segunda-feira, abril 12, 2010

Os que mais fazem guerras mais falam de paz


Khamenei: “Ameaças de Obama são escandalosas” 11/4/2010, Tehran Times, Teerã – http://www.tehrantimes.com/index_View.asp?code=217308
O governo do Irã protestará no Conselho de Segurança da ONU,
contra ameaças de ataque nuclear, feitas por Obama
11/4/2010, Tehran Times, Teerã – http://www.tehrantimes.com/index_View.asp?code=217314
O Líder Supremo da Revolução Islâmica Aiatolá Seyyed Ali Khamenei definiu como escandalosas as ameaças feitas pelo presidente Barack Obama dos EUA.
“Ao longo de vários anos, os norte-americanos trabalham para difundir a ideia de que a República Islâmica do Irã não mereceria confiança. Hoje se vê que pouco confiáveis são, isso sim, governos que se ponham a ameaçar países pacíficos com ataques nucleares. A fala do presidente dos EUA é escandalosa” – disse o aiatolá Khamenei a um grupo de comandantes militares em reunião em Teerã nesse domingo.
Para o Aiatolá Khamenei, causa espanto que, “no século 21, século que já deveria ter aprendido a defender direitos humanos, ainda haja quem se sinta no direito de ameaçar outros países com ataques nucleares.” São ameaças que deveriam envergonhar os cidadãos dos EUA, porque evidenciam, para o mundo, que os EUA são país “indigno de confiança e viciosos”, acrescentou.
“Os que mais fazem guerras mais falam de paz. E justamente os que menos respeitam os direitos humanos são os que mais falam sobre direitos humanos”, disse o Supremo Líder. O Aiatolá Khamenei disse também que muitos países têm tentado impor suas políticas mediante recursos hipócritas de manipular a opinião pública. As recentes ameaças de Obama são mais um desses movimentos de hipocrisia típica da política do ocidente.
Semana passada, o governo dos EUA divulgou documento intitulado “Revisão da Postura Nuclear” [ing. Nuclear Posture Review], que, para os EUA, visaria a “obter reduções substanciais no armamento nuclear”.
Embora aquele documento declare que todos os Estados não-nucleares estariam imunes a ataque nuclear, os EUA reservam-se a opção de usar armas nucleares contra dois países – a República Islâmica Democrática do Irã e a República Popular Democrática da Coreia, que o documento rotula como marginais.
Além do presidente, também o secretário da Defesa dos EUA Robert Gates disse que os Estados não-nucleares que assinarem o Tratado de Não-proliferação de Armas Nucleares não seriam ameaçados de retaliação nuclear pelos EUA – mesmo que conduzam ataques convencionais, biológicos ou ciberataques.
Mas, acrescentou Gates, “quem não quiser respeitar as regras, se você quiser ser Estado proliferador, então todas as alternativas estão sobre a mesa, em termos de como nós lidaremos com vocês” – conforme publicou o New York Times.
Em seus comentários, o Aiatolá Khamenei disse que, à luz da atual situação global, é prioritário vigiar e preservar as capacidades das Forças Armadas iranianas. “As Forças Armadas do Irã devem manter-se preparadas para defender-se contra quaisquer ameaças”, disse ele. E completou: “A nação iraniana já demonstrou que está pronta para enfrentar qualquer ameaça externa.”
O governo do Irã protestará na ONU
contra ameaças de ataque nuclear, feitas por Obama
11/4/2010, Tehran Timeshttp://www.tehrantimes.com/index_View.asp?code=217314
Em documento divulgado hoje, 255 dos 290 membros do Parlamento do Irã formalmente recomendam que o Ministério das Relações Exteriores do Irã encaminhe protesto ao Conselho de Segurança da ONU contra as recentes ameaças de ataque nuclear feitas pelo presidente Barack Obama dos EUA.
A recomendação é resposta ao documento “Revisão da Postura Nuclear” divulgado pelos EUA semana passada, que, para o governo Obama seria manifesto orientado para “obter substancial redução no armamento atômico”.  
Embora aquele documento declare que todos os Estados não-nucleares estariam imunes a ataque nuclear, os EUA reservam-se a opção de usar armas nucleares contra dois países – a República Islâmica Democrática do Irã e a República Popular Democrática da Coreia, que o documento rotula como marginais.
Os deputados iranianos condenaram as políticas beligerantes e a pregação belicista do presidente dos EUA e o advertem para que não busque criar novas crises na Região do Golfo Persa e do Oriente Médio. Também aconselham Obama a não fazer aumentar a animosidade contra os EUA em todo o mundo, mediante ações violentas e linguagem de ameaças.
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