sexta-feira, maio 13, 2011

Crime hediondo cometido pela OTAN



MAIS UM CRIME COMETIDO PELA NATO

9 de Maio de 2011

Fonte: Solidariedade Imigrante


A Solidariedade Imigrante – Associação para a defesa dos direitos dos imigrantes, não podia deixar de se pronunciar e mostrar-se indignada por mais este crime hediondo cometido pela NATO, ao não socorrer sete dezenas de migrantes, homens e mulheres fugidos de situações de guerra que nada mais fazem do que procurar a sua sobrevivência, levando à morte 60 pessoas.


Provenientes de Tripoli capital da Líbia, país severamente castigado pelos bombardeamentos da Nato e das grandes potências ocidentais, são também condenados à morte por tentarem salvar a sua vida.


Perante tamanha gravidade onde a vida de pessoas inocentes é posta em causa com as atitudes e politicas que levam milhares e milhares de pessoas à morte, é tempo de se exigirem responsabilidades para que a impunidade não se transforme um modo de vida dos poderosos sobre os mais necessitados.


Numa perspectiva que é tributária da Convenção de Varsóvia sobre a protecção a dar a estes homens e mulheres e que Portugal é subscritor, é preconizada a protecção do estrangeiro enquanto vitima de uma crime grave de violação dos direitos humanos que é o caso destes migrantes que procuram a vida.


As causas desta autêntica epopeia são conhecidas: a desesperança de vida em África cresce e agrava-se com as guerras e regimes ditatoriais que desrespeitam os direitos humanos. Quem já nada tem a perder arrisca, mesmo se a probabilidade de ficar sepultado no fundo do oceano rondou os mais de 20% em 2008.


Tremenda hipocrisia, depois da lufada de ar fresco que veio do norte de África no desabrochar da esperança, da liberdade e democracia, a Europa e a Nato prontificam-se para se colocarem ao lado dos que mais precisam, tremenda desilusão estarão a viver milhares de pessoas que procuram lutar pelo direito mais elementar do ser humano, o direito à própria vida.


Face à gravidade da situação, exigimos que o Governo Português e o Sr. Primeiro Ministro se pronunciem sobre o acontecido, uma vez que Portugal é membro efectivo da NATO.


http://tribunaliraque.info/pagina/artigos/depoimentos.html?artigo=961