Na Folha de S.Paulo:
A tradução que a Folha de S.Paulo publicou ontem do artigo “The New ‘Brazil’s Wall Street’ Problem”, de Mark Weisbrot, é RIDÍCULA. Pode ser lida (mas não se recomenda) em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft3108201114.htm, e abaixo, cortada-colada para referência.
A tradução que a Folha de S.Paulo publicou ontem do artigo “The New ‘Brazil’s Wall Street’ Problem”, de Mark Weisbrot, é RIDÍCULA. Pode ser lida (mas não se recomenda) em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft3108201114.htm, e abaixo, cortada-colada para referência.
O original, em excelente inglês, pode ser lido em Counterpunch, hoje, em http://www.counterpunch.org/2011/09/01/brazils-wall-street-problem/
Na RIDÍCULA tradução publicada, há milhões de bobagens que DESTROEM o artigo, a maioria das quais são de responsabilidade exclusiva da tradutora: a tradução é simplória, ginasiana, insuficiente – se não for mal-intencionada. Sobra, do argumento do autor, o que sobraria se alguém cometesse o tresloucado gesto de entregar Wittgeinstein para ser traduzido por D. Danuza Leão.
A mais INACREDITÁVEL das tolices traduzidas e publicadas é: “FHC presidiu sobre um fracasso econômico” (sic). No original lê-se “FHC presided over an economic failure”. A tradução que a FSP publicou está ERRADA.
A tradução correta é “FHC presidiu um fracasso econômico” – no sentido de “FHC presidiu PESSOALMENTE e DIRETAMENTE um fracasso econômico, que é o que o autor escreveu: que FHC presidiu um fracasso econômico.
É preciso haver uma coalizão de incompetências – tradutor incompetente e revisor incompetente – sob a regência de editor salafrário e publisher ou burro ou pirado, além de incompetente –, para que um jornal que é VENDIDO a consumidores publique tão completa imbecilidade quanto "FHC presidiu sobre um fracasso", como se o sacripanta fosse superior ao fracasso econômico [risos, risos, pq, francamente, é engraçadíssimo!] que o sacripanta PRESIDIU por oito anos!
Para publicar aquele mostrengo à guisa de tradução, aquela coalizão de incompetências tem de pressupor também que o autor do artigo seria perfeito idiota, alguém que escreveria que FHC seria alguma espécie de Virgem de Guadalupe pairando sobre o próprio governo, como se nada tivesse a ver com o fracasso que FHC, sim senhores, presidiu, com a ajuda da social-democracia brasileira & escória udenista golpista adjunta eternamente amancebada com o Grupo GAFE (Globo/Abril/Folha/Estadão) da facinorosa mídia-empresa brasileira.
E a mesma coalizão de incompetências tem de pressupor também que sejam idiotas todos os leitores-consumidores PAGANTES da Folha de S.Paulo.
Aquela coalizão de incompetências, portanto, que distribua jornal gratuito, feito folheto de propaganda de mãe-Dinás e material de propaganda eleitoral pelas esquinas, se querem publicar a asnice que lhes dê na telha. Mas nem tentem convencer alguém de que o que hoje impingem a consumidores pagantes seja jornalismo. Não é, sequer, subjornalismo. É lixo. Papel-tela sujo.
Os consumidores assinantes pagantes da Folha de S.Paulo exigem ser reembolsados da grana que pagaram para ler a Folha de S.Paulo.
Infelizmente, não há chance de melhorar: para o dia seguinte, hoje, por exemplo, a Folha de S.Paulo já ameaçava ontem: “Amanhã, em Mundo, Clóvis Rossi”. NINGUÉM MERECE! Até quando?!
PS. Mark Weisbrot é inimigo figadal de um inimigo figadal da razão, do bom-senso, da racionalidade, da informação confiável e da democracia universal, Reinaldo Azevedo, que não perde vez de ‘denunciá-lo’ como perigoso ‘chavista’ (por exemplo, em http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/tag/mark-weisbrot/).
É possível, portanto, que a Folha de S.Paulo, ao publicar esse tipo de tradução degradada do que Mark Weisbrot realmente escreva, esteja, sim, tentando enganar todos ao mesmo tempo: a Folha de S.Paulo finge que publica autores que manifestariam ‘o outro lado’; mas degrada de tal modo o que o autor escreve, que consegue que ‘o outro lado’ fique com cara do sempre mesmo e único lado, o lado da Folha de S.Paulo – que jamais é o lado da boa democracia civilizada.
Simultaneamente, dado que Reinaldo Azevedo espinafra autor publicado pela Folha de S.Paulo, tudo se passa(ria) como se Reinaldo de Azevedo e a Folha de S.Paulo fossem vozes de lados diferentes... quando são todos o mesmo, sempre o mesmo, lado: sujo, tresloucado, fascistizante, de desjornalismo acanalhado e acanalhante, sob diferentes máscaras de diferentes 'opiniões'. No máximo são vozes jornalísticas diferentes, da mesma opinião desjornalística e fascistizante.
A possibilidade de que, nessa coalizão de incompetentes e fascistas que militam no Grupo GAFE (Globo/Abril/Folha/Estadão), haja muitos incompetentes e/ou fascistas sinceros não melhora coisa alguma, em nada: nem por ser muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito sincero, algum fascista algum dia deixou de ser fascista.
O leitor consumidor pagante, que paga para ter acesso aos produtos dessa mídia-empresa – que se apresenta como mídia-empresa tecnicamente capaz e empresarialmente confiável, merecedora por isso da liberdade de manifestação que a lei lhe assegura, mas que, de fato, não passa de mídia-empresa de engambelamento da opinião pública –, é vítima desse golpe 'midiático' de 'dois lados' que são sempre o mesmo lado sujo, deseducativo, deformador, atrasante, emburrificador, alienante.
Quem sabe, um dia, o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) salva os brasileiros que pagamos para consumir jornalismo, desses "rogue" jornalistas, empresários e profissionais empregados?!
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Tradução publicada na Folha de S. Paulo, 31/8/2011 (em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft3108201114.htm só para assinantes e abaixo, cortada-colada para que todos vejam. Quem não ler, talvez não acredite!)
MARK WEISBROT
O problema "Wall Street" do Brasil
Tirando os interesses do setor financeiro, não há razões para sacrificar crescimento para reduzir a inflação |
A economia brasileira está crescendo mais devagar, mas o governo está reduzindo seus gastos para aumentar seu superavit primário, algo que pode desacelerar a economia ainda mais.
A produção industrial caiu 1,6% em junho, e a atividade econômica caiu pela primeira vez desde 2008.
Embora as cifras mensais sejam erráticas e não necessariamente indiquem qualquer tendência, o quadro maior provoca perguntas sobre se a política seguida pelo governo é apropriada, diante dos crescentes riscos e ventos contrários na economia global. Não me interprete mal. A política e os resultados econômicos do Brasil desde que Lula foi eleito, em 2002, têm tido uma melhora imensa em relação a FHC.
Este, que foi objeto de muito amor e afeto em Washington por ter implementado as políticas neoliberais do "Consenso de Washington", presidiu sobre um fracasso econômico. A economia cresceu meros 3,5% por pessoa durante seus oito anos. A performance de Lula foi imensamente melhor; com crescimento per capita de 23,5%, com um aumento real de 60% no salário mínimo e reduções consideráveis no desemprego e na pobreza, realmente não existe comparação. É provável que o mandato de Dilma tenha resultados ainda melhores.
Mas o Brasil tem um problema estrutural que é semelhante a um dos problemas maiores que temos nos EUA: o setor financeiro é grande demais e detém poder excessivo.
Como este setor não tem muito interesse no crescimento e desenvolvimento -é muito mais obcecado por seus próprios lucros e por minimizar a inflação-, seu controle sobre o Banco Central e a política macroeconômica impede o Brasil de realizar seu potencial. E o potencial do país é imenso: entre 1960-1980, a economia brasileira cresceu 123% por pessoa. Se o Brasil tivesse mantido esse ritmo de crescimento, os brasileiros hoje teriam padrões de vida europeus.
A inflação está em queda no Brasil no momento -nos últimos três meses foi de 4% ao ano, contra 7% no ano passado. Tirando os interesses estreitos do setor financeiro, não existem razões para sacrificar crescimento ou emprego para reduzir a inflação. O setor financeiro é também o maior vilão por trás da sobrevalorização do real, que está prejudicando a indústria e o setor manufatureiro brasileiros. O Banco Central combate a inflação elevando o valor do real, com isso barateando as importações. Mesmo quando o governo tenta puxar o real para baixo, a nível mais competitivo, o fato de o setor financeiro negociar com vários derivativos impede de fazê-lo.
Entre os anos 2002-2011, a Argentina cresceu 90%, o Peru, 77%, e o Brasil, 43%. Não há razão pela qual o Brasil não possa ter uma das economias de mais rápido crescimento da região, ou mesmo do mundo.
Nos últimos quatro anos, o setor financeiro do Brasil cresceu cerca de 50%, três vezes mais que o setor industrial. Hoje os salários dos gerentes de alto nível estão mais altos que os dos EUA.
Isto não é apenas um enorme desperdício de recursos -é muito mais destrutivo ainda devido à influência política desse setor.
Tradução de CLARA ALLAIN