Por Izaías Almada, no blog Escrevinhador:
Que a direita, seus colunistas no PIG e os setores mais conservadores da sociedade brasileira gritem e esperneiem nada mais natural. Contudo, seria auspicioso se parte da esquerda afoita e dos progressistas do Clube de São Tomé começassem a olhar o governo da presidenta Dilma Rousseff com a perspectiva realista de quem sabe entender as possibilidades que o xadrez político, sempre imprevisível e traiçoeiro, oferece.
Refiro-me a dois recentíssimos fatos protagonizados pela presidenta, nos quais se pode perceber – para além da vontade política que os motivou – uma inegável perspicácia em escolher o momento certo para mostrar sua formação humanista, sua argúcia política, seu inegável compromisso com o desenvolvimento do país, mas – sobretudo – sua sintonia com a história do Brasil e com a geopolítica do mundo atual. Refiro-me ao discurso em cadeia nacional no 1º de Maio e a escolha do deputado Brizola Neto para Ministro do Trabalho.
Dois coelhos com uma só paulada. Sem querer enxergar nestes dois fatos aquilo que eles não têm ou procurar chifres em cabeça de cavalo, será possível num primeiro momento destacar o seguinte: ponto número um, salvo erro de avaliação histórica é a primeira vez que um presidente da república enfrenta o poder dos bancos no Brasil, o que já não é sem tempo, diga-se de passagem.
Em segundo lugar, ao escolher para seu ministro do trabalho – às vésperas do dia 1º de Maio – o neto de Leonel Brizola, sucessor incontestável do PTB de Vargas e das lutas populares e de resistência ao golpe de 1964, Dilma Rousseff faz lembrar a milhares e milhares de brasileiros que não se distanciou dos seus ideais da juventude, entre eles os da justiça social, da solidariedade e da luta pela soberania do país.
É perfeitamente compreensível que grande parcela da sociedade brasileira queira transformações mais rápidas e consistentes, em particular aquelas que retirem em definitivo da miséria ou da pobreza crônica os seus cidadãos mais necessitados. E que isso se faça na razão direta de uma formação educacional e de uma conscientização política capazes de dotar esses e outros cidadãos no exercício da crítica construtiva e de levá-los à prática de uma cidadania solidária, menos egoísta, regida por sólidos princípios morais.
Portanto, há que se dar tempo ao tempo. A presidenta Dilma Roussef ainda não completou sequer um ano e meio de mandato, mas devagar vai ajustando os ponteiros com os milhões de eleitores que confiaram nela. Trazer o legado brizolista para o difícil embate político do momento e dar uma canelada nos juros escorchantes que são cobrados pelos bancos brasileiros é indicativo de que o caminho começado por Lula será verticalizado.
Que venham a Lei de Meios, a punição para os que se locupletam com o dinheiro público, a democratização efetiva do ensino, a socialização da medicina, a reconquista de empresas públicas vendidas a preço de banana, a defesa inconteste da nossa soberania. Cada passo a seu tempo, com segurança e o entendimento da maioria. Chega de subserviência, derrotismo e complexo de vira latas.
Como dizia o poeta espanhol: o caminho se faz caminhando.
Que a direita, seus colunistas no PIG e os setores mais conservadores da sociedade brasileira gritem e esperneiem nada mais natural. Contudo, seria auspicioso se parte da esquerda afoita e dos progressistas do Clube de São Tomé começassem a olhar o governo da presidenta Dilma Rousseff com a perspectiva realista de quem sabe entender as possibilidades que o xadrez político, sempre imprevisível e traiçoeiro, oferece.
Refiro-me a dois recentíssimos fatos protagonizados pela presidenta, nos quais se pode perceber – para além da vontade política que os motivou – uma inegável perspicácia em escolher o momento certo para mostrar sua formação humanista, sua argúcia política, seu inegável compromisso com o desenvolvimento do país, mas – sobretudo – sua sintonia com a história do Brasil e com a geopolítica do mundo atual. Refiro-me ao discurso em cadeia nacional no 1º de Maio e a escolha do deputado Brizola Neto para Ministro do Trabalho.
Dois coelhos com uma só paulada. Sem querer enxergar nestes dois fatos aquilo que eles não têm ou procurar chifres em cabeça de cavalo, será possível num primeiro momento destacar o seguinte: ponto número um, salvo erro de avaliação histórica é a primeira vez que um presidente da república enfrenta o poder dos bancos no Brasil, o que já não é sem tempo, diga-se de passagem.
Em segundo lugar, ao escolher para seu ministro do trabalho – às vésperas do dia 1º de Maio – o neto de Leonel Brizola, sucessor incontestável do PTB de Vargas e das lutas populares e de resistência ao golpe de 1964, Dilma Rousseff faz lembrar a milhares e milhares de brasileiros que não se distanciou dos seus ideais da juventude, entre eles os da justiça social, da solidariedade e da luta pela soberania do país.
É perfeitamente compreensível que grande parcela da sociedade brasileira queira transformações mais rápidas e consistentes, em particular aquelas que retirem em definitivo da miséria ou da pobreza crônica os seus cidadãos mais necessitados. E que isso se faça na razão direta de uma formação educacional e de uma conscientização política capazes de dotar esses e outros cidadãos no exercício da crítica construtiva e de levá-los à prática de uma cidadania solidária, menos egoísta, regida por sólidos princípios morais.
Portanto, há que se dar tempo ao tempo. A presidenta Dilma Roussef ainda não completou sequer um ano e meio de mandato, mas devagar vai ajustando os ponteiros com os milhões de eleitores que confiaram nela. Trazer o legado brizolista para o difícil embate político do momento e dar uma canelada nos juros escorchantes que são cobrados pelos bancos brasileiros é indicativo de que o caminho começado por Lula será verticalizado.
Que venham a Lei de Meios, a punição para os que se locupletam com o dinheiro público, a democratização efetiva do ensino, a socialização da medicina, a reconquista de empresas públicas vendidas a preço de banana, a defesa inconteste da nossa soberania. Cada passo a seu tempo, com segurança e o entendimento da maioria. Chega de subserviência, derrotismo e complexo de vira latas.
Como dizia o poeta espanhol: o caminho se faz caminhando.