quinta-feira, julho 19, 2012

O LINHÃO DO VIRA-LATA


É provável que o Discovery Channel faça um documentário sobre essa obra.
Na TV brasileira ninguém mostrou nada, o próprio governo não divulgou nada.
Uma das maiores obras desse tipo no mundo. É assim aqui no Brasil...
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Trecho C do Linhão de Tucuruí tem 76% das obras concluídas
O trecho C da linha de transmissão de energia que ligará o estado do Amazonas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), chamada "Linhão" de Tucuruí, está com 76 por cento das obras concluídas, informou a Eletrobras em nota nesta quarta-feira.

Já as subestações do trecho estão com 83 por cento das obras concluídas.

"Com esse resultado, não mediremos esforços para que, até outubro ou novembro deste ano, o trecho Oriximiná-Manaus seja concluído", disse o diretor técnico do consórcio Manaus Transmissora de Energia, Paulo Sérgio de Oliveira, em nota divulgada.

O único obstáculo na construção do trecho, segundo Oliveira, são as chuvas, que já causaram atrasos principalmente em locais de difícil acesso como na região da Estrada da Várzea, no município de Itapiranga, e na região do Parque Nhamundá, em Nhamundá.

A estimativa da Eletrobras é que todo o Linhão de Tucuruí esteja concluído até o primeiro semestre do ano que vem, permitindo a conexão do Amazonas ao sistema interligado.

Fonte: Reuters / Por Anna Flávia Rochas
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Linhão Tucuruí-Macapá-Manaus
A linha de Transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus permitirá a integração dos estados do Amazonas, Amapá e do oeste do Pará ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com aproximadamente 1.800 quilômetros de extensão total em tensões de 500 e 230 kV em circuito duplo, passará por trechos de florestas e vai atravessar o Rio Amazonas.
Por se tratar de uma obra complexa e realizada predominantemente na floresta amazônica foi definido um projeto compatibilizado com as orientações do órgão ambiental, buscando mitigar os impactos ambientais decorrentes, tais como alteamento de torres, uso deestruturas autoportantes e adoção de apenas picada para lançamento de cabos. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 3 bilhões.

  • Linhão permitirá a integração dos estados do Amazonas, Amapá e do oeste do Pará ao Sistema Interligado Nacional (SIN)
Além de interligar sistemas isolados do extremo norte, a nova linha vai diminuir o custo com geração termelétrica. A conclusão da obra do “linhão”, como é chamada a linha detransmissão, possibilitará ao País uma economia de R$ 2 bilhões por ano. Com isso, o cálculo é de que a linha se pagará em pouco mais deum ano e o fornecimento predominante será de energia limpa e renovável. Com o fim do uso decombustível fóssil, cerca de 3 milhõesde toneladas de carbono deixarão deser lançados na atmosfera.
O edital para a licitação da linha foi publicado pela Agência Nacional deEnergia Elétrica (Aneel) em março de2008. A SPE Manaus Transmissora de Energia S/A vai construir o trecho Oriximiná / Silves / Lechuga, em 500 kV, com extensão de 586 km, nos estados do Amazonas e Pará. As empresas participantes são Eletronorte, Chesf e a espanhola Abengoa.
A empresa espanhola Isolux venceu os outros dois lotes, o lote “A” que liga Tucuruí a Jurupari, em 500 kV, e o lote “B” que liga Jurupari a Oriximiná, em 500 kV e Jurupari a Macapá, em 230 kV. Esses trechos têm conclusão prevista para junho de 2013 edezembro de 2012, respectivamente. Cerca de 4 mil operários trabalharam na execução da linha.
Em abril de 2011, foi concluída a montagem da primeira torre da linha de transmissão que ligará a Usina Hidrelétrica Tucuruí a Manaus, Macapá e dezenas de cidades do interior. A torre situada no trecho entre Oriximiná e a Subestação Engenheiro Lechuga, na capital amazonense, tem 62 metros de altura – o equivalente a um prédio de 20 andares, e pesa 24 toneladas.
O projeto da interligação faz parte do Programa de Expansão de Transmissão (PET) 2008-2012, desenvolvido com o objetivo de levantar as obras necessárias à expansão da redebásica. O “linhão” integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.
Os estudos preliminares sobre a viabilidade do projeto, que liga Tucuruí a Manaus e atende também o Amapá, surgiram no final dos anos 1980. Os levantamentos foram retomados em 2004, com a aprovação das leis que instituíram o novo marco regulatório do setor elétrico. Em 2007, o projeto do “linhão” foi apresentado.
Foram avaliadas várias alternativas para o traçado da linha para encontrar a que ofereceria menor impacto ambiental. Inicialmente foram consideradas seis opções. O tipo devegetação e o uso do solo foram pontos decisivos na escolha. Quando havia interferência em áreas legalmente protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação, foi feita mudança no traçado. Outro ponto importante do projeto diz respeito à travessia derios. O Amazonas, por exemplo, chega a ter até dez quilômetros de largura em alguns pontos. O sistema permite acrescentar um terceiro circuito à linha no futuro, usando o mesmo corredor.