “América Revelada”[7], a rede PBS disse que o agrobusiness precisava “virar o jogo” contra as pragas; e que esse fator ‘virador do jogo’ seria o milho geneticamente modificado. Não por acaso, nem surpreendentemente, a empresa que patrocina o seriado, Dow Chemical, está em campo, no lobby para obter aprovação oficial para sua própria marca de novo milho geneticamente modificado.

– Prêmio “Problemas esquisitos em terras longínquas”: New York TimesMatéria publicada no New York Times ‘informava’ que “a revolução na televisão trouxe, em vários sentidos, más notícias para o Paquistão: vários programas passaram a servir como plataforma liberada para terroristas e extremistas (...) Clérigos conservadores usam as ondas de televisão para reforçar preconcieots e até pregam a violência contra minorias. A independência editorial não raras vezes é obscurecida, quando empresários proprietários das redes comerciais as usam desavergonhadamente para promover interesses privados. Há controvérsia também quanto aos âncoras e apresentadores, alguns dos quais veem-se como atores no cenário político nacional, muito mais do que como observadores imparciais dos desmandos do poder.”

Extremistas que falam pela televisão? O dono da empresa fiscalizando a pauta? Âncoras que falam como se fossem mais importantes e mais confiáveis que políticos eleitos pela maioria dos eleitores? Não sei, mas... No Paquistão? Estranho... Parece que havia coisa parecida aqui mais perto, ontem mesmo...

– Prêmio “Notícia inventada”: New York Post“Occupy Wall Street ligado a assassinato” – lia-se na primeira página do New York Post[8]; a matéria dizia que DNA recolhido na cena de um assassinato em 2004 bateria com o DNA recolhido de uma corrente usada para manter aberta um portão do metrô, numa das manifestações do OWS. O jornal de Rupert Murdoch publicou 37 parágrafos sobre essa história, além de três imensas fotografias. A história logo evaporou – descobriu-se que se tratava do DNA de um policial. O Post então dedicou quatro parágrafos num canto de página ao follow-up da notícia de capa da véspera, sob o título: “Amostra 04 do DNA assassino foi ‘contaminada’”.

Vê-se que, para o NYP trabalho policial mal feito não merece primeira página. Mas lançar lama contra movimento progressista, sim, sempre.

– Prêmio “Des-Apocalypse Now”: Gloria Borger, CNNEm 1968, no auge da Guerra do Vietnã, Mitt Romney era estudante pró-guerra, dispensado do serviço militar. O conflito matou 16 mil soldados dos EUA, só naquele ano. Mas isso não implica que Romney não corresse grande risco pessoal. Segundo Gloria Borger, da CNN (8/26/12), a vida era arriscadíssima e cheia de perigos para um missionário mórmon na França: “Em 1968, a França era lugar perigoso para viver, se você fosse um norte-americano de 21 anos. Mas Mitt Romney lá estava, no centro dos acontecimentos (...) As ruas francesas eram o caos.” É. Mitt Romney sobreviveu.

– Prêmio “Perguntado e Respondido”: David Gregory, NBCNo domingo depois que o furacão Sandy devastou New York e New Jersey, David Gregory, da rede NBC, perguntou na abertura do programa Meet the Press (11/4/12)[9]: “Devemos dar mais atenção ao impacto da mudança climática sobre a violência dessas tempestades?”. A resposta provavelmente foi “não” – porque, depois dessa abertura, nunca mais se ouviu, até o final do programa, qualquer outra referência à mudança climática.

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sexta-feira, dezembro 28, 2012

RENTISTAS UIVAM LÁ, A MATILHA LATE AQUI



As aplicações do' Sloane Robinson', um dos dez maiores fundos hedge do mundo e dos mais antigos de Londres, vão fechar o ano com saldo de US$ 2,5 bilhões. Em 2008, o fundo especulativo acumulava ativos de US$ 15,1 bilhões. O 'Sloane' esfarela. Sua rentabilidade despencou 17% no ano passado; afundará mais 2% em 2012. Não é um caso isolado. Rentistas de todo o mundo sofrem os reveses da implosão neoliberal agravada pelo fim da farra nos países emergentes-- Brasil entre eles. Sua passagem pelo país incluía ganhos triplos: na arbitragem dos juros (maiores aqui, remunerando captações a um custo menor lá fora); na diferença cambial entre a data de ingresso e a da saída, uma vez que o próprio tsunami especulativo forçava a valorização do Real, garantindo conversões vantajosas para o dólar na despedida; e, finamente, na jogatina 'rapidinha' nas bolsas, sem nem dispor de ações próprias, alugando carteiras junto a bancos. A obstrução da pista principal do circuito, a dos juros, derrubados a fórceps pelo governo Dilma, melou o resto do passeio, prejudicado ainda pela queda nos mercados acionários.O rendimento médio dos fundos hedges este ano, segundo a Reuters, será 50% inferior à variação dos índices de ações dos mercados emergentes, que deve crescer apenas 5% frente a 2011, contra 450% entre 2003/2007. É quase o fim de uma era. É desse pano de fundo que soam os vagidos em inglês contra o governo Dilma, ecoados de gargantas midiáticas profundamente comprometidas com as finanças desreguladas. Caso da The Economist, que pediu a cabeça do ministro Mantega, na semana passada--caninamente saudada pelos seu back vocal em português; e do Financial Times, desta semana, cujo blog faz referencias deselegantes ao país e a sua Presidente (leia reportagem de Marcelo Justo, de Londres; nesta pág). Como acontece quando as matrizes entram no cio numa matilha, os uivos locais elevaram seus decibéis na última quarta-feira. Coube à 'Folha' cravar o latido mais alto da praça, em editorial pedindo 'reforma geral nas prioridades nacionais'. (LEIA MAIS AQUI)
(Carta Maior; 6ª feira,28/12/2012)

Jornali$ta$ e Grana Pesada contra o povo


A guerra das usinas midiáticas do setor financeiro contra Dilma
Primeiro foi a revista The Economist; agora, foi a vez do jornal Financial Times: o governo de Dilma Rousseff entrou na mira dos grandes meios de comunicação financeiros britânicos internacionais. Ambos zombam do governo brasileiro, pedem a renúncia de Guido Mantega e qualificam Dilma como a rena do nariz vermelho. Para as usinas midiáticas do setor financeiro, Dilma cometeu um pecado imperdoável: forçou a baixa das taxas de juro. Não que o cenário econômico na casa destas publicações ande melhor. Justamente o contrário. O artigo é de Marcelo Justo.
Marcelo Justo
Londres - A The Economist primeiro, o Financial Times depois: o governo de Dilma Rousseff entrou na mira dos grandes meios de comunicação financeiros britânicos internacionais. Ambos zombam do governo brasileiro, pedem a renúncia de Guido Mantega e qualificam Dilma como a rena do nariz vermelho. Não que as coisas na casa destas publicações andem melhor. Justamente o contrário.

A economia britânica acaba de sair da segunda recessão em três anos graças ao pequeno estímulo dos jogos olímpicos, mas a maioria dos analistas acredita que no próximo trimestre ela voltará a se contrair. A Eurozona salvou-se raspando neste ano de 2012, mas ninguém se atreve a apostar no que pode acontecer no próximo ano, apesar de o diretor do Banco Central da Europa, Mario Draghi, assegurar desde julho que fará tudo o que está ao seu alcance para salvar o euro. Por último, os Estados Unidos estão fazendo o impossível para evitar o abismo fiscal, um incremento de impostos e um corte de gastos públicos que entraria em vigor automaticamente no dia 1º de janeiro se não houver um acordo político.

Apesar deste cenário do primeiro mundo, as críticas a Dilma não surpreendem. Para as usinas midiáticas do setor financeiro, a presidenta cometeu um pecado imperdoável: forçou a baixa das taxas de juro. Quando esta crítica à presidenta brasileira vem do primeiro mundo aparece como uma variante do famoso “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

Desde o estouro financeiro de 2008, Estados Unidos, Reino Unido e Banco Central Europeu se dedicaram à emissão de dinheiro eletrônico, um mecanismo conhecido em inglês como “quantitative easing”, e a baixar as taxas de juros a mínimos históricos para estimular o consumo. “A ideia é que mantendo essas taxas de juros o setor privado terminará investindo, algo que não está fazendo porque a demanda está estagnada. Em resumo, o problema mais grave é que esta política monetarista não está funcionando”, disse à Carta Maior Ismail Erturk, catedrático sênior de finanças da Universidade de Negócios de Manchester.

Este monetarismo foi debatido no chamado mundo desenvolvido, mas sem a estridência desqualificadora reservada ao governo de Dilma Rousseff. No caso do Reino unido e da Eurozona a comparação se torna mais absurda se tomamos como parâmetro a crise provocada pelos programas de austeridade vigentes na Europa. No Reino Unido, a coalizão conservadora-liberal democrata que assumiu em maio de 2010 encabeçada pelo primeiro-ministro David Cameron herdou um forte déficit fiscal produto do estouro financeiro de 2008-2009 e uma incipiente recuperação de 1,7% pela mão do estímulo fiscal do governo trabalhista de Gordon Brown.

A coalizão prometeu equilibrar as contas fiscais ao final de seu período de governo, em 2015, e projetou um crescimento de 2,1% para 2011 e 2,5% para 2012. A chave-mestra para esse passe de mágica era um programa de austeridade com cortes de 80 bilhões de libras (cerca de 140 bilhões de dólares) com uma perda de mais de meio milhão de empregos públicos. O resultado desse apequenamento logo ficou evidente. Em 2011, o crescimento real foi de 0,8%, enquanto que, em 2012, foi negativo (menos 0,4%). Quanto ao equilíbrio fiscal, o próprio governo admitiu em dezembro que para atingi-lo terá que ampliar a política de austeridade até...2018.

As coisas não andam melhor pela eurozona. Com a bandeira da austeridade, a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (a Troika) conseguiram converter a debacle fiscal de um país que representava pouco mais de 2% do PIB da eurozona em uma crise que pode colocar em perigo todo o projeto pan-europeu. Desde o começo da crise grega em 2010, quatro nações terminaram regatadas pela Troika (Grécia, Portugal, Irlanda e Chipre), a banca espanhola foi salva com uma injeção de 100 bilhões de euros do Banco Central Europeu e a Grécia recebeu um novo pacote de ajuda em dezembro, no valor de 34 bilhões euros, que todos sabem que não será o último.

Em 2012, a eurozona teve um crescimento negativo de 0,5% que esconde em seu interior extraordinárias disparidades (a queda da Grécia superou 7%, enquanto que a Alemanha cresceu 0,8%). Segundo um informe da ONU, divulgado em 20 de dezembro, com estas políticas de austeridade as coisas vão piorar. O cálculo é que a região crescerá um magro 0,5% em 2013.

O governo de Barack Obama não apostou na austeridade e conseguiu evitar uma queda como a do Reino Unido ou da eurozona, mas sua recuperação é menor do que a esperada e está ameaçada por uma obra prima do terror econômico: o abismo fiscal. Em agosto, o Congresso estabeleceu o 1º de janeiro como prazo para chegar a um acordo sobre o gasto público e as reduções tributárias aprovadas durante a presidência de George Bush que finalizam nesta data.

Se não houver acordo e as medidas entrarem em vigor, o resultado será uma recessão nos Estados Unidos e um forte impacto em uma economia mundial que, nas atuais projeções, crescerá 2,4%, muito menos do que é necessário para recuperar o terreno perdido desde o estouro do Lehman Brothers. A responsabilidade fiscal das reduções de impostos de George Bush foi discutida em seu momento, mas nenhuma usina midiática econômica teve a ideia de colocar um nariz vermelho no artífice da invasão ao Iraque. Assim são as coisas.
Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

MAR DE LAMA NA MÍDIA TUKANA


Retrô 2012: a velha imprensa desacreditada


Imagem acima e suas questões embutidas são alguns dos fortes elementos que explicam a queda da credibilidade da grande imprensa: partidarismo radical e dois pesos e duas medidas para abordar temas delicados
2012 revelou bastidores estarrecedores do envolvimento de jornalistas importantes da Veja e Época, associados ao contraventor Carlinhos Cachoeira.
A CPI, que investigava os crimes do bicheiro goiano e seus assessores da imprensa, chegou a por em votação requerimento para que Policarpo Jr., editor chefe da Veja, flagrado em conversas para lá de incriminadoras com cachoeira.

A tropa de choque da contravenção no Congresso, liderado pelo governador Marconi Perillo e seus colegas de partido no PSDB, com a ajuda providencial de Miro Teixeira, alojado no PDT, conseguiu reverter a convocação do poderoso jornalista da Abril e fazer de Odair Cunha, do PT de Minas Gerais, um exemplo claro de como não agir quando a frente de uma importante relatoria.

Em recente pesquisa do Datafolha foi revelado que apenas 22% das pessoas confiam muito na imprensa, este número era de 31% no levantamento anterior...

Confira abaixo o post publicado à época, [clique no título da postagem para ler na íntegra]:

Civita, Murdoch e Cláudio Humberto: a grave crise da imprensa

Encastelados em suas "realidades peculiares", grande imprensa omite a verdade dos fatos aos seus leitores em nome de interesses inconfessáveis, tão aí Murdcoh, Civita e Cláudio Humberto que não nos deixam mentir...
Leia mais, clique AQUI
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Da série: JN tem pior audiência da história


Fernando Branquinho: JN transforma 1,7 milhão de empregos em notícia ruim

publicado em 27 de dezembro de 2012 às 21:20
TV manipula notícia sobre criação de empregos
por Fernando Branquinho, no Observatório da Imprensa em 24/12/2012 na edição 726

Na quarta-feira (19/12), no Jornal Nacional, o gráfico atrás da apresentadora Patrícia Poeta mostrava a criação de 1,77 milhão de empregos até agora, em 2012. Considerada a pindaíba econômica do mundo ocidental, qualquer cidadão de outro país olharia com inveja para cá. Mas na Globo não é assim: toda notícia que venha do governo tem que ser “negativada”.
Foi o que fizeram. Este foi o texto lido pela apresentadora:
“A criação de empregos com carteira assinada, este ano, foi 23% menor do que em 2011. É o pior resultado desde 2009. Mas, isoladamente, os números de novembro mostram um aumento de quase 8% no emprego formal.”
Quem estivesse jantando nessa hora sem olhar para a TV não veria o gráfico e faria juízo sobre a informação apenas com o que estivesse ouvindo. Desta vez mudaram a técnica: deram a notícia positiva de forma negativa, e no fim veio o “mas” positivando parcialmente os fatos. Isso é democracia, liberdade de expressão e tudo o mais que eles dizem quando se quer acabar com o oligopólio da mídia? O nome disso é partidarismo de mídia através de manipulação da notícia.
Paranoia? Perseguição à Globo? Coisa de esquerdista, de petista, de lulista, brizolista? Confira aqui mais essa vergonha. Agora veja a notícia por outro ângulo: “Brasil cria 1,77 milhão de empregos com carteira assinada em 2012”.
Os dados do Caged
De janeiro a novembro deste ano, foram abertos 1.771.576 postos de trabalho com carteira assinada no Brasil, o que representa uma expansão de 4,67% no nível de emprego comparado com o final de 2011, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quarta-feira (19/12) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os dados de novembro, segundo o MTE, mostram continuidade à tendência de crescimento do emprego no Brasil, que registrou pela terceira vez em 2012 um saldo superior ao do ano anterior. Foram declaradas 1.624.306 admissões e 1.578.211 desligamentos no referido mês. Como resultado, o saldo do mês foi de 46.095 novos empregos com carteira assinada no Brasil, correspondentes ao crescimento de 0,12% em relação ao registrado no mês anterior.
Segundo o Caged, apresentaram desempenho positivo no mês o comércio, com 109.617 postos (1,27%), sendo o terceiro melhor saldo para o período; e serviços, com 41.538 postos (0,26%). Por outro lado, alguns setores apresentaram desempenhos negativos. A construção civil teve baixa de 41.567 postos (-1,34%), decorrente de atividades relacionadas à construção de edifícios (-15.577 postos) e construção de rodovias e ferrovias (-8.803 postos), associados a términos de contratos e a condições climáticas.
Complexo sucroalcooleiro puxa emprego para baixo
Na agricultura, houve retração de 32.733 postos (-1,98%), devido à presença de fatores sazonais negativos. A indústria de transformação teve perda de 26.110 postos (-0,31%), proveniente dos ajustes da demanda das festas do fim do ano, queda menor que a ocorrida em novembro de 2011 (-54.306 postos ou -0,65%).
O emprego cresceu em três das cinco grandes regiões, sendo a Sul, com 29.562 postos (0,41%); Sudeste, com 17.946 vagas (0,08%), e Nordeste, com 17.067 empregos (0,28%). As exceções ficaram por conta da região Centro-Oeste (-14.820 postos ou -0,50%), cuja redução deu-se ao desempenho negativo da agricultura (-9.130 postos); da construção civil (-6.393 postos) e da indústria de transformação (-5.929 postos); e da região Norte (- 3.660 postos ou -0,21%), onde a construção civil (-3.371 postos) e a indústria e transformação (-2.084 postos) foram os principais setores responsáveis pela queda no mês.
Por unidade da federação, dezesseis tiveram expansão do emprego. Os destaques foram Rio Grande do Sul (+15.759 postos ou 0,61%); Rio de Janeiro (+13.233 postos ou 0,36%); Santa Catarina: (+8.046 postos ou 0,42%); São Paulo (+7.203 postos ou 0,06%); Paraná (+5.757 postos ou 0,22%) e Bahia (+5.695 postos ou 0,34%). Os estados que demonstraram as maiores quedas no nível de emprego foram: Goiás (-8.649 postos ou -0,75%), devido, principalmente, às atividades relacionadas ao complexo sucroalcooleiro, e Mato Grosso (-5.910 postos ou -0,97%), por causa do desempenho negativo do setor agrícola (-4.798 postos)[ver aqui].

Fernando Branquinho é jornalista, Brasília, DF.

Leia também:
Altercom defende 30% das verbas publicitárias para pequenas empresas
Alex Solnik: A vanguarda popular da direita sai do armário
Laurindo Leal: Mídia brasileira teme que Dilma encarne Cristina
Zé de Abreu: Escândalos nascem nas redações
Miguel do Rosário: Versões impressas de Globo e Estadão omitem que Jobim negou chantagem de Lula

http://www.viomundo.com.br/denuncias/fernando-branquinho-jn-transforma-17-milhao-de-empregos-em-noticia-ruim.html

A normalidade do Tribunal Tukano Federal


As novas responsabilidades do STF e da PGR

Autor:
À Folha, o Ministro Marco Aurélio de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal) acalma os advogados: o julgamento do mensalão foi mais rigoroso do que o normal porque o Ministério Público Federal juntou muitas provas. Daqui para frente, retorna-se à normalidade.
É evidente que as críticas dos advogados – encabeçadas pelo ex-Ministro Márcio Thomas Bastos – não se referem ao confronto de provas, mas à mudança na jurisprudência do Supremo. De repente, juízes garantistas abriram mão de seus princípios e aderiram de pronto às teses mais severas, defendidas por setores mais ligados ao crime organizado. O oposto do que fizeram no caso Opportunity.
O problema não é a supremacia de uma tese sobre a outra, mas a postura dos Ministros.
Fiscaliza-se um juiz pelo histórico de suas sentenças. É evidente que a jurisprudência não é estática, mas as mudanças são necessariamente lentas.
No país da jabuticaba, vai-se até as gôndolas do direito internacional e escolhe-se, para cada ocasião, a teoria que melhor se encaixe no gosto do magistrado? Terminado o julgamento, devolve-se a teoria ao seu lugar e pega-se outra? É assim?
No post “O Supremo abriu a Caixa de Pandora” ( http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-supremo-abriu-a-caixa-de-pandora) mostro alguns dos efeitos do julgamento sobre o sistema judiciário, o maior dos quais será o de estimular, mais do que nunca, o ativismo dos juízes de primeira instância e do MPF.
Provavelmente Marco Aurélio considera o STF ungido pelos deuses para, depois de aberta a Caixa de Pandora, fechá-la, justificando as suspeitas de que houve um julgamento de exceção.
Não dá. A não ser que os Ministros não tenham nenhuma consideração pela casa que representam.

As cobranças do PGR

À luz da nova jurisprudência inaugurada pelo STF e do novo papel de celebridades dos Ministros, tanto o órgão quanto a PRG estarão expostos a novas cobranças e a prestarem contas de seus atos à opinião pública.
A PGR deve, ao país, a lista dos “intocáveis”, os cidadãos acima da lei. E esta lista será obtida através das seguintes contraprovas:
  1. O julgamento do mensalão foi precipitado para varrer para baixo do tapete as denúncias que brotavam da CPMI de Cachoeira. Qual será a atitude da PGR quando receber o relatório? Abrirá inquérito para apurar as ligações (de anos) da revista Veja com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, de políticos de todos os partidos com a construtora Delta? Há um manancial de provas mostrando que inúmeras vezes as reportagens da revista visavam fortalecer os negócios do bicheiro. Há dados incontroversos da formação de quadrilha, entre a revista, Cachoeira e o ex-senador Demóstenes Torres. Aqueles que, tendo elementos, não foram alvos de inquéritos, constituirão a primeira lista de “cidadãos acima da lei” na gestão Gurgel.
  2. O livro “A Privataria Tucana” traz elementos mais do que suficientes para, no mínimo, abrir-se um inquérito para apurar as denúncias levantadas. Mostra um trabalho continuado de um grupo desde o início dos anos 90.
  3. Em nome da transparência, o PGR tem a obrigação de divulgar todos os casos envolvendo autoridades com foro privilegiado, que estão sob análise de Roberto Gurgel e de sua esposa. E, em que pesem todas suas qualidades, indicar, para o lugar da esposa um procurador sem laços de parentesco com Gurgel, para garantir a pluralidade na análise desses episódios.

As cobranças do STF

  1. Até agora há três tipos de análise sobre o mensalão: aqueles que têm certeza de que o STF acertou, mas não se deram ao trabalho de ler os autos (segundo a incrível profissão de fé no STF, da procuradora estadual); os que acham que errou, mesmo sem ter lido os autos; e os que leram os autos e apontaram pontos polêmicos. O STF tem a obrigação de, através de seus canais de comunicação, rebater em detalhes a acusação de que o ponto central das acusações era o “dinheiro público” que jorrava da Visa. Há auditorias mostrando que o dinheiro era de um pool de bancos; que as decisões de aplicação eram colegiadas; que todo o dinheiro foi aplicado em eventos devidamente contabilizados. Não vale ser celebridade apenas para aparecer nas fotos. Se escolheu o teatro público para representar, tem que ir às últimas consequências.
  2. É evidente que houve quebra de decoro da parte do Ministro Luiz Fux, não apenas quando se valeu da malandragem rasteira para obter a indicação para o STF; mas quando se vangloriou de sua esperteza na entrevista para Mônica Bérgamo. Se o STF pretende inaugurar uma nova moral pública, como conviver com a pilantragem explícita, estampada não apenas nas redes sociais mas em todos os jornais? Como aceitar um Ministro que negocia seu voto (e não entrega)? Se Fux tivesse o mínimo de brio, pediria aposentadoria do STF para não comprometer a imagem da instituição. Mas seu histórico não é de decisões desprendidas. Como agirão seus colegas? Esconder-se-ão debaixo do manto do corporativismo, uma das piores pragas do modelo político que pretendem extirpar?
Em suma, o fato de terem se tornado celebridades, impôs novas responsabilidades aos Ministros do STF e ao PGR. Terão que sair de seus aquários se quiserem, de fato, legitimar o poder que representam.

quinta-feira, dezembro 27, 2012

LULA NA TVT (TV dos Trabalhadores)


TVT (TV dos Trabalhadores)
Desde o final de novembro, o ex-presidente Lula concedeu três entrevistas exclusivas à TVT (TV dos Trabalhadores).
Assista:
Entrevista Exclusiva: Lula diz que seu governo deu cidadania aos catadores
Entrevista Exclusiva: Lula diz que seu governo deu cidadania aos catadores
O ex-presente Lula visitou a Expo Catadores 2012, e falou com exclusividade ao "Seu Jornal".
Confira!
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Em vídeo exibido na Cúpula Social do Mercosul, o ex-presidente Lula defendeu a i ...
Assista mais:

segunda-feira, dezembro 24, 2012

Formado em caguetação




Augusto Nunes elabora lista de pessoas que apoiam Lula e a publica na Veja

Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre

Ele espera por um golpe de estado e, por intermédio de sua lista, ver as pessoas presas?

Augusto Nunes gosta de elaborar listas. Ele é do DOI-CODI ou do DOPS?

O jornalista Augusto Nunes preparou e publicou uma lista de pessoas, em seu blog na Veja, que ele considera ligadas ao ex-presidente Lula, como o fazia, por exemplo, o jornal O Globo, no decorrer do golpe militar, antes e depois, bem como a Folha de S. Paulo que emprestava seus carros para que policiais e militares carregassem os prisioneiros políticos da ditadura, torturados ou não.

Augusto Nunes é um legítimo, verdadeiro e autêntico representante da imprens desse tempo violento e sombrio e que pratica há anos e igualmente o legítimo, o verdadeiro e o autêntico jornalismo de esgoto. Tal figura abjeta empodrece a liberdade de expressão e de imprensa, porque, sobretudo, ele defende a liberdade de empresa e de negócios de seus patrões.

A liberdade para que somente eles possam falar e, consequentemente, efetivarem uma reserva de mercado da informação, que foi quebrada por causa dos ativistas da globosfera — conhecidos também como "blogueiros sujos".

Blogueiros e jornalistas que não permitem que as realidades e os fatos sejam vergonhosamente distorcidos, manipulados e, sobretudo, que apenas um lado seja ouvido, o que redunda em um jornalismo declaratório e, portanto, sem a credibilidade das provas e contraprovas.

Augusto Nunes aprecia falar o que quer. Entretanto, recusa-se ouvir o que não quer, uma característica peculiar dos fascistas, os mesmos que servem ao establishment em uma luta sistemática e sem trégua para manter o status quo das oligarquias brasileiras e estrangeiras intacto.

Augusto Nunes retornou ao passado e reeditou as listas de pessoas que, evidentemente, não pensam como ele e os grupos empresariais os quais representa com fidelidade canina, porque não passa de um sabujo, que, saudoso da ditadura militar, deve ter espasmos de ira e de repulsa quando vê, por exemplo, pessoas economicamente mais humildes nos saguões dos aeroportos ou a fazer comprar nos shoppings.

Augusto Nunes e sua lista perversa que remonta à ditadura. Tal jornalista da Veja, pasquim conhecido também como Esgotamento Sanitário, está, certamente, esperançoso de acontecer um golpe de estado. Ele elaborou a lista, que, obviamente, vai ser acrescentada com mais nomes, afinal seu nome é Augusto Nunes, e nada é mais peculiar à sua personalidade.

Agora a pergunta que não quer calar: Tal jornalista tucano e de direita pertence aos quadros do DOI-CODI ou do DOPS ou do SNI? Durma-se com um barulho desse. É isso aí.

Leia abaixo:

Augusto Nunes é o que é. Ele segue seus instintos, como apoiar a ditadura do general João Figueiredo.



Augusto Nunes e seu patrão (E), Roberto Civita, acompanham o presidente, general João Figueiredo. Serviçais da ditadura e que hoje pregam o golpe, a terem como instrumento a Veja, a Revista Porcaria também conhecida como a Última Flor do Fáscio. (DSF)

Clique AQUI
foto de a.n. - divulgação

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LETRA

Caguete é caguete mesmo
Vejam só como ele é (2x)
É que cortaram as duas mãos do safado
Ele agora cagueta com o dedão do pé!
É que sentaram a mamona nas duas mãos do canalha
Ele entrega os irmãos com o dedão do pé!
REFRAO
É pois é,
O safado cagueta com o dedão do pé. (2x)
Ele é uma faca de dois gumes,
E também é formado em caguetação.
À noite ele tira plantão de coruja,
E no dia seguinte entrega os irmãos.
Já quebraram seus cornos várias vezes,
E já foi esculachado até por mulher.
Nem assim o patife não tomou vergonha,
Continua caguetando com o dedão do pé.
É pois é,
O safado cagueta com o dedão do pé. (2x)
Olha muito cuidado com esse coruja,
Porque tudo o que vê ele aponta.
E se você pedir segredo,
Aí mesmo é que o safado conta.
Só estou lhe mandando esse lembrete,
Pra você ficar de olho nesse jacaré.
Ele fica no orelhão de cabeça pra baixo
Discando denúncia com o dedão do pé!
Diga lá!
É pois é,
O safado cagueta com o dedão do pé, diz aí. (2x)

sábado, dezembro 22, 2012

*A AGENDA POLÍTICA DO ANO NOVO:


LULA E DIRCEU: AS RUAS E A LUTA PELA HEGEMONIA
Lula:"No ano que vem, para alegria de muitos e tristeza de poucos, voltarei a andar por este país. Vou andar pelo Brasil porque temos ainda muita coisa para fazer, temos de ajudar a presidenta Dilma e trabalhar com os setores progressistas da sociedade" (Lula, na posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, nesta 4ª feira, 19-12). Dirceu: "O PT falhou ao não estimular, nos últimos anos, uma "comunicação e uma cultura" de esquerda no país. Até nos Estados Unidos tem isso, jornais de esquerda, teatro de esquerda, cinema de esquerda. É uma esquerda diferente, deles, mas que é totalmente contra a direita. Aqui no Brasil não temos nada disso.A classe média está vivendo num paraíso, e isso graças ao Lula. Mas, ao mesmo tempo, está sendo cooptada por valores conservadores. Já disse a Lula que o jogo pode virar fácil. Nós [PT] não temos a maioria, a esquerda ganha eleição no Brasil com 54% dos votos"(José Dirceu;Folha de S Paulo; 22-12-2012) LEIA MAIS AQUI
(Carta Maior;Sábado,22/12/2012)
E se todas as dívidas do mundo desaparecessem?


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DILMA TEM A VER
COM O MENSALÃO, SIM !

Ou a Presidenta se deixou contaminar pelos neo-petistas que a cercam e se esqueceu de uma expressãosinha – “luta de classes” – , que ela deve ter conhecido enquanto na cadeia ?
Saiu numa colona (*) do Globo, aquela que é o melhor Proust que o PiG (**) planaltino conseguiu produzir, a seguinte preciosidade:

A Presidenta está “azeda … com o mensalão, que não tem nada a ver com ela, entrando para atrapalhar o Governo, numa briga infecunda entre o presidente do STF e da Câmara …”

Navalha
Como se sabe, o Palácio do Planalto, no atual Governo, passou a ser povoado por um conjunto significativo de neo-petistas pigais (**).
Talvez seja um neo-petista esse “um de seus ministros “, o que passou a informação especialíssima ao colonista global.
O amigo navegante deveria, porém, levar em conta que a Presidenta tem tudo a ver com o mensalão.
Primeiro, porque foram condenados sem prova alguns dos arquitetos do edifico político que permitiu uma desconhecida economista mineiro/gaúcha tornar-se presidenta da República.
Dilma deve mais ao Dirceu do que ao Celso Furtado.
Dilma tem a ver com o mensalão, sim, porque a condenação sem provas de líderes políticos insubstituíveis do PT significa que, cedo ou tarde, a mesma excepcionalidade chegará aos seus (dela) calcanhares.
Ou a Presidenta se deixou contaminar pelos neo-petistas que a cercam e se esqueceu de uma expressãosinha – “luta de classes” – , que ela deve ter conhecido enquanto na cadeia ?
E que a elite furiosa, anti-chavista que se instalou no Brasil e no Supremo, na bancada dos Chinco Campos, “tem lado”?
Ela acha que o julgamento do mensalão NÃO foi politico ?
Que o decano Celso de Mello, fã do Chico Campos, é um técnico ?
Que foi um julgamento tão técnico quanto o cálculo da desvalorização patrimonial das empresas de energia elétrica?
Ela tem a ver com o mensalão, sim, porque foi ela quem ofertou ao Brasil um Ministro do Supremo da altura do Fux.
O que deveria servir de advertência na hora de escolher os sucessores do trânsfuga Ayres Britto e do insigne decano, que, provavelmente, vai para casa sem julgar a ação que considera a TV Globo de São Paulo uma apropriação indébita.
Seria bom ela não se iludir com as chaleiras neo-petistas: quem frita bolinho com a Ana Maria Braga e os “prousts” brasilienses por eles será fritado.
Não é isso, Palocci ?
Adiantou salvar a Globo da concordata ?
E quem te enforcou, nobre consultor ?
Não é isso, Odarelo ?
Adiantou dar o furo ao jornal nacional ?
A resistência de Marco Maia à ameaça de garroteamento da Camara não é uma “briga infecunda”.
É uma resistência heroica, gaúcha, que tem a ver com a estabilidade institucional de que ela, a Dilma, será a maior beneficiária.
Se o Supremo fecha o Congresso, na próxima viagem sobe a rampa do Palácio.
E se essa “infecunda” briga resultou na suspensão do Orçamento de 2013, a culpa é dela, a Dilma.
Que acha que governar é abrir estradas.
A Dilma poderia, muito bem, nas férias do fim do ano, ler biografia de seu líder de juventude, o engenheiro Leonel de Moura Brizola, de autoria do F. C. Leite Filho.
Ele também não perdia “uma briga infecunda”.
(A propósito: Leite Filho é blogueiro sujo e não recebe um tusta da SECOM. A SECOM, como se sabe, é uma instituição eminentemente “técnica”, que destina 2/3 de sua verba à Globo.)
Por fim, a Dilma e o PT.
A Presidenta Dilma é do PT.
Ela não existe fora do PT.
Ela não se re-elege sem o PT.
Não existe o “PT contaminado”, o PT do Lula, do Dirceu, do Genoíno, e o “PT imaculado”, dela.
O PT é um só.
Limpo e “sujo”.
E quem disse que os buldogues investigativos do PiG (**) não andam atrás das sujeiras do Governo Dilma, para cuspir no ano que vem ?
A Rose é o aperitivo.
A campanha presidencial de 2013 será sangrenta.
O Cerra vem aí, mais inescrupuloso do que nunca.
E o PiG (**) vai defender a Dilma do Cerra …
Se “um de seus ministros” oferece na bandeja informações privilegiada aos pigais, ela deveria promover um “contingenciamento de vazamento”.
E não deixar vazar o que mais serve ao Golpe: pontas de informação que nutram a hipótese de ela romper com o Lula, aquele do “lado contaminado” do PT.
Se ela se entregar a esses neo-petistas e a petistas de sempre, como o  Cardozo, um dia, o Lula vai ter que salvá-la.
Quando ela cair no abismo.
Para onde se encaminha, se achar que é maior do que o PT.
E do que o Lula.




Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/12/22/dilma-tem-a-ver-com-o-mensalao-sim/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+pha+%28Conversa+Afiada%29

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CHUÍÇA (*) TEM UMA
CENTRAL DE GRAMPO?

Secretaria de Segurança da Chuíça (*) deita e rola no crime

Saiu no Blog do Dirceu:

O LOBBY CONTRA A PEC 37 E O SILÊNCIO EM TORNO DA CENTRAL DE ESCUTAS ILEGAIS

Diante de todo o lobby contra a Proposta de Emenda Constitucional 37, que faz valer o que a Constituição manda e deixa claro que o Ministério Público não tem poder para investigar, vale ouvir o que acadêmicos e delegados têm a dizer.


O Ministério Público vem alegando que, com a PEC 37, haverá mais impunidade. É pura retórica. A investigação é função constitucional da Polícia Judiciária, Federal e Estaduais.


O jornal O Estado de S. Paulo ouviu os delegados e mestres em Direito Penal pela PUC-SP Milton Fornazari Junior e Bruno Titz de Rezende. Eles deixam claro: “A PEC 37 reafirma o que a Constituição já hoje estabelece e propiciará uma maior rapidez em uma das funções mais importantes do Ministério Público: processar criminalmente o autor do crime”.


Esse é um ponto importante pouco abordado porque tem a ver com a imparcialidade. “O Ministério Público é parte no processo penal. Imagine-se o Ministério Público colhendo provas na investigação e, posteriormente, as utilizando para processar criminalmente o investigado: não há como ser imparcial. Assim, provas favoráveis à inocência do investigado podem ser desprezadas, fazendo que um inocente venha a ser preso injustamente”.


“Também, a investigação realizada pelo Ministério Público não possui qualquer controle de outro órgão externo ou procedimento legal pré estabelecido, sendo verdadeiro retrocesso às conquistas da sociedade brasileira”, acrescentam.



Escutas ilegais
 


Enquanto fazem campanha para derrubar a PEC 37, um estranho silêncio é mantido. Eu me refiro à central de escutas telefônicas instalada na sede do comando da Polícia Militar de Presidente Prudente, no interior paulista. O órgão funcionava em uma parceria com o Ministério Público e, tudo indica, trabalhava com grampos ilegais. O grupo foi criado em 2006 pelo então secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto. Delegados e jornalistas estariam entre os alvos das escutas.



A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo já protocolou pedido de instauração de inquérito na Delegacia Geral de Polícia para apurar o caso. A preocupação é que haja mais centrais de espionagem e que inocentes com telefones grampeados tenham morrido durante a guerra entre a polícia e o PCC.
 



De fato, é uma pergunta muito importante: quantas mais dessas centrais existem? Quem as comanda? A quem servem e a quem estão subordinadas? Por que o governo tucano de Geraldo Alckmin e o Ministério Público se calam sobre o assunto? Por que não dão satisfações sobre essa gravíssima denúncia?
 



Faltam muitas respostas. É preciso saber quem trabalha nelas; se são PMs, oficiais da reserva… Também é preciso saber quem as financia, quem as controla, quem as fiscaliza.
 



E o mais importante: quais providências estão sendo tomadas em relação ao caso?



Clique aqui para ler: Alckmin desenterra Cerra. Bye-bye Aécio 2014

Navalha
Por falar em Chuíça e crime, não esquecer que o presidente Joaquim Barbosa mandou o brindeiro Gurgel investigar a Privataria Tucana, cuja sede era na Chuíça (*).
Paulo Henrique Amorim
(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/12/21/chuica-tem-uma-central-de-grampo/