segunda-feira, novembro 21, 2005



LULA É MUITOS,
E TEM HISTÓRIA






GAROTINHOS FAZEM
PASSEATA DE ALUGUEL NO RIO

“Cara, que saco,

isso vai demorar a tarde toda.”


Passeata pede impeachment
A orla da zona sul do Rio de Janeiro foi o local escolhido para protestar contra Lula

A filha do casal Garotinho, Clarissa Matheus, liderou ontem uma passeata pela orla da zona sul do Rio para pedir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A estimativa de público divulgada pelo comando do 19º Batalhão da Polícia Militar, subordinado à governadora Rosinha Garotinho (PMDB), mãe de Clarissa, foi a mesma anunciada por ela do alto do carro de som: 3 mil pessoas. Letras de músicas repetidas exaustivamente durante o trajeto, do Posto 2, no Leme, ao Posto 11, no Leblon, ironizavam denúncias de corrupção que envolvem o governo e a suposta predileção do presidente Lula por cachaça, além de defender a cassação do deputado José Dirceu (PT). “É o movimento Fora-Lula, que agora vai chegar a outros Estados. Não temos medo de pedir o impeachment do presidente, que afundou o País num mar de lama e corrupção”, disse Clarissa, com a cara pintada de verde e amarelo.
LISTA - Pessoas com camisetas do PMDB recolhiam assinaturas numa lista de presença cujo título era Passeata da Juventude. Um dos responsáveis pelas listas, que se identificou como coordenador do partido na área da Leopoldina, Carlos Eduardo Góes, disse que objetivo era “organizar a saída” de militantes. “A gente precisa saber se está todo mundo aqui para voltar sem problema.”A reportagem perguntou a Clarissa se a lista de presença é uma prática comum em passeatas organizadas por ela. “Não sei que lista é essa. A Juventude do PMDB é muito grande, pode ter sido uma atitude isolada.”Músicas tinham como base marchas de carnaval e jingles de campanhas petistas: “Lula lá, te dei meu voto para fazer o Brasil mudar, agora eu quero o seu impeachment já”; “Nosso País ainda tem jeito: Lula, rala peito”; “Impeachment para acabar com a regalia, a pizzaria, a corrupção e o mensalão.”
PMDB - Ainda no Posto 5, uma das participantes, de cerca de 20 anos, reclamava com a amiga de ter que ir até o Posto 11. “Cara, que saco, isso vai demorar a tarde toda.” O repórter se identificou e perguntou o que ela fazia ali: “Sou da Juventude do PMDB, é um ato para conscientizar o povo.” Apesar de a organização afirmar que se tratava de “movimento plural”, cartaz preso no carro de som fazia referência direta à disputa entre os governo estadual e federal. “10 meses sem verba do governo federal para a estação (do metrô) Cantagalo, em Copacabana.” Logo abaixo, a assinatura do desconhecido Núcleo Socialista Metroviário. Havia bandeiras de quatro partidos políticos: PMDB, PDT, PSC e PMN. Clarissa considerou “muito bom” o resultado do ato. No fim do percurso, discursava para cerca de 300 pessoas. (Rio - AE)

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