quinta-feira, junho 16, 2011

Pela primeira vez na história o risco soberano do Brasil é menor que o risco dos Estados Unidos

Para ministro da Fazenda, risco Brasil menor que risco EUA demonstra política econômica correta

guido Para ministro da Fazenda, risco Brasil menor que risco EUA demonstra política econômica correta
Ministro da Fazenda, Guido Mantega, no briefing ocorrido nesta quarta-feira (15/6), no Palácio do Planalto.
“Não posso resistir a fazer um comentário”, disse nesta quarta-feira (15/6) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao anunciar que pela primeira vez na história o risco soberano do Brasil é menor que o risco dos Estados Unidos. O anúncio foi feito em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, convocada para apresentar os pontos discutidos entre a presidenta Dilma Rousseff e 16 governadores do Norte de Nordeste em café da manhã no Palácio da Alvorada.
“Risco soberano não é aquele risco Brasil que vocês estão acostumados a ver; é o risco do CDS. O CDS, que é o Credit Default Swap, é um seguro que se faz, que os países oferecem para a exposição a títulos (…). Quem tem medo que possa haver um default, que possa haver um não cumprimento, não pagamento, faz um seguro”, explicou.

Vídeo com a íntegra da entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega, no Palácio do Planalto


De acordo com o ministro, atualmente há um volume de mais de US$ 70 trilhões nessa modalidade. Hoje – continuou Mantega – o seguro sobre a dívida brasileira tem um custo de 40.2 pontos-base, ao passo que, o americano, é de 49.7 pontos-base.
A presidenta Dilma Rousseff recebeu a notícia com entusiasmo, ficou bastante satisfeita – informou o ministro – e avaliou que o fato demonstra que a política econômica brasileira está correta, solidifica o Brasil e impõe respeito em relação ao resto do mundo. “Estamos muito felizes com isso porque mostra a solidez da economia brasileira e a confiança que nós temos dos mercados”, comemorou.
FMI e execução orçamentária – Durante a entrevista, o ministro foi questionado sobre a posição brasileira acerca da eleição para o cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). O Brasil aguardará a sabatina pelos 24 diretores do FMI aos candidatos do México, Agustín Carstens, e da França, Christine Lagarde, que ocorrerá na próxima semana, para se manifestar, informou o ministro.
“Vamos nos basear no compromisso que eles tiverem com a continuidade das reformas no Fundo de modo que os países emergentes continuem tendo uma participação cada vez maior.”
Sobre a execução orçamentária, Matega informou, ainda, que a despesa está crescendo menos que o PIB, o que demonstra que o governo cumprirá, até o fim do ano, todos os compromissos assumidos. Estamos atingindo a meta de contenção de despesa, concluiu o ministro Guido Mantega.