quarta-feira, dezembro 28, 2005
Pachamama, mãe da terra, a nossa Mama Grande, de todos os latino-americanos.
por Caia Fittipaldi
Em homenagem ao presidente Evo Morales, mando aí pra vc conhecerem, essa imagem, como homenagem minha, nessa passagem de ano, também à Pachamama, mãe da terra, a nossa Mama Grande, de todos os latino-americanos.
É um desenho milenar e, que eu saiba, foi encontrado gravado numa pedra, junto do Lago Titicaca, onde sempre viveram os aimarás, e onde nasceu e criou-se o presidente Evo Morales (a primeira língua dele é o quechua; ele só aprendeu espanhol na escola).
Prôs aimaras, é uma figuração do movimento de roteação das plantações, importante para preservar a fertilidade da terra onde plantam, há milênios. Os livros de antropologia garantem que são duas cobras 'complementares', como o Yin-Iang dos chineses (e a figurinha chamar-se-ia "Las Serpientes", com presas de veneno e tudo). Não me responsabilizo por essa versão. É claro que essa imagem é isso tudo, e é muito mais.
Eu gosto, sobretudo, dos olhos, tão abertos e atentos. E da idéia de barco (com vela e balanço) que há lá.
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Vejam também como serão as três posses simbólicas do presidente Evo Morales, da Bolívia, na ordem em que acontecerão:
- primeiro, ele tomará posse em Tiwanacu, no espaço simbólico dos aimara, dia 21/1/2006;
- segundo, tomará posse na Plaza de San Francisco, no espaço simbólico dos movimentos populares que o elegeram; dia 22/1/2006, no início da tarde;
- terceiro, no Congresso, em La Paz, a posse formal, no espaço simbólico do mundo dos colonizadores, como chefe de Estado da Bolívia; dia 22/1/2006, no final da tarde.
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28/12/2005 - 19h06. “Evo Morales fará juramento presidencial três vezes na Bolívia” [matéria de Carlos Alberto Quiroga, de La Paz], na Internet, em http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2005/12/28/ult729u53132.jhtm
LA PAZ (Reuters) - O líder cocalero Evo Morales fará três vezes o juramento presidencial, em cerimônias diferentes, confirmaram quarta-feira seus aliados. Morales chegou à presidência da Bolívia com uma vitória folgada nas eleições de 18 de dezembro.
O primeiro presidente indígena do país mais pobre da América do Sul assumirá formalmente o cargo em um ato na sede do governo, em La Paz, na tarde de domingo, 22 de janeiro, diante de vários chefes de Estado e outros convidados. Porém, antes e depois dessa cerimônia, haverá outros juramentos.
Alex Contreras, porta-voz de Morales, disse à Reuters que o futuro presidente irá ao vilarejo arqueológico de Tiwanacu, 70 quilômetros a oeste de La Paz, na região aymara próxima ao lago Titicaca, em 21 de janeiro. No local, receberá o poder simbolicamente dos povos originários da região.
O líder cocalero nasceu e cresceu na comunidade de Orinoca, no altiplano boliviano, também de cultura aymara, situada a 400 quilômetros ao sul de La Paz. Ele desenvolveu suas atividades sindicais e políticas na região cocalera de Chapare, onde o quechua é o idioma nativo predominante.
"Na cerimônica de Tiwanacu se reafirmará o compromisso do governo Evo Moraes com os valores originais", afirmou Contreras.
FESTA POPULAR
Em 22 de janeiro, Morales percorrerá a pé os 500 metros que separam o Congresso e a Plaza de San Francisco, centro tradicional de festas e manifestações populares, onde fará o juramento presidencial diante dos movimentos sociais que apoiaram sua candidatura "antiimperialista".
"Será uma festa popular, até a segurança estará a cargo dos movimentos sociais, que estão organizando grupos especiais de mineiros e camponeses para cuidar do novo presidente", disse o porta-voz.
Contreras afirmou ainda que, diante dos líderes sociais, Morales jurará cumprir o programa de governo divulgado na campanha eleitoral, com destaque para a eleição de uma Assembléia Constituinte e a nacionalização dos hidrocarburetos.
Devem assistir à posse histórica de Morales a maioria dos presidentes da América do Sul e governantes de outras regiões, informou o chanceler Armando Loyaza.
Desde a vitória nas eleições, Morales tem feitos contatos intensos, e por enquanto bem-sucedidos, com vários setores bolivianos, incluindo a cúpula empresarial e o comitê cívico do distrito oriental de Santa Cruz.
Nessa região, tradicionalmente dominada pela direita, Morales foi aplaudido na terça-feira com um discurso conciliador, promessas de realizar um referendo sobre autonomias e impulsionar o megaprojeto siderúrgico do Mutun, no extremo sudestes do país.
Morales deve fazer uma viagem internacional antes da posse, começando por Cuba, em 30 de dezembro, onde ele será recebido pelo presidente cubano, Fidel Castro.
Até 13 de janeiro, visitará a Espanha, Holanda, França, Bélgica, China e África do Sul. A viagem termina no Brasil, onde Morales se encontrará com os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da Argentina, Ernesto Kirchner, e possivelmente o da Venezuela, Hugo Chávez.
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