15 de dezembro de 2010
Balanço de Governo (2003 -2010)
Elaborado pela Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), o balanço trata de desenvolvimento sustentável, de cidadania e inclusão, de infraestrutura e de política externa e gestão.
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Balanço do governo Lula destaca conquistas econômicas e sociais
O presidente Lula, ministros e outras autoridades participam da solenidade de apresentação do balanço, no Palácio do Planalto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira as realizações de seu governo no ato que registrou em cartório as ações de 8 anos à frente da Presidência da República. Lula citou as conquistas em diversas áreas do governo para enaltecer cada ministério e o trabalho feito durante seu mandado.
"O Brasil retomou a capacidade de planejar. Para tanto foi preicso retomar a capacidade de pensar a longo prazo, de planejar. O Estado está se tornando de fato um indutor do desenvolvimeto", disse o presidente.
O evento contou com a presença da presidente eleita Dilma Rousseff, de ministros, ex-ministros, governadores, prefeitos, deputados e senadores.
Com o registro das ações do governo em cartório, Lula deixa pela primeira vez um balanço de governo que deverá servir para comparar as medidas previstas no programa de governo ou compromissos assumidos ao longo dos dois mandatos presidenciais. O livro foi dividido por tema, e cada ministério ficou responsável por elaborar o balanço de sua área.
O documento divulgado nesta quarta-feira durante a cerimônia de registro em cartório do balanço do governo Luiz Inácio Lula da Silva lembra que, já na campanha eleitoral de 2002, se evidenciava a necessidade de priorizar a questão social.
Outras ações consideradas prioritárias, de acordo com o documento, eram a busca pela retomada do "crescimento econômico e a manutenção do controle da inflação, além da redução da vulnerabilidade externa, o desenvolvimento dos mercados e a reconstrução do sistema de financiamento".
O texto destaca ainda que, em meados de 2002, a Carta ao Povo Brasileiro "defendia um novo modelo, assentado em um novo contrato social, capaz de assegurar crescimento com estabilidade". Para afastar as ameaças à economia, havia a necessidade de se adotar compromissos, como respeito aos contratos e obrigações, preservar o superávit primário (economia para pagamento de juros da dívida), reduzir a vulnerabilidade externa e a taxa de juros, combinar o crescimento com políticas sociais consistentes e inovadoras, implementar programas prioritários contra a fome e a realizar reformas estruturais democratizantes e modernizadoras.
À época, informa o documento, também havia a necessidade de estimular a evolução da economia combinada com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no País, e o emprego, a estabilidade macroeconômica e a redução da pobreza e da desigualdade.
Entre os dados utilizados para ilustrar a situação encontrada pelo governo estão a taxa de câmbio, que era de R$ 3,53 em dezembro de 2002; o risco país elevado, de 1.460 pontos; a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 12,5%; a dívida líquida do setor público em 60,6% do PIB; as reservas internacionais, que totalizavam apenas US$ 37,8 bilhões, sendo metade empréstimo no Fundo Monetário Internacional (FMI); e o desemprego ao final de 2002, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 11,7%.
Como balanço da política monetária do início do governo até 2010, o documento mostra que, com as ações adotadas pelo governo, foi possível reduzir a taxa básica de juros (Selic) de 25% ao ano para 10,75% ao ano. A inflação medida pelo ÍPCA passou de 12,5% para algo próximo a 5%. O saldo de crédito bancário subiu de 22% para 46,2% do PIB e o spread (diferença entre a taxa de captação e a cobrada dos clientes) caiu de 31,1% para 24,3%. O prazo médio de crédito, segundo o documento, aumentou de 227 para 457 em dias corridos.
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