Por que tantos têm tanto medo desse livro?
21/7/2009, The First Post, Londres, http://www.thefirstpost.co.uk/50995,news,british-media-kill-khalid-mishal-reviews-paul-mcgeough-mossad-israel-hamas-middle-east
Nos EUA, o livro recebeu resenhas e comentários de leitores em êxtase.
É livro desses que já não se fazem como antigamente – história política narrada com fartura de dados e com rigor e seriedade informacionais, mas que se lê como romance de espionagem. Narram-se aí eventos de 1997, quando o serviço secreto israelense, o Mossad, tentou assassinar o líder do Hamás, Khalid Mishal, à luz do dia, numa calçada de Amman, Jordânia. Fingindo um esbarrão, no qual estaria envolvida uma lata de Coca-Cola que alguém fingia abrir, os terroristas do Mossad borrifaram um veneno mortal dentro do ouvido de Meshall.
A Jordânia ameaça enforcar os espiões israelenses, e o antídoto aparece
Mas os agentes do Mossad meteram os pés pelas mãos e não conseguiram escapar; dois deles foram presos em flagrante pelos guarda-costas de Meshall; outros dois conseguiram esconder-se na Embaixada de Israel em Aman. Khalid Meshall entrou em coma. As tropas da Jordânia cercaram a embaixada de Israel. O rei Hussein da Jordânia, furioso por os israelenses terem-se atrevido a tentar um assassinato político daquela magnitude em território da Jordânia, telefonou a Bill Clinton, exigindo providências contra Israel. Bill Clinton telefonou a Benjamin Netanyahu, então primeiro-ministro de Israel, ordenando-lhe que fizesse o que fosse preciso para acalmar o rei da Jordânia.
Netanyahu, no primeiro momento, disse que já era tarde demais e não havia antídoto que revertesse os efeitos do veneno. O rei Hussein da Jordânia, então, declarou que, se Meshall morresse na Jordânia, os dois agentes do Mossad israelenses capturados seriam enforcados e a trama seria amplamente divulgada (trapalhadas inclusas). O antídoto apareceu imediatamente; Khaled Meshall sobreviveu; e ali e então começou, de fato, sua espantosamente rápida ascenção como líder político em toda a Região.
Mediante entrevistas com todos os principais atores do drama, inclusive com acesso pessoal direto ao próprio Khalid, o autor-jornalista conta a história do Hamás, ao longo de uma década de ataques de homens-bomba, disputas políticas internas, mas com sempre crescente apoio popular que culminaria na batalha por Gaza, em 2007 e levaria à situação política que a Palestina vive hoje.
É livro importante, sobre um dos pontos mais sensíveis e turbulentos da história contemporânea. Mesmo assim, foi ignorado na Inglaterra. Depois de duas resenhas muito elogiosas publicadas na London Review of Books e no Times Literary Supplement – ninguém mais voltou a falar do livro.
O diretor da editora Quartet Books, Naim Attallah, chegou a entrar em contato direto com os jornalistas editores dos suplementos literários de todos os principais jornais e revistas ingleses. A maioria respondeu que não tinha planos de publicar resenhas do livro, ou qquer comentário. A equipe de venda e divulgação da própria editora informou que algumas livrarias não aceitavam o livro nem para exibir nem para estocar.
Attallah então redigiu um press release no qual acusou todo o establishment crítico-literário inglês de estar "usando tática silenciosa para censurar o livro e impedir sua livre divulgação", sobretudo depois de o Hamás ter sido "rotulado como 'organização terrorista', mesmo sem ter qualquer chance de expor suas ideias, chance que lhe caberia, por direito, em qualquer debate democrático".
E acrescentou: "Quem deseje paz no Oriente Médio deve reconhecer que o Hamás é parte essencial de qualquer movimento que vise a algum acordo de paz. Nenhuma negociação terá qualquer progresso, se não ouvir o Hamás."
É difícil saber dos motivos que paralisaram as redações inglesas. Seja como for, o establishment literário inglês deve algumas explicações. Em geral, parece estar em surto de aversão a qualquer tipo de discussão política. O Hamás foi declarado "organização terrorista". Portanto, ninguém cogita de comentar livro sobre "organização terrorista" e expor-se, também o editor, a críticas.
Além do mais, algum comentário também poderia despertar a ira das organizações que apoiam Israel – o que também exigiria respostas.
Em tempo de orçamentos curtos e cortes de pessoal em todas as redações, nenhum editor de jornal ou revista sentir-se-á tentado a provocar polêmica. A história dos tempos que vivemos parece não valer o risco – se se pensa, como parece que tantos pensam, mais em salvar jornalistas e redações do que informação e fatos.
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"Kill Khaled": Por que tantos têm tanto medo desse livro? [21/7/2009, The First Post (Tradução Coletivo Política para Todos)]
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O mais engraçado é que o PSDB liga pro Renan e pede pra ele não entrar com ação contra Virgílio, e a imprensa repercute que nem doida hoje, a devolução parcial do salário do fantasma de Vrigílio. O Virgílio é que nem o Sarney, não é uma pessoa comum, ele rouba dinheiro público com funcionário fantasma mas depois devolve! Eu quero ter essa chance também!
A coisa era tão escancarada que o Maílson, numa entrevista a revista playboy, disse que foi sabatinado pelo R.Marinho antes de ser anunciado oficialmente como ministro da Fazenda. Abs
Perfeito Nassif!
Em 2005, à época do mensalão estampado nas manchetes dos jornais, o senador Arthur virgilio Neto (PSDB) - como sempre o “exemplo” da transparência, criticava e exigia explicações de onde o amigo do presidente Lula teria conseguido dinheiro para pagar contas particulares do presidente da república.
E agora? Não seria o caso do defensor da transparência dizer de onde os amigos dele tiraram dinheiro para pagar Agaciel? Simplesmente esse senador não merece crédito e muito menos quem o tem como líder partidário.
Nassif, bom dia. É o reino da hipocrisia mesmo. A mídia em geral tem dado destaque ao inquérito da PF que, diga-se, não é contra Sarney. Caiu na rede por conta das interceptações de outros alvos. Interessante mencionar que não há qualquer conversa relevante criminal e administrativamente contra o senador, isto a se considerar o que “vazou” para a imprensa. Aliás, ô terrinha de vazamentos. CRIME! Isso é crime. Vazar conteúdo de interceptações(funcionário público), dar divulgação(imprensa), é tudo crime. Estranho mesmo é ninguém questionar esses vazamentos, nem os arautos dos direitos e guardiães da constitucionalidade. E o pior é vazar seletivamente. Mais que óbvio, não há que se defender o indefensável, mas….Sarney está sozinho ? Claro que não. Tratam-nos por retardados. E é o que somos mesmo. Alienados inertes, caso contrário não estariam essas “vestais” por lá. Observo claramente o que há por detrás deste “golpismo branco”. Já perceberam que Lula é imbatível e Serra naufragou com os resultados de sua “j-estão” e seu jeitinho nada angelical. Na eleição nacional Lula elege poste. Não se espantem se vierem factóides e mais factóides, crises e mais crises na sequência. Desta feita tentarão de tudo para associar a imagem do Presidente operário às práticas sujas da política tupiniquim. Tudo mira em 2010. Muito, mas muito mesmo, petróleo(pré-sal). Conversei com um geólogo da Petrobrás recentemente e disse-me que somente do que já foi mapeado há 22 vezes o PIB americano em petróleo. Nióbio e urânio em abundância, além de água, muitíssima ãgua potável. A cobiça é grande. Que o diga Mangabeira, outra vez passeando na américa(?). Será que foi comprar outro guarda-chuva? Abs.