Para ministro da Fazenda, risco Brasil menor que risco EUA demonstra política econômica correta
Ministro da Fazenda, Guido Mantega, no briefing ocorrido nesta quarta-feira (15/6), no Palácio do Planalto.
“Não posso resistir a fazer um comentário”, disse nesta quarta-feira (15/6) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao anunciar que pela primeira vez na história o risco soberano do Brasil é menor que o risco dos Estados Unidos. O anúncio foi feito em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, convocada para apresentar os pontos discutidos entre a presidenta Dilma Rousseff e 16 governadores do Norte de Nordeste em café da manhã no Palácio da Alvorada.
“Risco soberano não é aquele risco Brasil que vocês estão acostumados a ver; é o risco do CDS. O CDS, que é o Credit Default Swap, é um seguro que se faz, que os países oferecem para a exposição a títulos (…). Quem tem medo que possa haver um default, que possa haver um não cumprimento, não pagamento, faz um seguro”, explicou.
De acordo com o ministro, atualmente há um volume de mais de US$ 70 trilhões nessa modalidade. Hoje – continuou Mantega – o seguro sobre a dívida brasileira tem um custo de 40.2 pontos-base, ao passo que, o americano, é de 49.7 pontos-base.
A presidenta Dilma Rousseff recebeu a notícia com entusiasmo, ficou bastante satisfeita – informou o ministro – e avaliou que o fato demonstra que a política econômica brasileira está correta, solidifica o Brasil e impõe respeito em relação ao resto do mundo. “Estamos muito felizes com isso porque mostra a solidez da economia brasileira e a confiança que nós temos dos mercados”, comemorou.
FMI e execução orçamentária – Durante a entrevista, o ministro foi questionado sobre a posição brasileira acerca da eleição para o cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). O Brasil aguardará a sabatina pelos 24 diretores do FMI aos candidatos do México, Agustín Carstens, e da França, Christine Lagarde, que ocorrerá na próxima semana, para se manifestar, informou o ministro.
“Vamos nos basear no compromisso que eles tiverem com a continuidade das reformas no Fundo de modo que os países emergentes continuem tendo uma participação cada vez maior.”
Sobre a execução orçamentária, Matega informou, ainda, que a despesa está crescendo menos que o PIB, o que demonstra que o governo cumprirá, até o fim do ano, todos os compromissos assumidos. Estamos atingindo a meta de contenção de despesa, concluiu o ministro Guido Mantega.