sábado, abril 06, 2013
Videoentrevista: ex-embaixador do Brasil na Coréia do Norte
O embaixador Arnaldo Carrilho foi o primeiro embaixador do Brasil na Coréia do Norte e lá permaneceu até abril de 2012, depois de passar três anos no cargo. Como atento observador da realidade na Ásia e Oriente Médio, pois também atuou como embaixador na China Comunista e na Palestina, Carrilho traça um perfil daquele povo que, na última guerra com os norte-americanos, em 1953, perdeu 2,5 milhões de cidadãos. Quando ele foi indicado pelo presidente Lula, em 2009, um jornalista pernóstico decretou, do alto de seu preconceito: “Um louco para representar o Brasil diante de outro louco (referência ao presidente norte coreano da época, Kim Jong-il, pai do atual Kim Jong-un)”. Nesta entrevista a FC Leite Filho, do cafenapolitica.com.br, ele conta que a população está faminta e apela, nesta época de crise, aguçada com as sanções dos Estados Unidos, para a ração básica de acelga e nabo azedo. Não obstante, se trata de uma população permanentemente mobilizada e militarizada, com um exército regular de 1,5 milhão de soldados e todas as pessoas comuns adestradas no uso de fuzis e outros artefatos, além do arsenal nuclear, reconhecido internacionalmente. Primeira parte Sobre a capacidade bélica e atômica dos norte coreanos, Arnaldo Carrilho diz que eles têm capacidade de neutralizar militarmente a Coréia do Sul, o Japão e a Ilha Okinawa, onde se localiza a maior base aeronaval norte-americana e o porta-aviões Ronald Reagan, capaz de mandar pelos ares um quarto do território chinês. O embaixador conclui por apelar à diplomacia brasileira, que, com o seu novo poder de influência ditado pela formação dos BRICS – o bloco alternativo às grandes potências, formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – poderá ter voz ativa na diminuição das tensões que ameaçam a região e o mundo co uma hecatombe nuclear.
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Enviado por Arnaldo Carrilho