Uma merda de reportagem
A TV BRASIL exibiu no programa “Caminhos da Reportagem” uma merda de reportagem sobre o plebiscito no Pará.
Reportagem cheia de rodeios e zero de informação relevante sobre o assunto.
São os limites da TV BRASIL.
Interessante observar como o programa comprou a tese de que os problemas estruturais das cidades do sul, leste e oeste do Pará existe por conta das grandes distâncias no estado.
Bastaria o repórter visitar a periferia de Belém para encontrar os mesmos problemas.
Desde a abertura dos grandes garimpos e da expansão dos grandes projetos de mineração o Pará se transformou num sub-estado, devastado pelo poder de grandes corporações e bandidos fora da lei.
Nada dessa história recente foi mostrada com o viés necessário para confrontar interesses de empresas como a Vale, Alcoa... e o modelo de desenvolvimento baseado no saque e na destruição.
A divisão, caso aconteça, vai apenas fortalecer ainda mais o poder desse modelo.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
TRE prevê resultado de plebiscito para as 22h
Já está em ritmo acelerado a preparação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para o plebiscito, no dia 11 de dezembro, que consultará a população sobre a criação dos Estados do Carajás e Tapajós. Segundo o TRE, 4.846.659 eleitores devem comparecer às urnas e exercer o direito ao voto.
Segundo o presidente do TRE, desembargador Ricardo Nunes, as urnas que estavam no galpão da instituição e atenderão às zonas no interior do Estado já começaram a ser transportadas. Até o final da semana todas devem estar nos locais onde serão feitos testes de funcionamento e também o processo de inserção do sistema de eleitores e votação. Depois, as urnas serão lacradas e enviadas às seções eleitorais. A expectativa é de que até o final do dia 9 de dezembro todos os aproximadamente 15.700 equipamentos que serão utilizados já estejam nos locais de votação.
EXPECTATIVA
Ainda não há estimativa oficial do término da apuração de votos, pois segundo o presidente do TRE, esse será o primeiro processo eleitoral realizado fora de outubro. “Sabemos que a geografia do Estado muda bastante de acordo com o período do ano. Algumas regiões têm mais chuvas, outras menos, por isso não temos certeza das condições que encontraremos”, afirmou. Mesmo assim, a expectativa é de que até o final do dia, no máximo por volta de 22h, seja concluída a contagem. “O quanto antes encerrarmos, melhor”, destacou.
O desembargador afirmou ainda que o processo está seguindo o cronograma definido e que a maior preocupação é com o comparecimento dos eleitores. “O plebiscito é também uma eleição, que decidirá não apenas o futuro dos próximos quatro anos, mas sim o destino de todo um Estado. Por isso é importante que todos reflitam e não deixem de votar”, frisou.
Diferente dos outros processos eleitorais, no plebiscito não haverá votação nos presídios. “É difícil atingir a cota mínima de presos porque o número de detentos é variável e se torna impossível manter um cadastro certo. Além disso, recrutar mesários que fiquem nessas seções também é complicado”, afirmou.
O recrutamento de mesários voluntários é outra questão que possivelmente também não ocorrerá. A preferência será por cidadãos já cadastrados junto ao Tribunal. Caso seja necessário mais pessoas, o TRE abrirá convocação de voluntários.
SEGURANÇA
Segundo solicitação do Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup), 16 municípios paraenses terão presença das Forças Armadas durante o processo eleitoral. São eles: Santarém, Óbidos, Oriximiná, Monte Alegre, Juruti, Alenquer, Marabá, Redenção, Ourilândia, Tucumã, São Felix do Xingu, Santana do Araguaia, Altamira, Anapu, Pacajá e Brasil Novo. O efetivo de homens e a data de envio das tropas aos locais dependerão do planejamento do Exército. O objetivo é evitar conflitos durante a votação. (Diário do Pará)