quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Na Globo News, ao longo da tarde, nada da pesquisa. Nem no "Globo Notícias", no "Hoje", no "Bom Dia Brasil". No "Jornal Nacional", nada.
14/02/2006 - Pesquisa consolida recuperação de Lula
A pesquisa CNT/Sensus divulgada oficialmente nesta terça-feira (14) consolida a percepção de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu governo conseguiram recuperar-se do impacto provocado pela crise política no final do ano passado.
Além de melhora nos índices de aprovação pessoal do presidente e da administração federal, o levantamento mostra que, se as eleições fossem hoje, Lula venceria em segundo turno todos os principais nomes colocados como possíveis adversários.
Para o primeiro turno, os entrevistados responderam a cinco listas, nas quais, além de Lula, constam José Serra (PSDB), Geraldo Alckmin (PSDB), Aécio Neves (PSB), Anthony Garotinho (PMDB), Germano Rigoto (PMDB), Heloísa Helena (Psol), José Maria Eymael (PDC) e Roberto Freire (PPS). Nesta série, a intenção de voto no petista varia de 35,8% a 42,5%.
A CNT/Sensus também solicitou que os pesquisados respondessem espontaneamente em quem votariam no primeiro turno. Neste cenário, Lula obteve 30%, contra 10% de Serra, 3.8% de Alckmin e 1,8% de Garotinho. Em novembro de 2005, data da pesquisa anterior, a seqüência era, respectivamente, 19,4%, 7,2%, 3.6% e 2,1%.
Segundo turno
A grande recuperação de Lula, no entanto, se deu nas simulações de segundo turno. Em novembro de 2005, Serra venceria Lula por 41,5% a 37,6%. Agora a relação se inverteu, com ampla vantagem para o petista: Lula tem 47,6% e Serra 37,6%, diferença de dez pontos percentuais.
Contra os demais tucanos apresentados, o presidente não só manteve a dianteira como aumentou a diferença. Venceria Alckmin por 51,3% a 29,7% e Aécio por 55,7% a 23%. O mesmo ocorreu em relação a Garotinho. Em novembro, daria Lula por 41,8% a 28%. Agora, o resultado final seria 54,1% a 24,1%. Nos três casos, a vantagem do petista é de mais de 30 pontos percentuais.
Os pesquisadores acrescentaram ainda dois novos cenários de segundo turno, contra Rigoto e Heloísa Helena, que não constavam em novembro. No primeiro, Lula venceria por 59,4% a 15,5% e, no segundo, por 56,6% a 19,3%.
Rejeição e avaliação
A pesquisa mostra também que, entre novembro e fevereiro, a rejeição a Lula baixou quase 11 pontos percentuais. Dos entrevistados, 35,8% disseram que não votariam nele em outubro deste ano (eram 46,7% no levantamento anterior). Todos os demais candidatos têm índices maiores de rejeição, na seguinte ordem: Garotinho, 59,1%; Heloísa Helena, 47,5%, Rigotto, 45%; Aécio, 43,9%; Serra, 41,7%; e Alckmin, 39,9%.
A queda na rejeição vem acompanhada de outros dois indicadores favoráveis. Na avaliação do governo, o índice positivo (ótimo/bom) subiu de 31,1% para 37,5%, enquanto o negativo caiu (ruim/péssimo) de 29% para 21,4%. O regular oscilou entre 37,6% e 40%.
O mesmo ocorreu com a avaliação do desempenho pessoal do presidente, cuja aprovação subiu de 46,7% para 53,3%. Já a desaprovação caiu de 44,2% para 38%.
A pesquisa CNT/Sensus ouviu 2 mil pessoas de 195 municípios de todas as regiões do país, entre os dias 6 e 9 de fevereiro. A margem de erro é de três pontos percentuais para cima ou para baixo.
A íntegra da pesquisa está no site http://www.cnt.org.br/.
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