Publicado em 01-Jun-2011
Também no campo econômico, antes, tudo era uma maravilha. A presidenta acertava em todas as questões. Os resultados estão aí - queda da inflação, com superávit de 4,5%% no ano, mantendo o crescimento de mais 4% e a criação de mais de dois milhões e meio de empregos, a manutenção de programas sociais e criando novos, como a Rede Cegonha, o PRONATEC, e a retomada da luta contra a pobreza.
Num piscar de olhos
Mas, de repente, num piscar de olhos, tudo ficou errado. Problemas normais na construção de uma grande hidroelétrica como Belo Monte, transformaram-se, junto com a votação do código florestal, em sinal de crise. A gritaria também tem se dado a respeito do kit anti-homofobia e um livro do MEC, que reconhece o modo de falar popular. Nesses casos, o governo tomou decisões corretas, assim como nas diretrizes propostas ao Código Florestal. A mídia esperava que o governo retrocedesse em tudo.
Governar com uma coalizão ampla como a nossa, consolidar a aliança estratégica com o PMDB, fazer reforma política e tributária, e manter a economia em crescimento não são tarefas fáceis e nem as faremos sem tensões, vitórias e derrotas, avanços e recuos.
Mas, se analisarmos cada caso, veremos que estamos no caminho certo. A política do Banco Central mudou. Mudou também a política cambial, porque o cenário internacional já não é o mesmo. Fizemos o certo ao não aceitarmos a anistia e a legislação estadual no caso do Código Florestal. Mantivemos o crescimento sem descuidar da inflação e das contas públicas. Em resumo: estamos no caminho certo.
Acabou a lua de mel
Está claro que acabou a lua de mel. E fica a certeza: a mídia e a oposição não mudaram. Sua natureza e seu DNA continuam os mesmos. Nós, tampouco, mudamos. Agora a presidenta Dilma Rousseff tomou em suas mãos as obras da Copa do Mundo e determinou a concessão dos aeroportos. Abriu corretamente um dialogo direto com o PMDB na pessoa de seu vice, Michel Temer, e seguramente vai superar os problemas normais da relação entre dois grandes partidos.
A chefe de governo vai, ainda, reorganizar a relação política com o Congresso Nacional e com os partidos aliados, retomando a nossa agenda e não a da oposição. Na pauta estão o combate à pobreza, a reforma tributária, a política industrial, melhoras no Sistema Único de Saúde (SUS), manutenção do crescimento com redução da pobreza, sem perder o rumo. Sem, tampouco, se abalar com a gritaria da mídia e da oposição, que estão em seu papel. Já, nós vamos fazer o nosso, que é o de governar, e bem.
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Foto: Campanha