quinta-feira, abril 20, 2006
E SE OS TUCANOS TIVESSEM CONSEGUIDO VENDER A PETROBRAS ???
Auto-suficiente, Petrobras terá superávit de US$ 3 bi
A entrada em operação da plataforma P-50, da Petrobras, amanhã, na Bacia de Campos, marca o fim dos déficit comerciais do país no setor de petróleo. A auto-suficiência significará superávit de US$ 3 bilhões em 2006, entre exportações e importações de petróleo e derivados, segundo estimativas do diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa. Em 2005, a Petrobras teve superávit de US$ 126 milhões, mas em 2004 o déficit alcançou US$ 3,2 bilhões. Com a auto-suficiência, o Brasil também passa a ter, de forma sustentada, garantia no fornecimento de óleo em volume superior à demanda. Quando a P-50 estiver a plena carga, a produção de petróleo vai superar, entre 5% e 10%, o volume consumido hoje. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, estima um crescimento de 2,8% no mercado brasileiro até 2010. Isso é menos do que o aumento da produção de petróleo, que crescerá cerca de 7% ao ano no período. Com isso, a estatal se tornará exportadora líquida de petróleo até que, em 2011, entre em operação uma de suas novas refinarias. "Vamos exportar o excedente no primeiro momento, quando seremos um produtor importante de petróleo pesado", ressaltou Gabrielli.Ao atingir a marca de 1,9 milhão de barris/dia - meta prevista com a entrada em operação da P-50 - a Petrobras terá "um nível de produção que garante um fluxo de caixa mais que suficiente para financiar todo seu investimento, fato inédito na companhia, que no passado sempre correu atrás de financiamentos", destacou Barbassa, que administra um programa de investimentos de R$ 38 bilhões somente para este ano.
Seminário sobre biodiesel no Paraná
O Coordenador do Programa Nacional de Biodiesel do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Arnoldo de Campos, participa hoje, em Francisco Beltrão, do Seminário Sustentabilidade Ambiental e Geração de Renda. A partir de janeiro de 2008, passa a ser obrigatória a adição de biocombustível no óleo diesel, na proporção de 2%. A medida cria um mercado consumidor que começa com uma demanda aproximada de 1 bilhão de litros por ano. Arnoldo Campos vai abordar em sua palestra que o Paraná, um grande produtor de oleaginosas e também um dos maiores consumidores de diesel no Brasil, tem condições de produzir para o consumo interno e também para exportar para outros estados. O evento ocorre na Avenida General Osório, 500, das 9 às 17 horas.
Petróleo segue em alta e passa de US$ 72
O petróleo bruto subiu e atingiu o preço recorde de US$ 72,40 o barril em Nova York após o Departamento de Energia dos Estados Unidos divulgar que os estoques de petróleo e gasolina do setor privado do país recuaram.Os estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos registraram queda de 806 mil barris, passando a totalizar 345,2 milhões na semana passada.Já os estoques norte-americanos de gasolina tiveram queda de 5,4 milhões de barris, num momento em que as refinarias encerraram a manutenção de suas unidades antes dos meses de verão no país, quando a demanda pelo combustível alcança seu pico."Levou algum tempo, mas o mercado agora está se pautando pelas estatísticas", disse Justin Fohsz, corretor da Starsupply Petroleum."Tentamos encampar as estatísticas desde que elas passaram a ser divulgadas, mas fracassamos, o que fez o pessoal ficar um pouco receoso. O receio a respeito da oferta de gasolina e dos preços está influindo sobre a situação."O petróleo bruto para entrega em maio subiu 1,2%, passando a valer US$ 72,17 o barril no fechamento do pregão da Bolsa de Nova York.A cotação do petróleo chegou a alcançar US$ 72,40 durante o dia, um recorde para o preço intradiário. Em relação a um ano atrás, os preços do petróleo registram alta de 38%.O barril do tipo Brent, negociado em Londres, fechou a US$ 73,73, em alta de 1,7%.Apesar de o petróleo estar batendo recordes nominais, o combustível teve seu maior preço real (descontados os efeitos da inflação) no final dos anos 1970, quando chegou a cerca de US$ 90 em valores de hoje.Anteontem, o petróleo também havia batido recorde, após o presidente norte-americano George W. Bush ter dito que "todas as opções estão na mesa" para impedir o Irã, o quarto maior produtor mundial de petróleo, de desenvolver armas nucleares.