A polícia é dos ricos.
A riqueza é dos pobres.
Sem o trabalho a riqueza não existe.
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Polícia dispersa acampamento de protesto em Wall Street
A riqueza é dos pobres.
Sem o trabalho a riqueza não existe.
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Polícia dispersa acampamento de protesto em Wall Street
BBC Brasil - Vídeos e Fotos -
Assista:
Polícia entrou no acampamento e expulsou manifestantes em Wall Street
A polícia invadiu a praça Zuccotti de Nova York a 1h no horário local, quando muitos manifestantes estavam dormindo.
O movimento de Wall Street inspirou acampamentos em diversas cidades do mundo. Na segunda-feira, a polícia no Estado da Califórnia também acabou com um protesto semelhante em Oakland.
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15 de novembro, 2011 -
Após expulsão, 'indignados' prometem mais protestos nos EUA
Horas após serem expulsos pela polícia de Nova York da praça onde estavam acampados havia dois meses, manifestantes do movimento Ocupem Wall Street convocaram novos protestos e uma assembleia geral a ser realizada em outra parte de Manhattan.
O movimento, que virou símbolo da indignação nos países ricos contra o establishment econômico e que tem adeptos em mais de 80 países, prometeu não arrefecer a sua luta após ações policiais que desfizeram acampamentos em Nova York e Oakland, Califórnia.
Líderes do movimento, também conhecido como "EUA 99%" - em referência aos 99% da população que supostamente vivem sob o jugo do interesse econômico do 1% mais rico da pirâmide social -, afirmam que as batidas podem expulsar fisicamente os manifestantes de seus acampamentos, mas não podem eliminar "uma ideia cuja hora chegou".
"Ocupem Wall Street se tornou um símbolo nacional e mesmo internacional. Um crescente movimento popular alterou significativamente a narrativa nacional sobre nossa economia, nossa democracia e nosso futuro", afirmaram os porta-vozes.
Expulsão
A ação da polícia foi registrada por webcams que transmitiram ao vivo a operação, que começou à 1h da manhã no horário local (4h no horário de Brasília).
Policiais da unidade de choque bloquearam as entradas do parque e cercaram o acampamento, onde estima-se que havia 200 pessoas. Eles deram ordens aos manifestantes de "remover imediatamente toda propriedade privada" do local.
As autoridades dizem que os manifestantes podem protestar desde que não acampem na praça. A assessoria do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, instruiu o movimento a "deixar temporariamente" o parque.
"A cidade determinou que a ocupação continuada do parque Zuccotti representa uma ameaça crescente à saúde e à segurança contra incêndios", justificou a polícia nova-iorquina.
Houve pelo menos 15 prisões e, segundo os manifestantes, a polícia usou gás lacrimogêneo. Helicópteros sobrevoaram o local em apoio aos policiais no chão.
Em Oakland, na Califórnia, a polícia fez uma batida para remover outro acampamento do movimento "EUA 99%".
A operação terminou com a prisão de 33 pessoas. Outros 50 manifestantes foram detidos em Portland, no Estado do Oregon, e outros 30 foram presos em St. Louis, no Estado de Missouri. Também houve operações policiais em Vermont.
Movimento mundial
O movimento dos indignados, inspirado nos levantes da Primavera Árabe e nos acampamentos contra o sistema econômico na Espanha, reivindica uma distribuição mais equitativa da riqueza econômica.
Os primeiros protestos do tipo começaram em maio, em Madri, quando centenas de pessoas tomaram a praça Puerta del Sol para mostrar seu descontentamento com os altos índices de desemprego da Espanha e com o que chamam de forte influência das instituições financeiras sobre as decisões políticas.
No último sábado, a exemplo do que aconteceu em meados de outubro, dezenas de milhares de pessoas engrossaram passeatas pedindo uma "iniciativa global por mudança" não apenas em Nova York, mas diversas cidades americanas, europeias e asiáticas, incluindo Londres, Frankfurt, Berlim, Estocolmo, Madri, Roma, Sydney e Hong Kong.
O movimento diz que passeatas sob sua bandeira foram realizadas em 80 países. Houve incidentes em Roma.
Na Grã-Bretanha, cerca de 2 mil participantes do movimento Ocupem Londres estão acampadas há um mês em frente à catedral de St Paul’s, um dos cartões postais londrinos e locais de maior interesse turístico na cidade.