quinta-feira, dezembro 29, 2005
PF diz que documento sobre caixa 2 do PSDB em Minas é autêntico
SÃO PAULO - O laudo do Instituto Nacional de Criminalística comprova a autenticidade do documento de três páginas que relata um suposto caixa dois de R$ 91,5 milhões durante a campanha de reeleição ao governo de Minas Gerais do hoje senador tucano Eduardo Azeredo, em 1998.
O documento, de 7 de junho de 2005, traz rubricas e assinatura, com firma reconhecida, de Cláudio Roberto Mourão da Silveira, tesoureiro da campanha. Os papéis foram entregues à Polícia Federal pelo lobista mineiro Nilton Monteiro e apontam que cerca de R$ 100 milhões teriam sido arrecadados. Deste montante, apenas R$ 8,5 milhões foram declarados ao Tribunal Reginal Eleitoral.
De acordo com o jornal, o dinheiro teria beneficiado Azeredo, que teria recebido R$ 4,5 milhões, e pelo menos 124 candidatos de outros partidos. "Foram arrecadados para a campanha, em 1998, mais de R$ 100 milhões, no decorrer da gestão final do governo de Eduardo Brandão Azeredo. Destes recursos, só as empresas SMPB e DNA movimentaram R$ 53.879.396,86", diz o documento.
Segundo a suposta contabilidade, diz o jornal, oito órgãos da administração indireta e um da direta colaboraram com R$ 12,6 milhões para um evento da SMPB, mas apenas uma parcela teria sido gasta com este fim. A maior parte do dinheiro teria sido "repassada à campanha por mio do [Banco] Rural e do Banco de Crédito Nacional".
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