terça-feira, março 26, 2013

Grupo Folha: empresa de duas caras





Na Folha de S.Paulo, 30/4/2013, lê-se o que se lê em:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/34281-banco-dos-brics-fica-para-cupula-de-2014.shtml

É fácil ver que a empresa proprietária os dois veículos, serve-se do Valor Econômico para falar ao público considerado ‘mais qualificado’, os ricos, os que sabem ler e jamais perderiam tempo com ler o besteirol dos editorialistas e colunistas da Folha de S.Paulo.

E a mesma empresa serve-se da Folha de S.Paulo para fazer propaganda contra o meu voto democrático que elegeu a presidenta Dilma. Na verdade, o Banco dos BRICS continua a ser construído. Todos os bem informados sabem que é construção complexa e demorada e que está andando muito bem.

Então o Valor noticia matéria que preste, mais informativa e menos distorcida.
E a Folha de S.Paulo redige manchete de propaganda, para fazer crer que o Banco dos BRICS não estaria avançando, que ‘ficou para 2014’ – que, afinal, é logo daqui a poucos meses. Mas a manchete da FSP foi construída para fazer crer que não, que falta muuuuuuuuuuuuuuuuito, que Dilma perde tempo naquela reunião.

Isso é jornalismo de fascitização (dirigido deliberadamente aos pressupostos menos bem informados) e alguma tentativa, ainda, de não fazer papel COMPLETAMENTE RIDÍCULO aos olhos da elite pressuposta mais bem informada.

ISSO é burlar a legislação da propaganda eleitoral por jornal.
ISSO é golpismo. Isso não é jornalismo.

A FSP tem de ser boicotada até ser extinta.

**************************************************** da Vila Vudu


Mais uma no Valor:


Das 50 maiores obras de infraestrutura e energia em execução no mundo, nada menos de 14 estão no Brasil.
São mais de R$ 250 bilhões num pacote que inclui desde a transposição do rio São Francisco até a construção da usina nuclear Angra 3, do Rodoanel de São Paulo às hidrelétricas Teles Pires e São Luiz do Tapajós, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro a sete plataformas para a produção de petróleo do pré-sal. A lista é encorpada ainda com as obras dos estádios e de acessibilidade para a Copa do Mundo de 2014 ou o Cinturão das Águas do Ceará e outros programas de saneamento que começam a transformar a paisagem de muitas cidades brasileiras.

Todos esses empreendimentos dão emprego a mais de 200 mil operários e movimentam uma estrutura de máquinas e equipamentos compatíveis com a dimensão dos desafios que representam.

Só a construção de Angra 3, em Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro, mobiliza 3 mil operários em dois turnos de trabalho: dia e noite. A estimativa é que até o fim a obra represente uma jornada de 50 milhões de homens/hora. A parte civil do projeto, retomado em 2010 depois de 23 anos, vai absorver 200 mil m³ de concreto, 80 mil toneladas de cimento e 35 mil toneladas de aço. Os investimentos iniciais pularam de R$ 9,9 bilhões para R$ 12 bilhões.

A terceira usina nuclear do país terá uma potência de 1.405 MW, energia suficiente para abastecer Brasília e Belo Horizonte, simultaneamente. "Trata-se de um projeto crucial para a complementação térmica da capacidade energética do país", diz Leonam dos Santos Guimarães, chefe de gabinete da presidência da Nuclebras.

O empreendimento está atrasado sete meses, por causa de recursos à Justiça de empresas derrotadas na licitação para a montagem dos equipamentos. A entrada em operação, inicialmente prevista para 1º de dezembro de 2015, passou para 1º de julho de 2016.

Até lá já deverá estar em funcionamento boa parte do novo parque hidrelétrico do país. A Hidrelétrica Teles Pires, no Mato Grosso, que terá capacidade instalada de 1.820 MW e um reservatório com 151,8 km², deve começar a operar em junho de 2015. A obra começou em 2005 e, de acordo com a Companhia Hidrelétrica Teles Pires (CHTP), emprega cerca de 5 mil operários em dois turnos de trabalho com jornadas de nove horas e meia.

A construção prevê o uso de mil equipamentos - entre caminhões, escavadeiras, centrais industriais e guindastes - e deverá consumir 120 mil toneladas de cimento. O tamanho da empreitada pode ser medido pela conta de energia, que chega a R$ 25 milhões, pelas 20 carretas que desembarcam cimento, aço e equipamentos todos os dias ou pelo volume de argila e rocha retirados do canteiro de obras: 10 milhões de m³ por mês - o suficiente para encher três vezes e meia o estádio do Maracanã.

Nas obras das hidrelétricas de Santo Antonio, com custo previsto de R$ 16 bilhões, Jirau, com R$ 9,6 bilhões, ambas em Rondônia, e Belo Monte, no Pará, orçada em R$ 25,8 bilhões, o aparato é proporcional ao volume de investimentos. A construção de Belo Monte mobiliza mais de 20 mil operários. No ano que vem, quando estiver no pico, serão 30 mil. Os quatro canteiros em plena selva só são acessados por hidrovias ou pela Transamazônica, que fica interditada seis meses do ano por causa das chuvas.

Para buscar mantimentos duas balsas fazem toda semana uma viagem de 96 horas pelo Rio Xingu, entre Vitória do Xingu e Belém, e voltam carregadas com 1.500 toneladas de suprimentos. A empreiteira Andrade Gutierrez já enfrentou desafio logístico pior. Nos quatro anos de construção dos 270 quilômetros do gasoduto Coari-Manaus sobre cursos d'água e áreas alagadas precisou manter 1.200 operários só para cuidar que nada faltasse aos outros 4.200 que executavam as obras nas condições adversas da selva amazônica. Em 16 grandes obras que executa agora no país tem de gerenciar 1.327 máquinas, equipamentos e veículos e 61.447 operários.

"O mercado de grandes obras nunca esteve tão aquecido como nos últimos dez anos. A expectativa é otimista com o programa de concessões do governo federal que prevê investimentos de R$ 220 bilhões em rodovias e ferrovias, 55% a serem executados nos próximos cinco anos", diz Leandro Aguiar, presidente da Andrade Gutierrez, que tem no portfólio pelo menos mais quinze grandes construções, entre elas Angra 3 e os estádios Nacional, de Brasília, e Beira-Rio, de Porto Alegre.