sexta-feira, maio 12, 2006

TODA A MINHA SOLIDARIEDADE AOS COMPANHEIROS DA CUT!

Quantos jornais cassarem, tantos jornais a gente refará. No pasarán!
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Umas idéias, pra ajudar na luta da CUT

A simples idéia de que o PT ainda não tem candidato formal basta, formalmente, para esvaziar qualquer denúncia de que alguém esteja fazendo propaganda eleitoral antecipada e ilegal... pra um candidato que não existe. Se quisesse, o TSE teria bom fundamento jurídico, formal, legal e perfeito para esquecer, para sempre, esse conversê do PSDB. Não pode haver propaganda eleitoral, se não há candidato. É claro.

O PSDB, contudo, JÁ TEM CANDIDATO, posto que o governador Alckmin já deixou o governo do Estado, especificamente para candidatar-se. Isso é oficial. Porque, se não fosse para candidatar-se, a desincompatibilização não seria desincompatibilização e seria renúncia ou abandono de cargo eletivo (o que é regido por lei). Se quisesse, o TSE teria bom fundamento jurídico, formal, legal e perfeito, para ACATAR todas as denúncias do PT, de que o PSDB está, sim, fazendo propaganda eleitoral antecipada e ilegal (e há muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito tempo). Nesse caso, sim, há candidato, assim autodeclarado e reconhecido, mesmo que a candidatura ainda não esteja formalizada.

Essa luta, que está em curso, só se entende, mesmo, se a olharmos do ponto de vista histórico.

Não se trata de "lei"

Não se trata de "lei". Trata-se de dar uso político a uma legislação cujos termos, meios, instrumentos e agentes estão, todos, inscritos na mesma história de longo curso, que está TOTALMENTE em andamento e em disputa, ainda em 2006.

A lei, no Brasil, também é, ainda, a lei das elites. Assim como a mídia-empresa ainda é a mídia-empresa das elites. Assim como a universidade ainda é a universidade das elites. Tudo farinha do mesmo saco histórico que foi montado pela ditadura, durante a ditadura e para a ditadura.

Tantos jornais a CUT fizer, tantos serão cassados. Nem interessa o que o jornal publique. Interessa que seja a CUT a publicá-lo, com Lula; e o PSDB-PFL a pedir a cassação do jornal, contra Lula.

Estamos, sim, ainda, sob a lei da ditadura

Os jornais-empresas tb são os mesmos. E a universidade udenista também é a mesma. E até os personagens são os mesmos.

Onde e quando o General Meira Mattos, aos 92 anos, apareça ainda, em 2006, como colunista da Folha de S.Paulo, a pedir votos para os tucanos-pefelistas, é evidente que a nossa ÚNICA conquista, em 50 anos, foram as eleições diretas para presidente da República. Ainda nos falta construir praticamente TODA a democracia brasileira.

Só temos, pra fazer isso, um presidente popular eleito, o presidente Lula. Não interessa que pareça pouco ou que pareça muito: é tudo o que conseguimos salvar, em 50 anos de golpe e de ditadura, se não ditadura formal, sim, sem dúvida, ditadura de fato.

Do Ministro José Dirceu: "O presidente Lula é uma relíquia do Brasil."

Quanta razão tem o Ministro José Dirceu, quando lembra -- e impede que esqueçamos -- que "o presidente Lula é uma relíquia do Brasil"! É uma relíquia, um trunfo e uma arma. Até agora, só o Ministro Dirceu soube dizer isso, com todas as letras e completa clareza sobre o passado e sobre o futuro.

O Ministro Dirceu, também, é uma relíquia do Brasil. Também é um trunfo e também é uma arma. Por isso o Ministro Jose Dirceu foi tão brutalmente atingido. Toda a democracia brasileira deve hoje muito mais ao Ministro Dirceu, do que o Ministro Dirceu deve a alguém, hoje, no Brasil. Essa é uma dívida que o Brasil (mais do que o PT, mas também o PT) terá de resgatar, mais dia menos dia.

Dirceu será presidente da República. Então e aí, sim, um ciclo se completará, na história curta.

A CUT também é uma relíquia do Brasil.

A CUT também é uma relíquia do Brasil. É uma relíquia, um trunfo e uma arma. Por isso é agredida, ainda, pelas forças que sempre atrasaram o Brasil. Ao mesmo tempo, é por isso também que, afinal, a CUT está oficialmente reconhecida, por ato do presidente Lula, como a entidade de representação do trabalho que é, há tanto tempo, no Brasil. A história avança sempre lentamente.

"Lenta e gradual", para nós. "Segura", só pra eles!

A cassação de um jornal da CUT, em 2006, sob o pretexto oco de que estaria fazendo campanha eleitoral antecipada para candidato que não existe, AINDA é resultado, afinal, da tal abertura "lenta, gradual e segura" que o general Geisel construiu e implantou lentamente e gradualmente. Uma abertura que foi lenta e gradual para nós, mas só foi segura, mesmo, para os objetivos e agentes da própria ditadura.

Depois, na seqüência sempre gradual e lenta para todos, e segura só pra eles -- não pra NÓS --, FHC deu à mesma ditadura, uns ares de 'sociologia' uspeana, como se a simples organização em partido, dos restos ainda vivos de uma ditadura + os restos já semimortos de uma sociologia colonizante já capenga + os restos praticamente mortos de uma universidade rendida... bastassem para fazer uma democracia. Não bastaram. Não bastam. E jamais bastarão.

Em 50 anos de história que o General Meira Mattos e eu assistimos, de campos opostos, a ÚNICA novidade é Lula eleito.
A fuzilaria 'midiática' e 'sociológica' (e brucutu) que o presidente Lula está enfrentando é prova disso -- se eu ou o general Meira Mattos precisássemos de alguma prova, e não precisamos.

Novos tempos, afinal

Lula REELEITO poderá ser o começo, afinal, de novos tempos. Sem fantasias tolas. Será, sim, um primeiro passo de algum recomeço. A história avança lentamente.

A reeleição de Lula, por isso, é MUITO MAIS IMPORTANTE, para nós e para o General Meira Mattos, por motivos opostos, do que foi a eleição de Lula.

Com a reeleição de Lula, talvez o Brasil consiga, afinal, começar a livrar-se, mais consistentemente, da (sempre a mesma) ditadura das (sempre as mesmas) elites brasileiras que, em 1964, acabaram com a democracia brasileira, com um futuro de soberania para o Brasil, com a mídia brasileira, com a universidade brasileira e com uma geração inteira de brasileiros (somando-se aí os mortos, os desaparecidos, os enlouquecidos, os capados e os burrificados).

"Vocês se preparem!"

Essa é a luta que ainda temos de lutar, palmo a palmo, todos os dias. Quem pensou que fosse uma festa, não entendeu nada.

A frase do Presidente Lula, para o PT, na reunião nacional, não me sai da cabeça: "Nós vamos ter um enfrentamento grave. Vocês se preparem."

É disso que se trata.

Caia Fittipaldi (maio de 2006)
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11/05/2006 - TSE volta a censurar jornal da CUT

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) voltou a censurar a CUT (Central Única dos Trabalhadores), ao impedir que divulgue material josrnalístico favorável ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nesta quinta-feira (11), o Tribunal acatou pedido de liminar do PSDB, segundo o qual o jornal editado pela CUT (em comeração ao 1º de Maio) fazia "campanha antecipada" de Lula, embora o presidente ainda não tenha decidido se é ou não candidato à reeleição.
No despacho, o TSE não só proibiu a distribuição do jornal, como proíbe a exibição na internet e a publicação de qualquer outra edição neste sentido.
O "crime" da CUT foi publicar uma entrevista com o presidente paulista da entidade, Edílson de Paula Oliveira, em que ele relata os avanços do governo Lula e faz um balanço dos 12 anos da gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) à frente do governo do Estado de São Paulo.
Esta é a segunda vez em que a CUT é proibida de manifestar sua opinião pelo TSE. No mês passado, um outro jornal, com críticas a Alckmin, já havia sido censurado.
11/05/2006 - Justiça Eleitoral usa dois pesos e duas medidas, diz Campos
O secretário-adjunto de Comunicação do PT, Francisco Campos, considerou estranha a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que, pela segunda vez, concedeu liminar ao PSDB, suspendendo as inserções nacionais do PT no rádio e na TV veiculadas no último dia 9.

Após a primeira decisão, referente às peças publicitárias veiculadas no dia 18 de abril, o partido modificou o conteúdo das inserções - consideradas como propaganda eleitoral antecipada -, mas, novamente, o mesmo juiz Ari Pargendler, decidiu por sua suspensão.

“Em respeito a uma decisão já tomada pela Justiça, nós modificamos as inserções, tirando do ar os comparativos entre governos e as referências ao presidente da República, mesmo não concordando que se tratava de campanha eleitoral antecipada. Nós achamos que a Justiça está tendo dois pesos e duas medidas, uma vez que o pré-candidato Geraldo Alckmin aparece nas inserções do PSDB, e a Justiça não entende como pré-campanha”, afirma Campos.

Segundo o dirigente petista, a suspensão dos programas do PT causa ao partido prejuízos irreparáveis. “Em todo o caso, nós vamos novamente cumprir a decisão da Justiça Eleitoral e vamos substituir por outros”, afirmou.

A assessoria jurídica do partido anunciou que adotará todas as medidas legais para tentar reverter a decisão judicial.