OBAMA VETA NA ONU RESOLUÇÃO FAVORÁVEL AO POVO PALESTINO
“As negociações de paz no Oriente Médio voltaram a viver, desde 18 fev, horizonte de incertezas depois do veto dos Estados Unidos a uma resolução da ONU contra os assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados.
A mão levantada da embaixadora norte-americana, Susan Rice, contra projeto apoiado por mais de 120 países, impediu na sexta-feira (18) uma condenação do Conselho de Segurança das Nações Unidas às atividades “colonizadoras” de Israel em terras palestinas.
Os outros 14 membros do órgão votaram a favor do texto, que qualificava de ilegal toda a atividade de Tel Aviv en matéria de assentamentos nos territórios ocupados, inclusive Jerusalém oriental.
Foram os votos do Brasil, da Colômbia, Grã Bretanha, França,Rússia, China, Líbano, Nigéria, Gabão, Portugal, Bósnia-Herzegovina, Índia, África do Sul e Alemanha [A "democracia", inclusive na ONU, defendida pelos EUA e que justifica suas invasões militares em outros países, é aquela em que vale a vontade da maioria, desde que ela seja a mesma dos EUA (e, implícita e obviamente, a de Israel)].
O documento considerava que essas ações israelenses são grande obstáculo à conquista de paz baseada na solução de dois Estados e exigia a cessação imediata e completa da instalação dessas colônias.
Foi o primeiro veto aplicado pela administração do presidente norte-americano, Barack Obama, em seus dois anos de gestão, e emitido depois que fracassaram enormes pressões internacionais para evitar a votação.
Para o representante da Palestina na ONU, Riyad Mansour, o que ocorreu na sexta-feira na ONU constitui fiasco para o Conselho de Segurança, ao não poder condenar a construção de colônias israelenses e poder estimular a intransigência e impunidade de Israel.
O Conselho falhou no cumprimento de sua responsabilidade de responder à atual crise em busca da paz e da segurança no Oriente Médio, afirmou.
Mansour destacou o consenso global existente e que exige de Israel que pare imediata e completamente a atividade de instalação de colônias e clamou a enviar mensagem clara e firme a Tel Aviv para que cumpra suas obrigações legais internacionais.
Não obstante, reiterou que o objetivo continua sendo obter o fim da colonização israelense e da ocupação dos territórios palestinos e a criação de ambiente apropriado para negociações de paz para a solução de dois Estados.
O Conselho de Segurança deve retomar seu papel com seriedade e consciência com respeito ao Oriente Médio em seus intentos de resolver o conflito árabe-israelense, cujo pilar se encontra no conflito palestino-israelense sublinhou.
Por sua parte, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, clamou a superar o atual impasse nas negociações de paz no Oriente Médio e a criar ambiente favorável para avançar nesse sentido.
Em declaração difundida por seu porta-voz oficial, Martin Nesirky, pontuou que as ações do Conselho respondem a decisões dos Estados membros e que a posição do titular da ONU sobre as colônias israelenses é bem conhecida.
A comunidade internacional coincide na urgência de acordo negociado que ponha fim à ocupação de territórios iniciada em 1967 e estabeleça um Estado palestino independente, democrático e viável que viva em paz e segurança ao lado de Israel, afirmou.”
FONTE: divulgado por “Prensa Latina” e transcrito no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=147954&id_secao=9) [imagem do google e trecho entre colchetes adicionados por este blog].
Postado por Política