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Posted: 24 Aug 2010 02:51 PM PDT
A reportagem “Ao lado do presidente, Franklin critica a mídia”, publicada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, deformou o que o ministro-chefe da Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, disse ontem na cerimônia de estréia do canal TVT, a TV dos Trabalhadores.
Segundo o jornal, “Franklin disse que o canal [TVT] ajudará a internet a quebrar o poder dos ‘aquários’, jargão que identifica a chefia dos grandes veículos nacionais”. O ministro disse algo bem diferente.
[Na Era do Aquário] Você tem um núcleo ativo de produção de informação e uma massa passiva de consumidores de informação: o Olimpo e, lá embaixo, o resto. Essa Era do Aquário está acabando, felizmente. E nós estamos entrando no jornalismo da Era da Rede, onde, graças à internet, graças à digitalização, o aquário não fica mais tão isolado. Sai uma notícia e essa notícia pode ser discutida, debatida, verificada, consolidada. Pode também ser negada. Ou seja, não temos mais um centro ativo produtor de informações e uma massa passiva de consumidores de informação. Nós temos hoje em dia os consumidores de informação também sendo ativos, também sendo produtores de informação. Isso eu chamo uma revolução, nós estamos só começando, incomoda muito, incomoda muita gente que estava acostumada a ficar no Olimpo, mas isso é inevitável, está acontecendo no mundo todo, está acontecendo no Brasil e isso é muito bom. É muito bom para nós jornalistas que podemos fazer um jornalismo melhor. Mas é muito bom para a população que pode ter acesso a um jornalismo melhor e pode contribuir com um jornalismo melhor.O ministro foi além. Disse que o desafio de se inventar e achar seu espaço nessa nova era da comunicação vale inclusive para a TVT:
Eu acho que a TVT tem o desafio de estar nascendo nesse momento de transformação e de transição. Isso quer dizer que ela tem que olhar para a frente. Não achar também que são os dirigentes sindicais, os dirigentes que sabem tudo. Também não. É se abrir para a rede, se abrir para o que vem de fora, se abrir para o novo, porque é possível fazer melhor do que se faz. Eu acho que esse é o grande desafio de vocês.Mas a Folha preferiu inventar o que o ministro não disse a noticiar o que ele disse. Na nova era do jornalismo, em que a informação incorreta se desnuda quase instantaneamente, espera-se que os veículos admitam seus erros e retifiquem-se, para não ver sua credibilidade afetada.
Para ler a transcrição do discurso do ministro, clique aqui.
Posted: 24 Aug 2010 01:05 PM PDT
Às vésperas de receber o presidente Lula, o Palácio do Planalto foi aberto nesta terça-feira (24/8) para reunião do chefe de Gabinete Pessoal da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, com integrantes do Movimento de População de Rua. O Blog do Planalto conversou com Anita Gomes dos Santos, coordenadora do Movimento Nacional de População em Situação de Rua, que no dia 23 de dezembro de 2009, durante comemoração do Natal no Sindicato dos Bancários de São Paulo, fez um discurso emocionado quando destacou o fato do presidente Lula receber os cidadãos mais humildes no Palácio do Planalto.
Dona Anita deu entrevista do parlatório do Palácio, quando se emocionou mais uma vez. Ela explicou que estava na companhia de outras lideranças para agradecer o governo pela edição de decreto que instituiu política nacional para a população em situação de rua (número 7053, de 23 de dezembro de 2009). Com a voz firme, Anita sugeriu que outros governantes sigam o exemplo do presidente Lula.
Ele continua vendo o povo mais humilde sem esquecer as raízes. Isso mexe muito com a gente. Uma pessoa que vê a gente como ser humano. Viemos aqui agradecer pelo decreto que ele assinou no ano pasado. Agora, queremos que esse decreto realmente comece a funcionar nos estados brasileiros, nos municípios. O presidente nos recebe. Mas, nas nossas cidades nem os prefeitos nos recebem. Que a gente possa estar discutindo politicamente. Nós estamos ali não porque queremos. Somos seres humanos e precisamos que as políticas públicas funcionem e que os Direitos Humanos não fiquem somente no papel. Que se tornem realidade. Não pedimos privilégios, mas que os nossos direitos sejam respeitados.