O Ministério Público decidiu ontem investigar se há ligação entre a sociedade de Thomaz Alckmin, filho do ex-governador Geraldo Alckmin, com Suelyen Jia, filha do acupunturista do ex-governador, Jou Eel Jia, e os convênios do médico com o governo do Estado, informou o jornal O Globo.
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O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, iniciou na semana passada investigações para saber se há participação direta de Alckmin nos acordos publicitários entre duas estatais e a revista Ch¿an Tão, da Associação de Medicina Tradicional Chinesa, presidida pelo médico chinês. A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) teria pago R$ 120 mil por dois anúncios na revista. A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) também publicou anúncio, mas não divulgou o valor gasto. A Ch¿an Tao publicou entrevista de nove páginas com o então governador.
Jou tem também convênios com o governo do Estado, todos para ministrar cursos da técnica de meditação chinesa conhecida como Li¿en Chi. Em um projeto, o governo gastou R$ 1,044 milhão. A Secretaria de Educação afirma que a despesa foi com diárias e transporte. O governo e o médico dizem que não há remuneração para Jou.
Escritório invadido
O corregedor da Assembléia Legislativa de São Paulo, Romeu Tuma Júnior (PMDB), teve seu escritório político invadido no fim de semana. Segundo ele, foram levados documentos, muitos deles referentes às investigações sobre supostas irregularidades no governo Geraldo Alckmin. Tuma Júnior é o autor das duas representações que geraram as investigações pelo Ministério Público sobre o ex-governador e a ex-primeira dama Lu Alckmin, e também de um pedido de CPI sobre as propagandas do governo.
Segundo o jornal , Tuma Júnior disse que foi avisado de que seus telefones estão grampeados e já pediu uma perícia ao Instituto de Criminalística.
Redação Terra