quinta-feira, março 16, 2006

Diretor de Itaipu abre seus sigilos e pede apuração rigorosa de denúncias

O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, encaminhou esta semana requerimentos ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República pedindo a apuração de todos os fatos narrados em textos das revistas IstoÉ e Veja- classificados como mentirosos pela empresa -, bem como a identificação dos interesses que motivaram a divulgação dessas notícias.
Em outro requerimento, à Comissão de Ética Pública do Governo Federal, pediu que seja investigada sua conduta à frente de Itaipu.
Em carta aos senadores e deputados federais, Samek anuncia o envio dos documentos e se coloca “à inteira disposição do Congresso Nacional para prestar quaisquer esclarecimentos que possam ser úteis para levar à sociedade brasileira a verdade dos fatos e revelar a lisura e o espírito público que orientam a administração da Itaipu Binacional”.Sentindo-se atingido moralmente pelo denuncismo praticado pelas revistas Veja e IstoÉ, Jorge Samek diz, no documento à Comissão de Ética Pública, que é "imprescindível" que a Comissão apure todos os fatos apontados nas matérias das duas revistas.
No documento, Samek coloca à disposição da Comissão de Ética todos os documentos pessoais que forem necessários.
Diz o documento: "Diante da extrema gravidade dos supostos fatosnoticiados, é imprescindível que essa Comissão de Ética Pública apure rigorosamente a conduta do ora requerente, diretor-geral brasileiro da Itaipu, nomeado pelo excelentíssimo senhor presidente da República".Para isso, Samek coloca à disposição quaisquer documentos, dados e informações pessoais que a Comissão de Ética solicitar, "inclusivebancários, fiscais e telefônicos, ainda que sigilosos e protegidosconstitucionalmente".Depois de lembrar que a revista IstoÉ foi obrigada pela Justiça Federal a publicar o “direito de resposta” de Itaipu, em que os fatos foram esclarecidos, comprovando que as denúncias são falsas, Jorge Samek anunciou que fez a mesma solicitação à Justiça em relação à revista Veja, já que "as inverdades (...) maculam minha honra e a imagem desta Entidade (Itaipu)". Além disso, Itaipu e Samek adotaram outras medidas judiciais e extra-judiciais para responsabilização civil e criminal dos responsáveis pela divulgação das matérias classificadas como mentirosas.

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