O que mais me surpreende é alguém, algum dia, ter acreditado em "ombudsman" da Folha de S.Paulo [risos, risos]. Seria a mesma coisa que o Fernandinho Beira-Mar contratar um ombudsman na quadrilha dele, prô ombudsman moralizar a quadrilha. A loucura é total: se o ombusman moralizar a quadrilha... o ombusman perde o emprego; e se a a quadrilha for moralizada, o Fernandinho Beira-Mar morre de fome. Que espécie de golpe, então, é esse, de quadrilheiros darem emprego a vestais?!
Esse 'liberalismo' moralista aí, já beira a total tolice.
Eu me pergunto que utilidade teria todos insistirem tanto em falar em jornalismo ético... na empresa FSP. Mais um pouco, a FSP vai dizer: "É, tá certo. Ano que vem nós PROMETEMOS que teremos ombudsman da FSP, pra esculhambar a FSP."
Há alguma baitíssima ingenuidade (liberal moralista udenista) nessa exigência de 'moralização' do jornalismo no Brasil.
Já observei que inúmeros blogs pressupostos jornalísticos isentos, NÃO PUBLICAM matéria que seja declaradamente contra o governo de Israel. Eles entendem que, se tem lado, não é jornalística isenta. Esse, acho eu, é EXATAMENTE o jornalismo em direção ao qual TOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOODOS os bandidos do mundo trabalham: dado que o jornalísmo teria de ser isento, é só a bandidagem contratar jornalistas e subornar gente pra fazer 'declarações' a favor... que o jornalismo isento fica obrigado a publicar opinião da bandidagem.
O exemplo que o Fisk deu (em Parati, falando lá, há dois anos), foi ótimo: se de um lado estão os mercadores de escravos e, do outro lado, estão os escravos, eu NÃO ENTREVISTO os mercadores. Aliás... por que entrevistaria, né-não?" Deu também o exemplo da Palestina: "na Palestina, só entrevisto quem defenda a Palestina. Pra mim, isso é fazer jornalismo moral. Não sei se é jornalismo jornalístico. Mas é moral . É o que me interessa."
A pergunta é essa mesma
Caia Fittipaldi
Esse 'liberalismo' moralista aí, já beira a total tolice.
Eu me pergunto que utilidade teria todos insistirem tanto em falar em jornalismo ético... na empresa FSP. Mais um pouco, a FSP vai dizer: "É, tá certo. Ano que vem nós PROMETEMOS que teremos ombudsman da FSP, pra esculhambar a FSP."
Há alguma baitíssima ingenuidade (liberal moralista udenista) nessa exigência de 'moralização' do jornalismo no Brasil.
Já observei que inúmeros blogs pressupostos jornalísticos isentos, NÃO PUBLICAM matéria que seja declaradamente contra o governo de Israel. Eles entendem que, se tem lado, não é jornalística isenta. Esse, acho eu, é EXATAMENTE o jornalismo em direção ao qual TOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOODOS os bandidos do mundo trabalham: dado que o jornalísmo teria de ser isento, é só a bandidagem contratar jornalistas e subornar gente pra fazer 'declarações' a favor... que o jornalismo isento fica obrigado a publicar opinião da bandidagem.
O exemplo que o Fisk deu (em Parati, falando lá, há dois anos), foi ótimo: se de um lado estão os mercadores de escravos e, do outro lado, estão os escravos, eu NÃO ENTREVISTO os mercadores. Aliás... por que entrevistaria, né-não?" Deu também o exemplo da Palestina: "na Palestina, só entrevisto quem defenda a Palestina. Pra mim, isso é fazer jornalismo moral. Não sei se é jornalismo jornalístico. Mas é moral . É o que me interessa."
A pergunta é essa mesma
Caia Fittipaldi
A morte do ombudsman na Folha
O jornal Folha de São Paulo inovou ao adotar um ombudsman no fim de 1989. Foi o primeiro e, até hoje, o único jornal de projeção nacional a empregar um profissional como esse, o que ajudou o veículo a assumir a liderança dos periódicos brasileiros.
Ombudsman é uma palavra sueca de dois gêneros que significa ouvidor atuante em empresas e órgãos públicos, mas que passou a ser mais usada para órgãos de imprensa.
A finalidade do ombudsman de meios de comunicação é a de criticá-los sob a ótica do publico e dos manuais de jornalismo.
Não se pode negar que a Folha teve ao menos um ombudsman de verdade, mas tampouco se pode ignorar que, por agir como tal, ele foi defenestrado.
Refiro-me a Mário Magalhães, que, por conta de colunas críticas acusando o partidarismo atucanado do jornal e a promiscuidade entre opinião e notícia, foi coagido a pedir demissão em abril de 2008.
Magalhães foi substituído por Carlos Eduardo Lins da Silva, que, apesar de ter sido um ombudsman mais domesticado, teve momentos de independência em que fez críticas análogas às de Magalhães.
Em fevereiro deste ano, Lins da Silva, que conheci pessoalmente e com quem mantive uma breve e cordial relação de suposta amizade, abriu mão de um terceiro ano no cargo.
Posso afirmar que ele abriu mão de continuar no cargo não só por conta dos ataques de leitores àquele que se tornaria alvo do inconformismo deles com o mau jornalismo da Folha, mas por perceber que o jornal decidira enquadrar o ocupante de tal cargo.
E foi o que aconteceu. Para um cargo que requer independência a Folha escolheu sua ex-secretária de Redação, que por seis anos ficou encarregada de ignorar as pregações desesperadas dos ombudsmans contra a crescente partidarização do jornal.
Desde 25 de abril, Singer vem publicando colunas dominicais na Folha que cumprem o objetivo de eliminar as acusações de engajamento político pró-PSDB e anti-PT que os três ombudsmans anteriores fizeram ao jornal.
Não era para menos. Em seu período à frente da Redação da Folha, Singer trocava mensagens (públicas e privadas) com os ombudsmans repudiando suas acusações de manipulação.
As colunas publicadas pela nova ombudsman desde 25 de abril têm se restringido a amenidades e se esquivado de abordar o viés político da Folha que lhe gera centenas de e-mails de protesto todos os dias.
A morte do cargo de ombudsman na Folha é emblemático do processo de decadência da grande imprensa brasileira, transformada em um partido político dissimulado que vem flertando, inclusive, com a criminalidade.
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