As lágrimas de Alláh
Muhamad Jamal Ad-Durah, era um menino de 12 anos de idade com o inconveniente de ser palestino e... semita. Morreu fuzilado depois de servir de alvo durante quase uma hora para as tropas de ocupação israelense. Para protegê-lo, o corpo desesperado de seu pai, atingido também por seis tiros. A cena foi registrada pela câmera da TV francesa, numa terra ocupada por europeus arianos que se autodenominam de judeus.
Pobre Spinoza.
Mas já dizia um contemporâneo do grande Maimônides: são violentos porque não desenvolveram a própria humanidade. Estão sempre realizando demonstrações de ferocidade, para glória de seu mestre maior Adolf Hitler.
O holocausto do Yom Kipur deixou mais de uma centena de mortos palestinos... semitas com requintes de crueldade, degolados alguns, olhos perfurados outros. E entre esses mortos, muitas crianças como o menino Samir Tabangi, de 10 anos, sacrificado com um tiro no peito, um dia antes de Muhamad, e cuja morte anônima se deve ao fato de ter acontecido longe das câmeras de TV.
Triste humanidade essa que faz da passividade o seu credo e da insensibilidade sua confissão. E onde entra Deus diante de tamanha falta de solidariedade? Que o diga o poeta espanhol Antônio Machado:
Triste humanidade essa que faz da passividade o seu credo e da insensibilidade sua confissão. E onde entra Deus diante de tamanha falta de solidariedade? Que o diga o poeta espanhol Antônio Machado:
Anoche soñé que oía
a Dios gritando-me: alerta!
Luego era Dios quiem dormia
y yo gritaba:Despierta!
E Deus chorou...
E Deus chorou...