segunda-feira, agosto 09, 2010

vergonha de ser estadunidense





Brasil - Cultura e desportos
Sábado, 07 Agosto 2010 02:00
Aporrea- O afamado quadrinhista Robert Crumb afirmou hoje que sente vergonha de ser estadunidense, ao assegurar que seu país se tornou um estado corporativo fascista, "o pior do mundo".
070810_crumbCrumb, considerado o pai dos comics underground e um dos símbolos da contracultura das décadas de 1960 e 1970 do século passado, participa na oitava Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) -pequena cidade a uns 230 quilômetros do RIo de Janeiro, junto a mais de trinta escritores de 14 países.
Ao participar numa das oficinas da FLIP, Crumb asseverou que se Estados Unidos fosse uma de suas personagens, a ilustração não teria um aspecto muito agradável, segundo uma reportagem da estatal Agência Brasil.
"Teria uma cara feia, porque Estados Unidos tornou-se um estado corporativo fascista, o pior do mundo. Obama tem boas intenções, mas não acho que possa fazer muito para mudar as coisas por lá, devido a que os poderes e as potências que vêm governando aquele país desde faz tantos anos já são parte daquilo", sublinhou o afamado autor de histórias em quadrinhos.
Crumb, que vive em França com sua família faz quase vinte anos, qualificou como museu a exposição de suas ilustrações e indicou que "participar desta festa também é estranho. Ainda me vejo como um cartunista, que é sempre omitido pelo mundo literário, uma pessoa que não deve ser levada a sério".
Perguntei a um escritor brasileiro por que eles queriam minha presença aqui e me disse que era uma questão de negócio, já que as editoras estão vendo as histórias em quadrinhos como algo sério e viável, referiu Crumb, e acrescentou que apesar disso é difícil encontrar editoras que apostem nos quadrinhos.
Mesmo reconhecendo que atualmente exista um escopo comercial muito forte, Crumb -que levou às histórias em quadrinhos obras de Franz Kafka, Charles Bukowski e Philip K. Dick- estimou que algumas indústrias pequenas abrem espaço para os trabalhos independentes e originais.
Interrogado sobre a reprodução digital das histórias em quadrinhos, Crumb foi enfático: "sou um artista do século 20, uso caneta e gosto de papel. Não tenho nenhum interesse na tecnologia moderna".
A oitava FLIP, que homenageia o escritor Gilberto Freyre, concluirá no próximo domingo e além de Crumb destacam entre os convidados desta edição a chilena Isabel Allende, autora da reconhecida Casa dos espíritos, e seu esposo, o advogado estadunidense William Gordon, com The ugly awarf, sua última obra.
Não menos importante é a presença de Salman Rushdie, que apresentará seu livro Luka e o Fogo da Vida, inspirado no mundo dos videojogos.

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A propósito de Robert Crumb  
Dicas da Caia

Há zilhões de coisas pra ver, de R. Crumb, na Internet. Numa busca de um minuto, separei o que aqui vai:

“A short history of America”, Robert Crumb, em http://www.youtube.com/watch?v=3ym5n-ZZWUs&NR=1

“Stoned again. Lost Souls”, Robert Crumb, em
http://www.youtube.com/watch?v=mm4Gkz-bu_Q&feature=fvw  e
“O Laerte Braga pensando o mundo a partir dos jornais”, em
http://www.youtube.com/watch?v=JslHSUk3E6A&feature=related  e

“A Folha de S.Paulo, com editores brasileiros, na FLIP, tentando pregar Crumb na parede (Crumb sempre escapa)” em
http://www.youtube.com/watch?v=e4zaAiY5sTk&NR=1  e

“I’m the devil”, em
http://www.youtube.com/watch?v=lN5m_s4NhnQ&feature=related(especialmente dedicado ao pessoal ‘verde’ e metido a pacifista-de-livro, natureba eco-‘ético’ pró-ficha-limpa): "Mr. Natural"

Em
http://www.youtube.com/watch?v=552F8-N7QeU&feature=related pode-se assistir a um filminho (falado em inglês, mas não faz falta: vê-se tuuuuuuuuuuuuudo) dos anos 60s, da vida de R.Crumb por R.Crumb. Vejam-lá.
E continua em
http://www.youtube.com/watch?v=4zs0PvoZau4&NR=1  . Não sei se haverá nas nossas listas muita gente que também tenha feito aquela viagem. Vocês são muito velhos.
Vê-se no segundo filminho (o terceiro da série) o meu primeiro amigo comunista e, até, o pai do meu Gato Filósofo (que morreu assassinado pelo próprio pai dele, motivo pelo qual o meu Gato Filósofo filho já nasceu livre e cínico como órfão-perfeito).

Eu, infelizmente, não. Mas a luta continua.

http://redecastorphoto.blogspot.com/2010/08/proposito-de-robert-crumb-dicas-da-caia.html